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(Do livro A doutrina de Buda, de Bukkyo Dendo Kyokai)
“É, realmente, difícil nascer neste mundo. É difícil ouvir o Dharma (missão de vida); é mais difícil ainda despertar a fé, assim, todos devem fazer o melhor possível para ouvir os ensinamentos de Buda”.
“O ódio nunca desaparece, enquanto pensamentos de mágoa forem alimentados na mente. Ele desaparecerá, tão logo esses pensamentos de mágoa forem esquecidos”.
“Numa viagem, um homem deve andar com um companheiro que tenha a mente igual ou superior à sua: é melhor viajar sozinho do que em companhia de um tolo”.
“A tolerância é a mais difícil das disciplinas, mas a vitória final é para aquele que tudo tolera”.
“Não se apeguem às coisas de que gostam nem tenham aversão às coisas de que desgostam. Pois, a tristeza, o medo e a servidão surgem do gostar ou desgostar”.
“Aquele que se influencia pelo gostar e desgostar não pode compreender corretamente o seu ambiente e tende a ser por ele vencido”.
“O primeiro passo para se livrar dos vínculos e grilhões dos desejos mundanos é controlar a própria mente, é cessar as conversas vazias e meditar”.
“Tudo é mutável, tudo aparece e desaparece; só poderá haver a bem-aventurada paz quando se puder escapar da agonia da vida e da morte”.
Noite de Natal, data escolhida pelos cristãos para festejar o nascimento de Jesus. Os evangelistas descrevem de modo didático os episódios do nascimento de Cristo, incluindo a anunciação do anjo a Maria, quando teria ocorrido a concepção do Filho de Deus.
Escreveram de maneira simples, ao alcance da compreensão das pessoas, conforme os costumes da época. Mas é certo que nem tudo aconteceu, necessariamente, como foi relatado. Também foi assim em outras passagens dos evangelhos.
Os escritos devem ser lidos, hoje, com as devidas cautelas, à luz dos novos conhecimentos adquiridos pela humanidade. Não era aceitável, na época, que o Filho de Deus nascesse de qualquer mulher e sim de uma virgem. Situação difícil para os evangelistas explicar!
A verdade, porém, é que o mundo estava perdido. Os homens haviam mudado de rumo, à revelia de Deus, que decidiu vir, Ele mesmo, trazer a salvação. E aqui chegou como qualquer ser humano. Fez-se homem, para falar a linguagem dos homens e ser melhor compreendido.
Portanto, vamos nos concentrar no significado da vinda de Jesus, no conteúdo da sua mensagem, principalmente quando recomenda amor absoluto a Deus e ao próximo.
Esqueçamos o consumismo natalino, as mensagens passageiras de Feliz Natal e nos concentremos no que Deus pede de nós, através dos ensinamentos de Cristo. Não adianta rezar, não adianta dizer “Feliz Natal” e passar o resto do ano ignorando o Plano de Deus.
Raimundo Marinho
Jornalista
Estamos num dos processos eleitorais mais importantes da nossa história, para eleger os altos mandatários do país: presidente da República, governadores e respectivos vices, no Executivo.
Elegeremos, também, senadores, deputados estaduais e deputados federais, no Legislativo. Por nossa delegação, através do voto, os eleitos vão comandar nossos destinos, por quatro anos.
Nas últimas duas décadas, pelo menos, firmou-se um consenso, no Brasil, de que político é sinônimo de ladrão e corrupção, infelizmente com raras exceções. Não obstante, foram escolhidos por nós.
Isso leva à triste conclusão lógica de que quem escolhe corrupto é alguém igual a ele. Se alguma coisa ainda pode ser feita, a oportunidade de corrigir é agora, na eleição, nesse domingo, dia 7.
Dali em diante, não poderemos mais reclamar. Tanto há candidatos para os que querem manter a ladroagem e a corrupção, como para os que têm esperança de mudar. A escolha, livre, é nossa!
O raciocínio é simples: se o eleito for ruim, o eleitor foi muito pior. Quem elege ladrão, por exemplo, quer beneficiar-se com o produto do roubo!
Não vote branco ou nulo, isso não muda nada e ainda ajuda aqueles em que você não votaria de jeito nenhum. Há de ter um menos pior! Vote conforme sua consciência!
“Quando a estrada é comprida e os pés cansados buscam guarida,
o andarilho se desfaz do corpo e, no voo de volta, redescobre a vida”.
Roberto Mozart
Todos nós seres humanos temos nosso papel neste imenso palco que é a vida. Uns, na função de estar sempre em cena, à luz dos holofotes. Outros, mais simples e discretos, desempenham o papel de colaboradores, estando sempre prontos para ajudar.
Foi assim Daniel Alves de Brito, nascido em Jequié, dia 31 de agosto de 1955, filho de Enésio Alves de Brito e Augusta Maria de Jesus.
Afeito à liberdade e ao trabalho, aos 17 anos, arregaçou as mangas e mascateava entre as cidades de Brumado e Livramento. Logo, fixou residência em Livramento, tomado pelos encantamentos do coração, ao conhecer Maria José da Silva, com quem se casou, em maio de 1978.
Sempre de bem com a vida, era fã de Raul Seixas, torcia para o Flamengo e nutria indisfarçável gosto pela política; não o viés político-partidário, mas o ideológico.
Como árvore de boa cepa, juntamente com D. Maria, sua eterna companheira de afetos e labutas, educou os quatro filhos, não somente na seara acadêmica, mas, sobretudo, dentro dos princípios cristãos, deixando-lhes um legado moral, preparando-os para a vida, como verdadeiros cidadãos.
Comungava com a esposa da vocação para a solidariedade, abrindo as portas de seu pequeno apartamento em Salvador a todos quantos precisavam cursar uma faculdade, ou trabalhar.
Como “há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu”, quis o Senhor que ele fosse chamado. Vítima de um acidente, faleceu em 4 de setembro de 2018.
Nós, familiares de Daniel Alves Brito, agradecemos a todos quantos lhe dedicaram amizade, atenção e respeito, sobretudo durante sua passagem para a outra esfera existencial.
Raimundo Marinho
Jornalista
A cena da foto circula, viralizada, pela internet, com a legenda:
“Esta fotografia foi tirada no adro da Igreja do Senhor Bom Jesus dos Lavradores, Torres Novas – Ribatejo, Portugal. Postei apenas pra gente pensar o quanto é puro o coração das crianças!”.
Faltam detalhes da igreja, data ou autor da foto, mas a postagem parece recente. Foi transcrita de https://anisionogueira.wordpress.com. Na internet, só achamos uma capela com o nome de Senhor Bom Jesus dos Lavradores.
Fica numa das laterais da Igreja de Santiago, em Terras Nova, em Portugal, mas não é mostrado o adro.
O monumento parece simbolizar uma das quedas de Jesus, sob o peso da cruz, quando era conduzido, sob torturas, para ser morto no monte Gólgota.
O autor da obra certamente não imaginou que sua criação viria a ser complementada de forma tão eloquente e emocionante, pela pureza de uma criança, revelada em gesto tão inequívoco.
Não há indícios de falsidade no retrato. Fica claro que a menina, acreditando ser real a cena retratada no monumento, tenta afastar a pesada cruz do torturado.
Pelas mãos do atento fotógrafo, Deus produziu uma mensagem contundente, na simplicidade infantil, que está a correr o mundo.
Quem tiver olhos para ver, que veja!
Raimundo Marinho
Jornalista
Uma das passagens bíblicas mais lembradas pelos católicos é a festa de casamento em Caná, na Galiléia, da qual Jesus, sua mãe Maria, e os discípulos eram convidados.
A vila, que não existe mais, ficava no território de Israel. O evangelista João (2: 1-11) seria o único a narrar o episódio, no qual Jesus teria realizado a famosa transformação da água em vinho.
Foi pedido da sua mãe e seria seu primeiro milagre. Mas um dos evangelhos não-canônicos, ao narrar as peripécias infantis de Jesus, indica que ele até transformou crianças em gatos.
Fez passarinhos de barro voarem e teria ressuscitado um colega de infância, de cuja morte fora injustamente acusado.
Mas nossa reflexão é sobre a participação da família de Jesus na vida da comunidade, como qualquer pessoa, a influência de Maria sobre o filho e a grande consideração dEle para com ela.
Então, a reverência dos católicos à Maria de Nazaré não é gratuita, nem fruto de paixão religiosa. O espírito de Maria continua a servir a Deus, sempre atenta aos clamores daqueles que, de coração, pedem-lhe que interceda em seus pedidos a Deus e ao Messias.
Escolha o santo da sua devoção, como seu guia na Terra. O contato com Deus dispensa intermediário, mas um padrinho ou uma madrinha ajudará a transpor as vacilações.
Nesse sentido, confie em Maria, ela é cheia das graças de Deus. Seu espírito imaculado paira sobre a Terra, sempre a socorrer e consolar os que peregrinam de volta ao mundo espiritual!
Raimundo Marinho
Jornalista
Uns, quase vão, mas ficam. Outros, sem nenhum sinal de que iriam, foram. No meio, ficamos a pensar, a perguntar ou a se indignar. Mas, acima de tudo e todos, há uma lei que nos rege.
Não é mistério, é a lei divina! Queira ver e verá! "Não se vendem dois pardais por uma moeda de pequeno valor? Contudo, nem mesmo um deles cairá ao chão sem o conhecimento de vosso pai” (Mateus 10:29, 30).
Houve muito medo, mas também muita fé e oração, da mamãe, do papai, dos amigos e, principalmente, da vovó Liliana. E Anna Bella, quatro aninhos, viveu, para o mundo que Deus a mandou alegrar.
Sua tia Veridianne, em atenção a tantos que rezaram e torceram pela recuperação da pequenina Bella, escreveu a mensagem a seguir:
No início de maio, uma das luzes que dão sentido à vida da minha família adoeceu. Pensamos que era uma sinusite que, com o tratamento, melhoraria. Mas isso não aconteceu. Pelo contrário, Anna Bella piorou.
Aumentou a dificuldade para respirar, precisando ir ao Hospital, para ter o suporte de oxigênio. Lá, suspeitaram de H1N1. Fez os testes, o resultado demorou mais de uma semana, mas foi negativo!
Havia um quadro de pneumonia, que evoluiu para um desconforto respiratório importante (SARA). E a enfermaria não era suficiente para a necessidade dela, necessitando de um serviço de Unidade Intensiva.
Mas onde? Não encontrávamos vaga. Procuramos, fomos atrás. Muitos amigos nos ajudaram. Não demorou muito, vagou um leito em Conquista. Lá, ela teve que ser intubada.
Se fosse possível, qualquer um de nós teríamos arrancado nossos pulmões para dar pra Bebel. Mas nos mantemos confiantes, sempre lembrando que tudo segue o tempo de Deus.
Muitas das vezes, não entendemos o que Ele determina, mas aceitamos, com fé! E, terça-feira, 12 de junho, Bebel voltou pra casa, com mais luz do que nunca! Mostrando-nos a força que tem e a guerreira que é!
Agora, só temos a agradecer: à Deus, por essa graça alcançada, à equipe médica, de Livramento e Vitória da Conquista, porque suas mãos foram guiadas por Deus, e a todos que oraram e desejaram o bem, a saúde e a felicidade de Anna Bella!
Muito obrigada a todos!
Raimundo Marinho
Jornalista
Ao alertar para a transformação do mundo ao equivalente a uma “aldeia”, a partir do desenvolvimento tecnológico, simbolizado, principalmente pela TV, o filósofo e educador canadense Marshall McLuhan (1911-1980) talvez não soubesse que, na verdade, transmitia uma mensagem de Deus sobre o significado da vida.
Marshall McLuhan (foto copiada da Web)
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O mundo, no seu início, não passava de uma aldeia ou reunião de várias aldeias, relativamente próximas umas das outras. Até que vieram as grandes descobertas, as circunavegações, principalmente pelos mares, começando no mundo antigo, até chegar a novos mundos, como as Américas, onde está o Brasil.
Encantado com a evolução dos meios de comunicação, o professor Mcluham morreu em 1980, antes da expansão da rede mundial de computadores, a Internet, que consolidou sua teoria da Aldeia Global. É como se o mundo encolhesse, se tornasse muito pequeno, menor, talvez, do que mesmo uma aldeia.
Isso não ocorre longe dos olhos de Deus. Então, por que quis o Plano Divino que os seres humanos voltassem a ficar tão próximos, apesar de sermos, hoje, mais se seis bilhões de criaturas? Lembremos o alerta de Jesus Cristo: “Quem tiver olhos para ver, que veja! Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça!”.
As enciclopédias registram que aldeia global quer dizer simplesmente que o progresso tecnológico estava reduzindo o planeta à mesma situação de uma aldeia, ou seja, a possibilidade de intercomunicação diretamente com qualquer pessoa que nela vive.
Há, então, um sentido humano e espiritual nessa realidade, o de que somos parte da criação de Deus. Portanto, seus filhos e todos irmãos! Assim, vamos viver como irmãos, na trilha simples do amor pregado e recomendado por Jesus Cristo!
Raimundo Marinho
Jornalista
O mundo caminha para uma transformação das religiões. A realidade divina existe e está além dos conceitos religiosos. Se destrincharmos o raciocínio religioso, veremos que a religião é grupal e desse ponto de vista coletivo ela tenta demonstrar a existência de Deus.
Mas o estudo da espiritualidade revela que a experiência de Deus só pode ser viabilizada de forma individual e solitária. Não tem como pensar Deus coletivamente. As pessoas formam as igrejas, dão-lhes sustentação, mas acabam se voltando mais para a sua estrutura de poder e hierarquia, que obstrui a relação com Deus.
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Sob o pretexto de serem as guardiãs dos fiéis, as igrejas acabam se transformando em muros entre o verdadeiro espírito de Deus e o espírito humano. Releiam os evangelhos e observem a experiência solitária de Jesus, como ele conclamou a cada um se dirigir a Deus como um filho faz em relação ao pai, direta e individualmente.
A igreja é uma escola, onde os alunos ouvem uma só palavra, a do pastor, a do professor. Nesse caso, fazem sentido os cânticos e as orações coletivas, em nome da própria Igreja, mas que não deveria se constituir em poder sobre os fiéis. Ela deve ensinar, e geralmente ensina, que cada um pode elevar sua própria voz a Deus.
Cada pessoa tem um merecimento e um grau de evolução espiritual diferente das outras, não há pessoas iguais nesse sentido. E disso depende a proximidade com Deus, isso é que determina o tipo de canal de comunicação com o Criador. De outra forma, não se explicaria por que uns viram santos e outros não.
Faça como ao ligar um rádio, procure o ponto ideal onde seja possível abrir seu próprio canal de comunicação com Deus. Prepare-se para isso, estudando e praticando as mensagens de Jesus, relatadas nos evangelhos e em diversos outros livros que falam da Sua vida.
Deus está aí, pertinho de você! Fale com ele!
Um Ano de Falecimento
(07.10.1927 - 25.05.2017)
Nada se iguala à dor que fica quando nossa mãe se vai, mesmo se levada pelo exaurimento da vida. É muito além da saudade! Nem mesmo a alegre lembrança dela conosco é capaz de suavizar o sofrimento.
Estamos há um ano sem D. Maria, o que suportamos somente graças à fé em Deus, que ela semeou dentro nós, junto com a certeza de que a morte é apenas o retorno à Pátria Espiritual, de onde viemos.
Nenhuma notícia, telefonema, recado, nem pelo zap dos céus. Só Deus pode explicar tão misteriosa e inexplicável orfandade. Mas, você, Mary, continua a ser nossa alegria, nosso exemplo de simplicidade e fé!
Não vamos ficar desnecessariamente tristes, apesar da torturante ausência! Temos de sorrir, certos de que a vida nunca termina, e você cumpre a lógica infalível do Plano de Deus, agora, em espírito.
Não se preocupe em nos ter deixado para trás, pois a régua de Deus é perfeita. Os guias celestes vão lhe permitir que continue nos abençoando, enquanto peregrinamos aqui na Terra.
Damos graças a Deus! O encanto do viver é confiar no Criador. Isso nos faz enxugar a lágrima com o sorriso, convictos de que você segue sua missão, com a mesma alegria, na Casa de Deus.
Copiaremos seu exemplo, para merecer a Luz Divina, tal como você nos ensinou, pelo seu modo correto de viver e suas incansáveis orações! Que o Senhor ilumine sempre o seu caminho!
Livramento, 25 de maio de 2018.
Nota: a missa de ano será neste sábado, dia 26, na Catedral de Nossa Senhora do Livramento, as 19h30.
Raimundo Marinho
Jornalista
A rotina religiosa é muito repetitiva, em todas as religiões. Como as pessoas são muito ligadas às religiões, a vida se torna, também, uma repetição. Os ritos religiosos e a participação neles pouco mudam, ficando a sensação de falta de evolução espiritual.
O mundo onde Deus habita é grandioso, assim como seu Espírito Infinito. Desse modo, é fácil perceber que o que fazemos na Terra é muito pouco para nos tornar merecedores da vida celeste. E o que mais haveríamos de fazer? Há muito que fazer!
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A primeira coisa é ter a consciência de que a vida terrena é curta e que a ideia de paraíso e de Deus que nos foi ensinada pode ser totalmente equivocada. O Deus que cultuamos na Terra foi inventado por nós. É preciso abrir nossa mente e espírito para enxergar a grandiosidade divina.
Jesus Cristo esteve na Terra em época de muito pouco conhecimento sobre a vida espiritual. Por essa razão, evitou aprofundar muito seus ensinamentos e os resumiu, de maneira sábia e simples, no mandamento do AMOR: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos!
Os evangelhos relatam exemples de abertura do mundo espiritual, que chamamos de Céu, para o testemunho da vida e pregação de Jesus, como por ocasião do seu batismo - o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus - e no episódio da transfiguração.
Chegou o momento das religiões e das pessoas, independentes de religião, buscar a abertura do Céu. Apesar da cautela nos relatos evangélicos, ela é uma realidade, hoje ainda mais fácil de ser compreendida, sem encará-las como visões assustadoras.
Esse é o caminho a trilhar, em busca de Deus, no mundo moderno.
Raimundo Marinho
Jornalista
Felizes os que descobrem que Deus está vibrando dentro deles. Assim, percebem que o Divino não é uma ficção, não é algo que inventamos. É um ente, uma energia, uma força da qual fazemos parte.
O Deus verdadeiro não tem nome nem um rosto específico. Acreditar nEle é o mesmo que senti-Lo dentro de nós. E não há qualquer dificuldade nisso, basta purificar nossos pensamentos e viver conforme o espírito, longe das seduções materiais.
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Não depende se quer de religião. Já disse aqui que “Cada religião mostra, ao seu modo, o caminho que levará a Deus. A visão do paraíso pouco muda de uma para outra, distinguindo-se apenas naquilo que (elas) acreditam seja necessário fazer para se chegar lá”.
Cada religião se acha a certa e até fazem críticas umas às outras. Mas conforme expressei no livro Hora do Ângelus, Pensares para Rezar, “a tendência moderna é o reconhecimento de que todos os caminhos levam ao Criador, desde que a caminhada seja santa”.
Acrescentei que “o melhor caminho, pelo legado do livre-arbítrio, é o que a pessoa escolhe, conforme sua convicção, cuja base é o conhecimento seguro de todos os caminhos possíveis, a partir das lições do cristianismo”.
“É necessário, portanto, se prestar atenção a tudo que nos é ensinado, porque é muito difícil a escolha, é como confiar ou não na sinalização de uma encruzilhada”.
“Devemos descobrir, por nós mesmos, todas as opções e, então, seguir o que o conhecimento nos indicar. Nesse sentido, o caminho espiritual dos cristãos está iluminado pelos ensinamentos de Jesus Cristo”.
Devemos ser alegres e festejarmos nossa caminhada na Terra, mas nunca esquecer que o foco dessa existência é a preparação para o encontro com Deus, no mundo espiritual!
Espero que tenham tido uma boa Páscoa! Principalmente, que tenham meditado bastante sobre o significado da vida e da morte de Jesus. E, ainda, que tenham feito alguma coisa pelo vosso crescimento espiritual.
Que não tenham aproveitado a Páscoa apenas para comer e beber mais, ou como mera oportunidade de vestir a melhor roupa. Que também não tenham
sido somente um “feriadão”, com mais tempo para viajar e se divertir.
Os terríveis padecimentos de Cristo, muito lembrados na Semana Santa, não podem ser desprezados e nem esquecidos. Devem servir de espelho para nós. A vida de Jesus é uma parábola, modelo de como devemos viver.
Embora tudo tenha ocorrido há mais de dois mil anos, o exemplo serve para todas as gerações depois de Cristo. Ele mesmo disse que “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não”.
E recomendou: “Ide e pregai o Evangelho a todas as criaturas!”. E o que é o Evangelho? É exatamente o relato da vida de Jesus, da sua mensagem e da lição que deixou com seus sofrimentos e sua morte.
Deve ser, portanto, o livro de cabeceira de todos os cristãos, de todos que caminham para Deus! Está muito acima do que ensinam a tradição e as religiões. Vamos aprender mais sobre isso!
Vamos trazer isso para dentro de nós e compreendermos melhor o Plano de Deus! Às mulheres que foram tentar retirar Jesus do sepulcro, dois desconhecidos, provavelmente dois anjos, lhes disseram: “Por que procuras entre os mortos aquEle que está vivo?”.
A vida e morte de Jesus, recontada na Quaresma e Semana Santa, comportam muitas reflexões, como, por exemplo, o destino espiritual do homem, que Cristo procurou deixar o mais claro possível para nós.
O principal de nós é o espírito, tanto que Jesus se permitiu continuar falando
com os discípulos mesmo depois de morto. Para facilitar o entendimento, não
alterou a aparência que todos já conheciam.
Por uns tempos, continuou ensinando, em espírito, revelando que a vida é uma só, embora haja dois mundos: material, onde nos encontramos, e espiritual, onde reina Deus e onde a vida é plena e a eternidade se realiza.
Seria bom se estudássemos muito Teologia, religiões e a Bíblia! Mas isso não é fácil para todos. Diria que nem é indispensável! Basta ter a consciência de Deus, invocar e querer ardentemente encontrar-se com Jesus!
Ele virá aos que chamarem e a estes mostrará, de maneira particular, os dois mundos. Então, viverão em espírito, ainda na Terra, sob orientação e inspiração de Cristo. Ele mesmo disse, após ressuscitado:
Me foi dado todo poder, no Céu e na Terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (BÍBLIA, Mateus, 28, 18-20).
Não tenha vergonha e nem tenha medo! Seja um verdadeiro filho de Deus, exercitando a generosidade e a tolerância! Esse nosso mundo material é passageiro e perverso! Seja um soldado de Cristo e viva a alegria que somente Deus pode proporcionar!
Nas últimas instruções aos discípulos (BÍBLIA, João, 13, 31-38; 14, 15, 16), Jesus foi paternal. Praticamente não esqueceu nada, aconselhou, tirou dúvidas, orientou e pediu, sobretudo, perseverança e dedicação a Deus. Disse-lhes:
Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou, não podeis ir. Também, agora, vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. Se amardes uns aos outros, todos saberão que sois meus discípulos.
Então, Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?”.
Jesus respondeu: “Para onde eu vou, não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás”. Pedro, então, disse: “Por que não posso seguir-Te agora? Por Ti, darei a minha vida?”. E Jesus antecipou o que Pedro nunca imaginou que aconteceria: “Tu darás a tua vida por mim? Na verdade te digo que não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes”.
O pobre Pedro, horas mais tarde, amargou a confirmação da previsão. Quando Jesus era interrogado e açoitado, na madrugada, perguntaram a Pedro: “Tu não eras um dos seguidores de Jesus?”, “Tu não eras um deles?”, referindo ao grupo de Cristo. E Pedro só se deu conta das várias negativas que deu, quando ouviu o galo cantar, então se lembrou do que Jesus dissera.
Jesus, naquelas horas finais de paz e liberdade, não se cansava de ensinar. Diante daquele grupo de homens abatidos e amedrontados, dizia: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar”.
Ele se esforçava para consolar aqueles a quem estava deixando.
Era comovente a cena daqueles homens, parecendo crianças diante de Jesus, dizendo, por exemplo, como Tomé, que, esquecendo de tudo que o Mestre pregou, pergunta: “Nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?”. Jesus responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, levando Filipe a fazer um pedido aparentemente tolo:
“Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta”, tendo Jesus dito: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai, e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”.
Foi longa a conversa do Cristo com aqueles homens que o haviam seguido. Ante o desconsolo geral, Ele deixou a garantia: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós”!
Os evangelhos relatam fenômenos naturais assustadores, ocorridos quando Jesus expirou, pregado na cruz, apavorando, inclusive, as autoridades e policiais encarregados da execução. Até os algozes convenceram-se de que, realmente, Ele era quem dizia ser, o Filho de Deus.
O único bem-aventurado naquela tragédia teria sido Dimas, crucificado ao lado de Jesus. Apesar de ser um criminoso, assaltava e matava para roubar, reconheceu o Messias e, com certa humildade, admitiu, conforme se extrai de Lucas, 23, 41: Eu mereço estar aqui, pelas maldades e pelos crimes que pratiquei, mas Tu, o que fizestes?
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Em seguida, ainda segundo Lucas (23, 42-42), virou-se para Jesus e implorou:
“Senhor! Oh, Senhor! Lembras-Te de mim, quando estiveres em Teu reino”. E foi atendido: “Em verdade, em verdade, achastes graça diante de Deus e hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
Reconhecer Jesus e penetrar na intimidade da Sua mensagem, sentir o amor e a força do Mestre não são sentimentos aleatórios. Exige modificação profunda no interior da pessoa, com despojamento e entrega absoluta, como aconteceu com Dimas, Maria Madalena, os pescadores e o cobrador de imposto recrutados como discípulos.
Faz dois mil anos da passagem de Jesus pelo mundo, mas as pessoas hoje são iguais às daquele tempo, os mesmos sentimentos, as mesmas dores, as mesmas maldades, a mesma falta de fé. Cristo só não é o mesmo porque não pode sermais tocado e nem visto, mas desperta o mesmo sentimento e paixão naqueles que se voltam para Ele.
Então, basta procurá-Lo, em oração, confiante, assim como fizeram os apóstolos, que não sabiam direito quem Ele era, mas o seguiram. Dirigindo-se a Tomé e demais discípulos, Ele disse: “Vocês viram e creram ou creram porque viram. Bem-aventurados os que não viram e creram” (BÍBLIA, João, 20, 29).
Vamos viver a Semana Santa de modo diferente, pensando não em comida e bebida ou feriados, mas nos padecimentos de Jesus. Será que Ele padeceu em vão? Estamos mais para a bacia de Pilatos ou para a janela da fé, aberta pelos ensinamentos do Messias, que nos levará a Deus?
O julgamento de Jesus foi uma farsa e sua morte um impiedoso assassinato. No entanto, segundo as escrituras, tudo estava previsto. Ele teria de passar por aquilo. Ainda assim, parece incompreensível, levando-nos a indagar: por que, com Seu poder divino, deixou-se submeter a isso?
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Porém, não deixa de ser fácil compreender. Estava previsto, no dizer das escrituras, porque tudo fora planejado e Cristo teria escolhido essa missão, para ensinar um novo modo de viver aos homens. Deu o exemplo da própria vida, denunciando o grau de maldade a que os homens haviam chegado!
Isso está claramente evidenciado na farsa urdida entre os poderosos e interessados em se livrar de Jesus, recrutando toda espécie de gente ruim para aplaudir Sua condenação. Evidencia-se, também, no comportamento covarde de Pôncio Pilatos, que se celebrizou com a famosa lavagem das mãos.
O político, quando desonesto, além de corrupto, é covarde. Pilatos chegou a dizer que não via culpa em Jesus, mesmo assim o condenou ao açoite, só para acalmar os grupos arregimentados para hostilizar o Mestre. Esses grupos eram distribuídos no meio da multidão, para intimidá-la e gritar: mata, mata, mata!
É como fazem hoje certos políticos, contratando pessoas para aplaudi-los ou vaiar os adversários. A corajosa esposa de Pilatos, Claudia Prócula, pediu que ele declarasse a inocência de Cristo, mas ele não teve coragem. Talvez por isso é que tenha praticado o famoso gesto de lavar as mãos, fugindo da responsabilidade por aquele nefasto julgamento.
Vamos olhar para nossas mãos! Será que também não estão, de algum modo, manchadas com o sangue de Cristo? Se estiverem, ainda há tempo de nos reconciliarmos com Ele!
Jesus pregava de modo claro. As parábolas colocavam Seu pensamento à altura das mentes da época. Viveu como qualquer homem, ainda que se distinguisse pela divindade, que se revelava, principalmente, na serenidade e sabedoria!
Não perdia tempo a explicar o que estava fora do alcance das pessoas e ainda remanescem muitos mistérios sobre Sua vida. Um deles seria, paradoxalmente, o verdadeiro significado da Sua morte. Sendo um Deus, por que se deixou torturar e ser morto?
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Multidões foram consoladas e curadas, entre desvalidos e pessoas com algum poder. Porém, ao ser preso, Cristo ficou sozinho, ninguém O defendeu. Repreendeu um discípulo que cortou a orelha do soldado encarregado de prendê-Lo.
Nisso, havia um significado. Mas qual? As mulheres eram as mais comovidas, choravam sem parar no martírio de Jesus. Quando era conduzido ao morro do Gólgota, para crucificação, um grupo delas O seguia. Ao vê-las chorando, disse:
“Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos. Porque, eis que hão de vir dias em que dirão: Bem aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram! Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos. Porque, se ao madeiro verde fazem isso, que se fará ao seco?” (BÍBLIA, Lucas, 23, 28-31).
Jesus, o Filho de Deus, compadecia-se da condição humana e foi tratado de modo tão brutal! Que destino haveria, então, para a insensata humanidade? Insuportável e doloroso, como alertou o Mestre! Mas ainda há tempo para redenção, nos próprios ensinamentos do Messias.
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Estamos na Semana Santa, quando são lembrados os principais momentos do padecimento de Cristo, até ser morto crucificado, depois de três anos ensinando aos homens como viver conforme o plano e a vontade de Deus. Pregou muito e deu muitos exemplos a serem seguidos pelos seres humanos, tudo antes de permitir que seus perseguidores colocassem as mãos nEle. Tudo que ensinou pode ser resumido no seguinte:
“Ama o senhor teu Deus de todo teu coração. E ama o teu próximo como a ti mesmo” (BÍBLIA, Marcos, 12, 30-31).
A caminho do Gólgota (nome da colina onde foi crucificado), Jesus era seguido por uma grande multidão, incluindo muitas mulheres. Enquanto caminhavam, elas batiam no peito e lamentavam pela sorte de Jesus. Vendo aquilo, Ele voltou-se para elas e disse:
“Mulheres de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, as entranhas que não tiveram filhos e os peitos que não amamentaram’. Nessa altura, começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’, e às colinas:
‘Encobri-nos’. Porque se fazem assim no madeiro verde, que será no madeiro seco” (BÍBLIA, Lucas 23, 27-31).
Os dizeres de Jesus são um alerta diante de reações puramente sentimentalistas.
Mas estaria Ele sendo injusto e mal-agradecido com aquelas mulheres, que pareciam tão piedosas? Por certo que não. Jesus conhecia as fraquezas dos homens e aproveitou o gesto daquelas mulheres para lembrar, pelos séculos a fora, que não é suficiente bater no peito, assim como não é suficiente rezar a via-sacra, fazer penitências, como na Semana Santa, se nada mudar para melhor em nosso quotidiano. Se não formos gentis e misericordiosos uns com os outros. Se não vivermos conforme o plano de Deus.
Desse plano, faz parte o amor ao próximo como a nós mesmos, o viver como cristão, cujo destaque são, também, a solidariedade, a compaixão, a defesa da paz, a defesa da natureza e a luta pela liberdade, pela honestidade e pela Justiça, e pelo combate à pobreza.
Na cruz, a dor moral e a dor física dilaceravam o Messias. Seus olhos inchados pelos hematomas, causados pelos golpes com que O torturaram, não permitiam mais que enxergasse. Seus pulmões estavam comprimidos pela hemorragia interna, resultado das pancadas e perfurações recebidas dos algozes, o que O deixava praticamente asfixiado.
Naquele suplício, antes de expirar, ainda encontrou forças para gritar, referindo-se aos que O matavam: “Pai, perdoa-lhes. Eles não sabem o que fazem” (BÍBLIA, Lucas, 23, 34).
(*) Hora do Ângelus PENSARES PARA REZAR - Raimundo Marinho dos Santos. Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, pp. 39/40.
Raimundo Marinho
Jornalista
A lembrança dos últimos dias de vida de Jesus Cristo, é baseada no relato dos evangelhos, que destacam as torturas sofridas e a morte do Messias. Qual teria sido o significado de tudo isso? Para as igrejas cristãs, Jesus teria se submetido a todo esse sofrimento e à morte para nos salvar.
Os dogmas das igrejas, as lições que elas nos ensinam, não devem simplesmente ser contestados. Mas é necessário interpretá-los com inteligência, com a luz do Espírito Santo. Não podemos aceitar e nem acreditar, assim, tão comodamente, que já estamos salvos, só pelo relato de que Jesus morreu por nós.
É necessário usar a lógica, raciocinar e encontrar a melhor interpretação. Os sofrimentos do Cristo foram terríveis. Ele, na verdade, foi assassinado, porque não abriu mão da sua fidelidade a Deus, porque fez questão de cumprir, integralmente, a sua missão na Terra. Não é a morte do Messias que nos salva. É o seu exemplo!
A salvação não está no sangue derramado naquela cruz, não está nas dores lacerantes, causadas pelas chicotadas e pelos cravos rasgando sua carne, seus nervos e quebrando seus ossos. Não está na falta de ar, na agonia, ali, pregado na cruz, sem poder, nem mesmo tanger os mosquitos, enquanto morria lentamente!
É um equívoco acreditar nessa salvação fácil. Só se salvará aquele que seguir os ensinamentos de Jesus, aquele que seguir o seu exemplo, dando a própria vida, se necessário, pela causa de Deus. É necessário e urgente ter essa consciência, esse conhecimento, que Jesus não nos salvou, simplesmente. Ele nos mostrou o caminho da salvação.
E essa salvação significa tornar-se apto, preparado para retornar ao mundo de Deus, na realidade espiritual. Leiam e releiam os evangelhos e encontrará lá essa mensagem, bem clara.
Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça, olhos para ver, que veja. Disse Jesus!
Na Semana Santa, cristãos e judeus celebram o calvário de Jesus Cristo, que culminou na sua morte e ressurreição, na cidade de Jerusalém, Estado da Palestina. É, portanto, período religioso que costuma atrair a atenção de pessoas de diversos credos.
A Páscoa em memória de Jesus nada tem a ver com a Páscoa Judaica, que
o próprio Cristo festejava. Esta comemora o êxodo dos israelitas do Egito,
durante o reinado do faraó Ramsés II, saindo da escravidão para a liberdade.
Na Páscoa Cristã, comemora-se a ressurreição de Jesus.
O ponto alto da Semana Santa é a Paixão de Cristo. Os últimos dias antes
do martírio foram muito agitados, para Ele e os discípulos. Ocorreram fatos
trepidantes, que chamavam muito a atenção, como a entrada triunfal em
Jerusalém.
Praticamente fugido da Judéia, onde já O perseguiam, Jesus foi a Jerusalém
mostrar que o seu reino era dos desprotegidos e desfavorecidos. E lá chegou
montado num jumento. Outros eventos foram: a última ceia; a oração angustiada no Jardim das Oliveiras; a traição de Judas; a negação de Pedro.
Por fim, foi preso ao sair do Jardim das Oliveiras. Na ocasião, repreendeu um
dos seus seguidores, Simão Pedro, que tentou defendê-Lo, cortando a orelha
de um soldado. Cristo recompôs a orelha do inimigo, determinando a Simão
que guardasse sua espada. Mas, ainda assim, levaram-No preso, começando
o doloroso martírio.
O modo como lembramos e celebramos estes fatos é que determina o tamanho da nossa fé, a qual o próprio Cristo submetera a um teste, dizendo que se tivéssemos fé equivalente a um grão de mostarda, teríamos poder suficiente para remover uma montanha.
Nunca um ser humano removeu uma montanha, donde se conclui que a nossa fé não chega a equivaler a um grão de mostarda. Isso significa que necessitamos refletir, meditar, orar muito e nos questionar todos os dias sobre o quanto acreditamos e celebramos com sinceridade a Paixão de Jesus Cristo!
Faça, portanto, da sua vida uma via-sacra dedicada a Deus. Descubra quem
é você e qual é sua verdadeira missão na Terra, qual é seu papel diante do
mundo, qual a responsabilidade que tem com relação à sua família. Dedique-se a isso assim como Jesus se dedicou à pregação na Terra e como se submeteu ao calvário, alcançando, por fim, a vitória, pela glória da ressurreição.
Raimundo Marinho
Jornalista
Oito de março, Dia da Mulher. Ainda que “Internacional”, é só um dia para elas! Como são lembradas? Como pessoas? Objetos sexuais? Mão-de-obra barata? Consumidora? Ou simples classe?
É quase certo que os homens ainda cometem o erro espiritual de passar por cima das mulheres em tudo.
O autoritarismo de antes cedeu às sutilezas da enganação e discriminação de hoje, não raro aproveitando-se da facilidade com que elas choram, com que amam e da dificuldade com que deixam de amar.
Algumas incorrem em falhas, ao cederem ao machismo, talvez induzidas por impertinente processo cultural. E os homens esquecem que o mundo precisa ser visto pela candura dos olhos de uma mulher.
E elas poderiam colaborar, evitando, por exemplo, cobrirem-se com as cores das lentes de contato. Mesmo ante a agitação da vida, é sempre bom parar e sentir o real perfume de uma mulher.
Isso a química dos desodorantes não conseguirá abafar. É um sentir que nos remete ao colo da mãe. Elas deixam marcas em nosso viver, em nosso emocionar, pelos sorrisos, olhares, gestos, posturas de vida e até pela zanga com que nos recriminam.
Tudo começa com aquela que nos gerou, como D. Maria, de quem preservo a memória maternal dos primeiros passos em direção a ela, a dizer-lhe “mãe”.
Cada qual de nós tem imagens de mulheres a evocar. De afetos ou de saudáveis amizades, onde se incluem esposas, companheiras, namoradas, filhas, e tantas outras.
Traga para suas lembranças as mulheres do seu coração, do seu amor e também desamores, no provável desejo de perdoar ou pedir perdão. Ou, talvez, reafirmar o propósito de não mais querer vê-las. As dissenções fazem parte da vida!
Há mulheres que abrem os corações, convidando a adentrá-los, expondo, ao mesmo tempo, a pequenez do homem e a grandeza de Deus, sob a leveza da paz e o encanto da natureza humana.
Felizes os poetas que as cantam de modo maravilhoso, as feias e as bonitas, na beleza de detalhes mínimos, como singelos cabelos molhados ou os olhos tristes, donde rolam lágrimas ante a mais tola emoção.
O certo é que dependemos todos delas, das alegres, tristes, tímidas, magras, gordas, altas, pequenas, chorosas, birrentas, dóceis. São todas mulheres, todas meninas, símbolos das nossas esperanças!
(Oração da Ave Maria - Portal FM: 2008)
Raimundo Marinho
Jornalista
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Na distante infância, lá na roça, tínhamos profunda reverência pela Quaresma, marcada pelo jejum, abstinência de carne (fácil, pois era rara) e a rigorosa ordem de mãe para não judiar dos animais.
Sob ameaça do severo castigo de Deus, não podíamos caçar passarinhos. Penoso sacrifício, em nossa rotina rural. Mas vencemos isso e nos tornamos ferrenhos defensores de todas as formas de vida.
O tempo trouxe as transformações, inclusive no modo de viver a Quaresma, menos na sua essência. O Papa Francisco nos lembra, por exemplo, que “Quaresma é um tempo de penitência, mas não de tristeza”.
Comparando-a com os 40 dias de Cristo no deserto, onde venceu as tentações, Francisco recomendou que, nesse período, façamos um “treinamento espiritual”, lutando contra as violências e as injustiças.
Que evitemos negar o próximo e nos despojemos do egoísmo e de velhos ranços, buscando renovar a graça do batismo. Peço vênia ao pontífice para incluir ainda o esforço de ressuscitar Cristo dentro de nós.
Que saiamos da rotina milenar de festejar o Natal do Messias e assassiná-lo três meses depois, no calvário da Páscoa. Que subamos naquela cruz e contemplemos a vastidão da nossa infantilidade espiritual.
Quem sabe, então, poderíamos exclamar: “Eli, Eli, tenha misericórdia desse mundo, porque as coisas por aqui estão muito esquesitas. Estamos cada vez mais surdos e cegos para o que Jesus ensinou”.
Que, como na Páscoa judaica, que celebrava a libertação dos hebreus da escravidão no Egito (1440 a.C ou 1280 a.C), sejamos, agora, libertados da escravidão do mundo, que se afunda na miséria humana!
Jesus não precisa que o ressuscitemos, ele está no meio de nós. Ele necessita que o enxerguemos! Que compreendamos o verdadeiro significado do seu calvário! E que sejamos escravos apenas do que Ele pregou!
Raimundo Marinho
Jornalista
Sim, ele palpita dentro e diante de nós! Não sente? É porque não se esforçou o suficiente. Então, aproveite o período da Quaresma, que começa hoje, inclusive com o lançamento da Campanha da Fraternidade 2018.
Promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o tema é Fraternidade e superação da violência e o lema Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8). Nas missas, houve a imposição de cinza, pelos sacerdotes, na fronte dos fiéis, para lembrar nossa brevidade terrena.
“No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás (Gênesis 3:19). Não é um enunciado materialista, mas um convite à reflexão sobre o sentido da vida.
Um alerta de que somos pequeninos e insignificantes diante da grandeza de Deus. Nosso tamanho é proporcional à distância em que dEle estivermos. Ou seja, somos ou seremos tão grandes quanto mais próximos formos.
O início da Quaresma, seguindo o Carnaval, não há de ser por caso. Seria uma pasteurização de consciências, que, elevadas aos 100 graus célsius, de repente são postas abaixo de zero, resultando na purificação.
O Carnaval, que nos primórdios comemorava o êxito das safras, foi adotado pela própria Igreja como festa em que se fartava de tudo que não se poderia fazer ao longo dos 40 dias da aflição quaresmal.
Mas o povão achou isso tão bom que o transformou na revogação de todos os valores humanos, inclusive da própria penitência religiosa. Mas, antes da degradação total, ficou no aceitável meio termo.
A poesia e canções carnavalescas, antes inspiradas em sentimentos que vinham do coração, hoje se inspiram nas regiões genital e anal, insultando a inteligência do homo sapiens e a nossa semelhança a Deus.
Todavia, não é o “fim do mundo”. São apenas revelações humanas, a exporem a Deus quem cada um é, quem vai se rejubilar ou sentir vergonha, quando, de repente, perceber e exclamar: “Gente, olha Deus ali!”.
Raimundo Marinho
Jornalista
Apesar da reconhecida evolução espiritual dos homens, ocorrida principalmente nos últimos 100 anos, a sensação é de que, ao contrário, a natureza humana está piorando, prevalecendo a maldade.
Mas essa impressão negativa é só aparente e carece de interpretação adequada. A função do mundo, como espaço expiatório, onde militam os espíritos criados por Deus, ainda não é bem compreendida.
Compreender o movimento cíclico do nascer e do morrer é a chave para o entendimento dessa realidade. Efetivamente, o mundo não piora, apenas uns vão, melhorados, e outros vem para se melhorar.
Se um visitante desatento, por exemplo, for periodicamente ao hospital de uma cidade, sem nada saber da sua função, imaginará que o povo do lugar só vive doente, pois o hospital está sempre cheio.
Todavia, se for alertado, perceberá que, entre cada visita sua ao local, muitos pacientes saíram e outras entraram. Muitos se curaram e foram para casa e outros que ali não estavam chegam para se tratar.
A rotina na Terra é parecida, dando a impressão de que não melhora nunca. Mas, pelo plano de Deus, todos nos uniremos, um dia, na Pátria Celestial, espiritualmente perfeitos. Assim Jesus nos ensinou!
Raimundo Marinho
Jornalista
Está mais fácil interpretar e entender as mensagens bíblicas, graças à profusão de informações sobre a espiritualidade e o sentido da vida, envolvendo todas as vertentes religiosas.
Intrigante e estimuladora passagem bíblica é o Sermão da Montanha, de onde Jesus Cristo, apiedando-se da multidão que o seguia, legou ao mundo as nove consoladoras bem-aventuranças.
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Entre elas, a que diz “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra” (Mt 5:5), sobre a qual são muitas as interpretações possíveis. Ela ensina que a Terra será o paraíso dos que lutarem pela paz.
Ser duro e firme, mas sem perder a doçura, contra os desafios postos na caminhada espiritual. Ter coragem e trabalhar incansavelmente na defesa da obra de Deus, seguindo o exemplo maior de Jesus.
Objetivamente falando, herdar a Terra significa receber o quinhão de herança divina, pelo viver conforme o Plano de Deus. Subjetivamente, é ser proclamado vencedor por aquele que nos criou.
Ser manso, portanto, não significa ser negligente nem apático. É vencer a batalha espiritual sem revolta e sem exasperação, mas com sabedoria e convencimento. É se impor pela convicção da fé em Deus.
Os que resistirem a essa transformação benfazeja, serão compulsados pela lei de Deus a migrar para ambientes fora do Planeta Terra, mais adequados às suas necessidades de aprendizagem.
O espírito Lucius alerta nesse sentido, na psicografia de André Luiz Ruiz, em Herdeiros do Novo Mundo (2009), Ide Editora, da trilogia que inclui Despedindo-se da Terra (2007) e Esculpindo o Próprio Destino (2008).
Raimundo Marinho
Jornalista
Grandes transformações pessoais costumam surgir de pequenas atitudes, desde que marcadas pela convicção e a fé. Há muitos exemplos, nesse sentido, na história da humanidade. Um deles é Dimas, o “Bom Ladrão”.
No profundo do arrependimento, reconheceu o Filho de Deus, justo quando estavam cruelmente pregados numa cruz. “Lembras-te de mim, Senhor, quando estiveres no paraíso” (Lc 23:42-43), disse o criminoso.
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Num flash luminoso, ele reconheceu o erro em que transformou a própria vida e recorreu, humildemente, a quem poderia salvá-lo. E Jesus, também na cruz, respondeu: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
O evangelista (Mt 15: 21-28) relata que uma cananeia rogou a Jesus que salvasse sua filha, subjugada por um espírito maligno: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, minha filha está endemoninhada”.
Numa atitude, polêmica, na visão de hoje, Jesus disse: “Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos”. À primeira vista, são seria uma resposta digna do Messias, tratar a mulher como um “cachorrinho”.
Mas não foi nenhuma desconsideração do Mestre, pois, naquele tempo havia sérios conflitos entre judeus e pagãos e estes eram apelidados de “cachorro”. Era natural, na época, e Jesus apenas seguiu o costume.
Aquela mulher corajosa não se desanimou e insistiu: “Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores”. Tal atitude de perseverança e fé sensibilizou o Mestre.
“Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas”. E ela, não só teve a filha curada, mas também se protraiu na história, atravessando os tempos, num exemplo eloquente do que é acreditar.
Na liturgia católica deste domingo, Jesus desafia os que o seguem: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Mt 16,13-20). Respostas: “Alguns, que é João Batista; outros, que é Elias; ou que é Jeremias ou algum dos profetas”.
Então, Jesus lança o dardo abrasador: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. A resposta eleita por Cristo foi de Simão Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. E o Mestre o premiou pela convicção, a certeza e a fé, dizendo:
“Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja”.
E nós, no conturbado mundo de hoje, diante do desafio da espiritualidade, como responderíamos ao Mestre? Nossa resposta é que nos confirmará ou não no status de filhos autênticos de Deus!
Jesus Cristo tornou-se aceito, quase à unanimidade, em todo o mundo. O que pregou e ensinou transformaram-se na doutrina cristã, que hoje domina o pensamento religioso na Terra.
Mas, em sua época, foi seguido por uma minoria, geralmente pessoas carentes, doentes e marginalizadas, como Maria Madalena, que era prostituta; e os apóstolos, entre os quais havia rudes pescadores.
Os sábios e doutores da Lei e os que detinham o poder combatiam e acusavam Jesus de ser um impostor, para eles um perigo, pois temiam que fosse desbancá-los. Mas o Filho de Deus desprezava tais insinuações e dizia que seu reino não era deste mundo. Mesmo assim acabou torturado e morto. Mas nada ofuscou sua mensagem, ainda viva mais de dois mil anos depois.
Jesus, em verdade, era a encarnação de Deus. Seu olhar penetrante e sedutor despertava temor, coragem e confiança! Inibia sábios e doutores! Mas não impôs nada, apenas mostrou como se chegar a Deus.
Em sua mansidão, disse que aquele que der a vida por Deus, a terá de volta na glória do céu. E se Ele voltasse, como reagiríamos diante daquele olhar envolvente? Tema bom para se pensar nesta hora do Ângelus! Deus nos abençoe!
Quinze de agosto é dia de festa em Livramento de Nossa Senhora! Dia da padroeira! “Aqui da vossa cidade, ó Maria, sois a Excelsa Protetora”. Sois a mãe de Jesus e Ele, do alto da cruz, na pessoa de João, nos legou, a ti, Maria, também como nossa mãe.
Referindo-se ao discípulo amado, te disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois, ao discípulo, afirmou: “Eis aí tua mãe” (BÍBLIA, João 19, 26-27).
E por quantos anos estais a derramar vossas bênçãos sobre Livramento! Quantas gerações já vieram e já foram, aqui vivendo sob o manto da tua proteção!
Quanto já temos rogado a ti, para que nos abençoe e a nossos filhos! Para quantos já advogou junto ao amado filho, Jesus Cristo! Quantos lamentos, quantos rogos já ouvistes, Maria, desse teu povo!
Quantas lágrimas já nos vistes chorar! Quantas alegrias, também, já nos vistes cantar! Quantos risos já houveram, tantos compartilhados contigo! Não há colo, não há regaço mais consolador que o teu, Maria!
Eu te imagino viva, a consolar-me com o teu olhar de mãe! Eu sinto, dentro de mim, o frescor da tua inspiração. Sinto-te viva a conduzir-me para o lado da alegria de Deus!
Sinto-te, com a doçura de mãe, a soprar teu hálito santo sobre mim, muitas vezes aplacando minha ira, suavizando a dureza do meu coração, clareando minha mente e refrescando o meu espírito!
Vejo-te viva, ó Maria, seguindo os caminhos dos meus filhos, para quem tanto rogo tuas bênçãos! Sinto tua presença viva dentro de mim, clarão pelo qual vejo a imagem luminosa de Jesus Cristo; e enxergo o caminho de Deus!
Tuas bênçãos fazem com que Jesus me ouça! Animam-me a almejar a benevolência de Deus! E rogo, Maria, para que assim seja com todos os filhos aqui da vossa cidade, da qual sois a Excelsa Protetora.
Tende, pois, de nós piedade, ó mãe de Deus, co-redentora! Porque Livramento sois vosso, ó Maria!
Nas louvações a Jesus, em Taquari e Lapa, não deve ser esquecido o que Ele nos ensinou. Certamente haverá clamores das almas sofridas pelos imperativos da vida, dos que enfrentam dificuldades e sofrimentos, muitas vezes difíceis de serem suportados. Dos doentes, mães e pais preocupados com os filhos, das pessoas longe dos entes queridos, alguns separados pela morte.
Clamam a Jesus os solitários, abandonados, esquecidos, sem amor. Os que, em momento de precipitação e nervosismo, cometeram delitos e estão nas prisões.
Clamam ora com paciência e resignação, ora indignados e desesperados.
Cada qual deve fazer como os cegos de Jericó, que não tiveram medo nem vergonha de gritar, com a força da fé que tinham no coração:
“Jesus, filho de Davi, tenha misericórdia de nós” (BÍBLIA, Marcos 10, 46-52 e Lucas 18, 35-43).
Jesus os ouviu e, vendo que eram sinceros, ordenou que voltassem a enxergar. A todos que sofrem, Ele consola e traz esperança:
“Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (BÍBLIA, Mateus, 11, 28).
No sermão da montanha, de onde ensinou sobre as bem-aventuranças, falou:
“Bem aventurados os que choram, porque serão consolados” (BÍBLIA, Mateus, 5, 4).
Consolou a mulher que sofria de hemorragia, por 12 anos, e que havia tocado em suas vestes na esperança de se curar:
“Tenha bom ânimo, filha, a tua fé te salvou”. (BÍBLIA, Mateus, 9, 22).
Jesus é extraordinário e apaixonante. Encantou a mulher da Samaria, que retirava água do poço, ao dizer-lhe, sedutoramente:
“Se tu beberes dessa água, tornarás a ter sede. Mas se eu te der de beber, jamais voltará a ter sede” (BÍBLIA, João, 13, 14).
Perdemos muito tempo com acontecimentos mundanos, banais, passageiros, sem importância, que para nada servem. Pouco nos dedicamos às coisas de Deus, à meditação e à oração. Talvez por isso tantas preocupações e pensamentos ruins invadem nossas mentes.
Devemos abrir mais espaço para Jesus em nossas vidas. São muitos obstáculos e as ciladas a nos ameaçar no quotidiano. Mas nada obstruirá nosso caminho, se tivermos Jesus a nosso lado, iluminando nossa caminhada!
Raimundo Marinho
Jornalista
Deus e sua criação são realidades insondáveis. Nem mesmo conseguimos ler, que dirá compreender, o que contém as fontes sagradas de informação. Só a Bíblia tem 73 livros. Quem dos leitores leu pelo menos um deles, na totalidade?
Muito temos para estudar e aprender sobre a insondável realidade da nossa existência. Tem-se, no entanto, que os registros foram feitos por humanos, sob a inspiração espiritual. É o que nos ensinam o conhecimento e a fé.
O livro Gênesis, da Bíblia, por exemplo, é implacável conosco, ao estabelecer que “Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!” (3:19).
Se é assim, o que fazermos do nosso corpo, enquanto vivermos? Ou, numa perspectiva atual, o que estamos fazendo dele, nesta vida? A resposta correta deve partir da reflexão sobre a origem e finalidade desse corpo.
Tem origem na magnânima e maravilhosa dádiva da sua criação, para ser o meio de cumprimento da nossa missão na Terra. E ainda nos proporciona a oportunidade de comprovar a própria existência de Deus.
Basta observar, mesmo sem muita profundidade, a caprichosa engenharia da sua constituição e funcionamento, sobre cuja autoria deveríamos refletir mais. E não necessitamos ir muito além do nosso próprio corpo.
Somos, inclusive, a resposta sobre o que é Deus. E, grandeza maior, temos o livre-arbítrio de escolher a real finalidade do corpo, na exercitação da evolução espiritual, ou profaná-lo nas efêmeras seduções mundanas.
Ou seja, entre evoluir e retardar ou mesmo retroceder na caminhada em direção ao mundo real da espiritualidade. Portanto, cuide bem do que você tem de melhor na sua vida terrena, seu corpo.
O corpo expressa tudo que somos e realiza tudo de que precisamos. Alimente-se bem, faça exercícios para fortalecer seus órgãos e seus músculos. Relaxe, divirta-se e, sobretudo, converse com Deus!
Se ainda não estiver estruturado para usar o corpo de forma santa, coloque todo seu esforço, vontade e energia para, pelo menos, usá-lo de forma saudável e, assim, devolvê-lo ao pó. Será a prova da evolução do espírito a que ele serviu!
Raimundo Marinho
Jornalista
Em artigo no site da Diocese de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, intitulado “Mãos Estendidas, Braços Abertos”, o bispo Dom Armando destaca a importância dos gestos e posições do corpo nas celebrações.
Reporta-se ao tópico 42 das Instruções Gerais do Missal Romano (IGMR), sobre como o adequado movimento dos corpos de todos os participantes pode contribuir para o resplandecer e a significação do ato celebrado.
Lembra que “Orar de mãos estendidas e de braços abertos se encontra na tradição bíblica, onde as mãos expressam o agir humano, são um meio muito significativo da sua linguagem”. E extrai exemplos de Salmos:
“Senhor... escuta a voz de minha súplica quando te peço ajuda, quando elevo as mãos para teu santo templo (Sl 28/27,2); ...no teu nome erguerei as minhas mãos (63/62,5); a ti estendo as minhas mãos, como a terra seca, anseio por ti (143/142,6)”.
Sirvo-me desse oportuno ensinamento do prezado Dom Amando para, também, destacar que outras inúmeras posturas são, igualmente, importantes nos ritos religiosos, em oportunidades de rezarmos coletivamente.
Devemos, por exemplo, repetir com o máximo de entusiasmo os cantos e as passagens reservadas à comunidade. O “Pai Nosso” deve ser entoado com o vigor, o entusiasmo e a alegria de se estar conversando com Deus.
Não devemos repeti-lo monotonamente, displicentemente, como um decoreba. Temos de ter a convicção de que é com Deus que estamos conversando, seja na oração coletiva, seja na intimidade de nossos aposentos.
Diante da certeza da presença de Deus, de que ele está a nos ouvir, temos de dedicar-lhe total reverência. Não é ao sacerdote que estamos falando. Estamos a rezar para dentro de nós, onde Deus está.
Assim, vamos vibrar mais, nas celebrações, aprender as rezas e os cantos! Vamos orar contritos, com todo entusiasmo da nossa alma! Vamos encher nossas igrejas com a alegria dos que se sentem diante de Deus!
Para ler o artigo de Dom Amando, acesse:
A terra é um laboratório humano, onde as pessoas exercitam as mais variadas formas de comportamento. Do nascimento à morte, há um caminho rico de experiências, alegres e tristes. Sejam quais forem, devem ser vivenciadas no entusiasmo da fé no Criador e em nós mesmos. Nosso sucesso e nossa alegria dependerão disso!
Tudo que há para ser vivenciado é posto diante de nós. São fatos, circunstâncias e, principalmente, pessoas que nos colocam à prova. Testam nossa tolerância, nossa honestidade e nossa generosidade. O exercício dessas experiências determinará nosso crescimento espiritual.
Crescer espiritualmente é bem mais importante do que crescer material ou socialmente. Significa aproximação de Deus e do verdadeiro sentido da vida. A existência da pessoa pode parecer vazia, sem sentido e o ato de viver passa a ser uma tortura. Isso deve ser combatido, através da oração e clamor a Deus!
Não importa se temos uma origem pobre ou rica e sim a maneira como encaramos e aproveitamos o modo de vida que nos foi dado. Se nos forem reservadas dificuldades, devemos encará-las como bênção de Deus. Nada mais saudável e benéfico ao espírito que o desafio de uma vida dura. Mostra que Deus confia em nós!
Se no lugar de desafios houver comodidades, como a riqueza de bens materiais, devemos ficar alertas e desconfiados. Isso pode conter um desafio escondido, não visível, que temos de descobrir. Os bens materiais, nesse caso, são apenas para nos auxiliar em nossa missão!
Procure afastar todas as perturbações da sua mente e de sua alma, para que a luz natural da vida resplandeça sempre sobre você. Fique atento e não desperdice as oportunidades generosamente colocadas por Deus em seu caminho!
(habeas corpus urgente)
Canarinho Prisioneiro
Chico Rey e Paraná
Sou aquele canarinho que cantou em seu terreiro
Em frente sua janela eu cantava o dia inteiro
Depois fui pra uma gaiola e me fizeram prisioneiro
Me levaram pra cidade, me trocaram por dinheiro
No porão daquele prédio era onde eu morava
Me insultavam pra cantar mas de tristeza eu não cantava
Naquele viver de preso muitas vezes imaginava
Se eu arrombasse essa gaiola, pro meu sertão eu voltava
Um dia de tardezinha veio a filha do patrão
Me viu naquela tristeza e comoveu seu coração
Abriu a porta da grade me tirando da prisão
Vá-se embora canarinho, vá cantar no seu sertão
Hoje estou aqui de volta desde às altas madrugadas
Anunciando o entardecer e o romper da alvorada
Sobrevoando a floresta e alegrando a minha amada
Bem feliz por ter voltado, pra minha velha morada
(Clique abaixo para ouvir e se comover:
https://www.youtube.com/watch?v=V8dpmD4HG5s
Raimundo Marinho
Jornalista
Zacarias viu o anjo do Senhor e perturbou-se. Mas o enviado de Deus o tranquilizou, dizendo que sua esposa, apesar de idosa, teria um filho. Era o pedido dele, Zacarias, a Deus. O anjo recomendou que o menino se chamasse João (Lc 1, 1114).
“Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com seu nascimento”, completou o anjo. Os atos em louvor a São João, novenas e a missa campal, último dia 24, lembraram essa importante interação de Deus com os homens.
Isso foi há mais de dois mil anos (2 a.C. – 27 d.C.), mas ainda é lembrado, fervorosamente, pelos cristãos. João Batista viveu na Judéia, foi precursor e padrinho de Jesus Cristo. O batizado deu-se nas águas do Rio Jordão.
Ontem (24), na missa da Rua do Areão, o Padre José Aparecido destacou o caráter sublime da missão do profeta, que foi degolado por incluir em sua pregação o combate à corrupção do então Rei Herodes Antipas I.
O padre mencionou o encontro de Isabel, mulher de Zacarias, com Maria, mãe de Jesus, que traziam em seus ventres os dois mensageiros de Deus. Ali, estava desenhado o projeto de Deus para a salvação dos homens.
Segundo o Dicionário de Nomes Próprios, acessado via internet, o nome João significa “Deus é cheio de graça”, “agraciado por Deus” ou ainda “a graça e misericórdia de Deus” e “Deus perdoa”.
A cada ano, os devotos do santo vão à Rua do Areão para renovar a alegria desse resgate da interação de Deus com a Humanidade. E manifestam isso, principalmente, no refrão do Hino a São João Batista:
“O céu e a terra em coro, unidamente, vem exaltar e aplaudir a São João; e nós também vamos humildemente pedir-lhe auxílio, eficaz proteção”.
Raimundo Marinho
Jornalista
O Plano de Deus determina que a rendição da alma humana ao amor é inexorável, não depende da nossa vontade. Tal qual a semente sob a terra, na caatinga devastada pela seca, que germina tão logo a chuva caia!
A Lei Divina colocou o livre-arbítrio na composição da racionalidade humana. Ainda que o fim último de nossas vidas seja o pleno bem-estar, pela prática da virtude, somos livres para escolher entre o amor e o não-amor.
Cada uma das duas condutas é um caminho, com suas pedras e asperezas. Na caminhada, saberemos qual deles é mais pesado. Dores, alegrias e ou tristezas serão determinadas pela escolha que fizermos.
Muitos mudam a opção, durante a caminhada, conforme vai interpretando e vivenciando os acontecimentos. Tudo dependerá dos conhecimentos adquiridos, das seduções e ou das asperezas encontradas.
A escolha entre o amor e o não-amor há de ser feita com conhecimento de causa e muita reflexão. Amor é um sentimento indefinido, mas que nos impulsiona a desejar aos outros tudo que queremos para nós.
O não-amor é o inverso do amor. Não requer uma ação específica, para se caracterizar. Apenas ocupa o lugar onde deveria estar o amor. É caracterizado pela indiferença e o egoísmo.
Portanto, onde não há amor, reina o egoísmo, com todas as suas mazelas, que vão das picuinhas pessoais aos conflitos entre nações. Não haverá paz global se ela não for construída dentro de cada indivíduo.
A definição de amor, acima, provem do próprio mandamento cristão: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22: 39), que Jesus clareou na parábola do Bom Samaritano, ao definir quem é nosso próximo:
Em resposta, disse Jesus: "Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto.
Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado.
E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado.
Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele.
Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele.
No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'.
"Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?"
"Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei.
Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo".
O gênero humano vive sob a perspectiva da paz, elegendo-a como ideal a ser alcançado. Mas, nesse sentido, essa paz nunca existiu. No mundo moderno, particularmente nas grandes cidades brasileiras, há o temor a mais da violência urbana. O ser humano atacando, violentando, assaltando e matando o próprio ser humano.
Também nas cidades pequenas, como Livramento, já se constata essa preocupação: assassinatos, carros arrombados, bolsas furtadas, residências assaltadas, crianças aliciadas para as drogas, meninas se prostituindo, agressões domésticas.
Porém, nenhuma novidade! A humanidade sempre foi assim, a diferença talvez seja a maior divulgação, em razão do aperfeiçoamento dos meios de comunicação. Isso nos leva a concluir que a raça humana sempre foi bela, os artistas, os poetas que o digam, mas é perversa!
Se a Terra é lugar de purgação para a alma humana, então é certo que o mundo seja assim. Desse modo, devemos compreender que, com a morte, vai-se uma alma boa, melhorada, mas outra virá, perversa, ruim, para passar pelo processo de aprimoramento.
Então, a paz vai nos custar muito e exigirá luta quotidiana contra nossos próprios instintos, contra nossa própria natureza. Desse modo, a paz coletiva só será obtida com o somatório da paz individual! Que Deus, então, nos abençoe!
(republicação adaptada)
Sugerimos que seja feita uma profunda reflexão sobre os padecimentos de Jesus. Propomos que pensemos, com a mesma profundidade, sobre o significado da tortura e da morte a que Cristo se submeteu, espontaneamente.
Ele era filho de Deus, dominou a matéria e o pensamento, pregou mensagens divinas, operou milagres, mostrou que entre Ele e Deus, a quem chamou de pai, não havia diferença. Portanto, poderia ter se livrado da prisão, da tortura e da morte, e ainda teria esmagado seus algozes.
Mas os homens, de forma comodista, com a influência das igrejas, tiraram uma conclusão simples e fácil, que não lhes traria maiores incômodos, dizendo que Jesus morreu para nos salvar. Até lhe deu o título de Salvador.
E “nos salvar” exatamente de que? De um possível pecado original, inventado pela pedagogia religiosa, ou dos monstruosos pecados que continuamos cometendo?
Acordemos! Não é nada disso! Jesus, além de ensinar, pela palavra, sobre como viver segundo o Plano de Deus, deu o supremo exemplo prático do padecimento e sacrifício da própria vida.
Mostrou até onde se deve ir para cumprir a missão terrena. Nunca disse “eu os salvei dos vossos pecados” ou “eu os livrarei dos vossos pecados, com a minha morte”.
Por várias vezes, ensinou, orientou, perdoou e curou, mas sempre lembrava, ao final: “vá e não voltes a pecar”. Dizia que “eu sou o caminho, a verdade e a vida, os que me seguirem verão o Pai”.
Vamos descruzar os braços! Parem de achar que já estamos salvos! Não basta repetir orações, como um papagaio, da boca para fora, no templo ou em casa.
É preciso trabalhar muito, lutar e se sacrificar. É preciso abraçar a causa de Deus, dar a vida por Ele e por nossos irmãos!
Ao rezar o “Pai Nosso”, prestem bastante atenção ao dizer: “Pai, perdoai-nos, assim como perdoamos aos que nos tem ofendido”. Construam uma vida de modo santo, vivam de maneira digna e honesta. Sejam generosos para com todas as criaturas, sem limite de cansaço ou de dor!
(*) Santos, Raimundo Marinho dos. Hora do Ângelus, PENSARES PARA REZAR – Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 256/257.
(republicação adaptada)
Raimundo Marinho
Jornalista
Os sofrimentos de Jesus foram muito mais brutais do que narram os evangelistas. Por conveniências políticas, nem Pilatos nem Herodes quiseram condenar o Cristo. Não viram nele qualquer crime que justificasse a pena de morte. E também tinham medo do poder do Messias, embora não reconhecessem isso publicamente.
Herodes fingiu ter visto nele apenas um tolo e o devolveu a Pilatos, que lavou as mãos e o entregou para ser condenado pelos seus inimigos. Eles distribuíram dinheiro para a claque e amedrontaram a população, dizendo que se Jesus não fosse morto, todos seriam perseguidos e castigados por Cesar, o rei de Roma. E a multidão ignorante gritou pela execução do Mestre.
Cansados e furiosos com as longas caminhadas, indo e vindo entre os palácios de Pilatos e Herodes, os inimigos descarregavam a raiva toda em Jesus, com as mais cruéis e abomináveis formas de tortura e de ultraje. Herodes sorria ao ver Cristo, de que tanto ouvira falar, reduzido a um trapo, sujo, imundo e coberto de sangue. Nem parecia mais gente!
Ao ver o Messias daquele jeito - desfigurado, desgrenhado, rosto dilacerado, imundo, túnica suja de lama – o rei virou o rosto, com um gesto de nojo e dó, dizendo aos sacerdotes: “Levai-o daqui, limpai-o. Como podeis trazer à minha presença um homem tão sujo e maltratado?”.
Herodes pediu a Jesus que provasse tudo que dele ouvira falar, os milagres as curas e se era mesmo filho de Deus, dizendo-lhe: “Que espécie de rei és tu?”. Como Jesus nada respondeu, o rei disse: “Levai este tolo, pois é mais um doido do que um criminoso”.
Jesus não foi só chicoteado, atiraram toda sorte de sujeira nele, fizeram-no andar sobre lama, para vê-lo tentar se equilibrar, cambalear, como se estivesse dançando, somente para ridicularizá-lo. Arrastaram-no por um esgoto, fazendo sua cabeça bater em paredes e pedras.
Muitos batiam nele, dizendo representar cada região onde moravam. Deram-lhe pauladas na cabeça e Jesus olhava para os algozes de forma suplicante, gemendo de dor. Para zombar, os torturadores imitavam seus gemidos. Cada brutalidade era acompanhada de gargalhadas e insultos. Não houve quem lhe mostrasse piedade.
Então, gente, para alcançar a salvação, temos um longo caminho à nossa frente. Relembrar os sofrimentos atrozes contra Jesus, de ano em ano, na Semana Santa, é muito pouco. É muito comodismo dizer que Jesus já nos salvou. Se fosse hoje, provavelmente estaríamos entre aqueles furiosos torturadores.
Então, o que esperar do Messias e de Deus? Temos de fazer por merecer a sua complacência e sua benevolência! Podemos começar assumindo a vida de verdadeiros cristãos, sem hipocrisia, sem falsidade e conscientes de que o caminho é duro e de muitas dores.
Mas não desanimem, até o último momento, Jesus foi modelo de magnanimidade, que veio para passar a lição de Deus. No estertor da morte ainda insistiu e balbuciou: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem
Raimundo Marinho
Jornalista
Último dia 1º, Quarta-feira de Cinzas, teve início a Quaresma, um dos eventos mais importantes da comunidade católica, em todo mundo, que dura 40 dias, considerados preparatórios para a celebração da Páscoa, em que os cristãos relembram a paixão e morte de Jesus Cristo.
Naquele dia, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou a Campanha da Fraternidade 2017, com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).
O objetivo é alertar para o zelo que devemos ter diante da criação, com foco nos biomas brasileiros. Inspirou-se na passagem do Livro do Gênesis, que diz “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar”.
A especificação “biomas brasileiros” é o reconhecimento da notória existência de graves ameaças que há aos seres vivos em geral, plantas e animais, em nosso país. Entre as causas, está a indiscriminada devastação de nossas áreas verdes, matando os animais que nelas vivem, o que, um triste dia, se refletirá catastroficamente nas pessoas.
O tema da CF 2017 premia os “biomas brasileiros”, a beleza e a grandeza que ainda há neles. Bioma é o conjunto dos nossos ecossistemas. Ecossistema é o espaço onde convivem plantas e animais, inclusive, as pessoas. Dele, fazem parte o que chamamos de “coisas da natureza”, como água, gases atmosféricos, sais minerais, radiação solar, plantas e animais (dos seres humanos aos microrganismos).
Tudo isso tem de estar em equilíbrio. Caso contrário, um dia se acabará. É esse o alerta que a CNBB quer fazer, sugerindo condutas e ações que preservem e guardem a natureza em que vivemos.
Raimundo Marinho
Jornalista
O escritor húngaro Útmutató a Léleknek seria o autor da inteligente e luminosa analogia abaixo, sob o título “Vida após o parto”, usada para explicar a existência de Deus:
No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro: “Você acredita em vida após o parto?”
O outro respondeu: “É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.”
“Bobagem”, disse o primeiro. “Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria essa?”
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O segundo disse, “Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez vamos poder andar com as nossas pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora.”
O primeiro respondeu: “Isso é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o que precisamos. Mas o cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto logicamente está fora de questão.”
O segundo insistiu, “Bem, eu acho que há alguma coisa, e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vai precisar mais deste tubo físico.”
O primeiro respondeu: “Bobagem. E, além disso, se há mesmo vida após o parto, então por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida, e no pós-parto não há nada além de escuridão e silêncio e esquecimento. Ele não nos leva a lugar nenhum.”
“Bem, eu não sei”, disse o segundo, “mas certamente vamos encontrar a Mãe e ela vai cuidar de nós.”
O primeiro respondeu: “Mãe? Você realmente acredita em Mãe? Isso é ridículo. Se a Mãe existe, então onde ela está agora?”
O segundo disse: “Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.”
Disse o primeiro: “Bem, eu não posso vê-la, então é lógico que ela não existe.”
Ao que o segundo respondeu: “Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você pode perceber a presença dela, e pode ouvir sua voz amorosa, lá de cima.”
Fonte: http://blogs.universal.org/renatocardoso/blog/2015/05/30/e-claro-que-nao-existe-vida-apos-a-morte/
Na carta que escreveu aos hebreus, o apóstolo Paulo os orientou sobre a natureza da fé, dizendo que ter fé é ter a certeza de coisas que não são esperadas, é ter a convicção da existência de fatos que não são vistos.
Pela fé, dizia o apóstolo, podemos entender que o Universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o visível surgiu de coisas que não eram vistas.
Aproveite este momento tão singular do Ângelus e atente para a profundidade do significado desses ensinamentos, cuja íntegra pode ser conferida no capítulo 11, versículos 1 a 3, da epístola de Paulo. Medite sobre eles e sentirá o mesmo que Paulo sentiu, alcançando a simplicidade do que é Deus e do que Ele quer de nós.
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A fé não é ficção, nem algo imaginário. Ela é concreta e não cria realidades, ela torna as realidades visíveis. Você pode, então, perguntar: “Mas, como assim?”.
Ter fé significa ser consciente e determinado, o que nos torna capazes de sentir e ver o que de fato existia, mas não era visível. Ou seja, uma realidade que não era alcançada pelo nosso entendimento concretiza-se em nossa mente a partir da certeza que passamos a ter da sua existência.
E pode ser perguntado ainda: “Mas por que assim tão complicado? Por que Deus não simplificou para nós?”. Mas ele simplificou, nós é que complicamos.
(...)
Deus quer, portanto, que façamos essas descobertas, para o que não são necessários conhecimentos sofisticados. Antes de se converter, Santo Agostinho era um homem de muitos conhecimentos, um professor renomado, verdadeiro sábio. Mas era mundano e arrogante. Depois de muito experimentar as coisas da vida, inclusive as más, um dia ele teve um vislumbre de simplicidade e conseguiu enxergar Deus.
O pensar e o ter fé são simples. Se você começar a dizer que viu Deus ou que vai se encontrar com Ele daqui a pouco, provavelmente vão levar você, imediatamente, a um médico. Mas se disser que vai construir uma casa, daqui a uns dias, todos acreditam e basta você informar tamanho, cor e local, para que todos formem na mente a casa que nem existe. E esta casa, que era só mentalização, vira algo real, graças ao seu esforço em materializá-la.
Pode ter certeza que mais fácil ainda é edificar a realidade divina dentro de você. E, se fizer isso com a mesma convicção e fé com que construirá sua casa, você verá Deus em toda plenitude e esplendor!
Raimundo Marinho
Jornalista
Pelo menos aqui nas terras de Pindorama, nos foi ensinado a ter uma religião, a Católica Apostólica Romana, cujo dogma assustador nos apontava, e ainda nos aponta, duas únicas opções de caminho.
Uma, era a santidade, que nos conduziria ou nos conduzirá ao Paraiso ou Céu. Não fazer essa escolha significava ficar com a outra, ou seja, o nada, a erraticidade, que nos conduziria ou nos conduzirá aos tormentos ou Inferno.
Não havia meio termo. No máximo, o Purgatório, para os pecadores de leve potencial ofensivo. Na infância, ouvia dizer que o Céu só para as crianças que morressem até sete anos de idade, então consideradas anjos.
Oh, quantas vezes desejei morrer até aquela idade! Mas, assim não era a realidade. Agora, aos 67 anos, sei que posso ir para o Céu. A minha fé me dá essa certeza. Porque o Céu é o que cada um constrói dentro de si.
Como assim?, podem perguntar. A vida é uma realidade espiritual, que cada um começa a descobrir pela fé, depois a vai enxergando claramente. E todas as pistas e orientações estão na Doutrina Cristã.
Que a vejam e ouçam-na quem tiver olhos para ver e ouvidos para ouvir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mateus, 11:15). Em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram (Mateus 13, 9-17).
Das palavras de Jesus, extraem-se dois profundos ensinamentos. Em um, Ele chama a atenção para a capacidade que todos têm de ver o mundo real da espiritualidade, basta exercitar.
No outro, alerta e adverte os desavisados. Como se dissesse que está tudo aí, muito claro, diante de cada um. Se não ver nem ouvir, será porque não quis, não prestou a atenção. Os atentos estão vendo e ouvindo!
Necessariamente, esse ver e esse ouvir não exigem estudos profundos. Muito ao contrário, só exige o querer e a simplicidade, a vida correta, a concentração em Jesus, o viver segundo o Plano de Deus.
É o viver simples e generoso, do dia-a-dia, que nos leva para o Céu. Tanto Céu quanto Inferno são construções que, a depender do nosso modo de vida, colocamos em nosso caminho.
Pode demorar, mas há o consolo de que nossos olhos e ouvidos um dia se abrirão, com a luminosidade estonteante, como a que assombrou Pedro, Tiago e João, na Transfiguração de Jesus, na Montanha (Marcos, 9: 2-8).
A História mostra que a natureza do homem pouco ou nada mudou, desde sua origem, há milhares de anos, até regrediu em certos aspectos. Na verdade, houve extraordinária evolução tecnológica, mas o homem parece cada vez mais insensível, não obstante mais vulnerável.
Aumentam os atos de corrupção moral e de violência física. Há uma busca desenfreada pela satisfação das sensações do corpo – comida, bebida, drogas e sexo – e pela acumulação de poder. Isso tem proporcionado prazeres, conforto e folga para uns poucos e muita dor, miséria e fome para a grande maioria.
Essa realidade contraria o Plano de Deus, que, através de Jesus, recomendou que vivêssemos como irmãos, que fôssemos gentis uns com os outros. Enfim, que amássemos a Ele sobre todas as coisas e aos nossos semelhantes como a nós mesmos. Essa receita simples de harmonia e felicidade parece a coisa mais difícil de ser alcançada entre nós.
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Por vezes, até mesmo dentro de casa, essa tarefa assemelha-se a algo inalcançável.
Será por que é assim? Só pode ser pelo egoísmo, pelo desconhecimento do que seja e o que representa Deus para a humanidade. O imediatismo tem desviado as pessoas para a futilidade e a vida fácil, o prazer fácil. Vivemos em uma era em que a maioria das pessoas quer, por assim dizer, “gozar a vida”, mas sem qualquer sacrifício.
Chegou o momento de se olhar para o alto e clamar a Deus, ainda que, aparentemente, não tenhamos merecimento. Deus está sempre pronto para ouvir o clamor dos seus filhos. O somatório dos bons pensamentos, diretamente ligados a Deus, é um primeiro passo para se melhorar o Mundo!
Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
As festas de fim de ano provocam emoções variadas nas criaturas humanas. Iniciam-se no Natal, alongam-se com as celebrações de Ano Novo, de Reis e sucessivamente já noutro período.
Todos aqueles que se estimam, que têm interesses de qualquer natureza aproveitam-se da oportunidade para formular votos de felicidades sinceros, aparentes, sociais e até indiferentes, por computador, de maneira informal a toda a rede de amigos, retirando o imenso prazer de que se deveria revestir o ato.
Deseja-se que o futuro seja o ano da realização dos sonhos, da conquista dos ideais, que se apresente diferente daquele que se vai, num automatismo, ora febril, ora convencional e, em alguns casos, até desagradável pelo "trabalho que dão".
Sem dúvida, os anos novos são iguais aos anos velhos, não fosse a convenção estabelecida, que se tornou um compromisso social
Para que o novo ano seja promissor, é necessário que haja no indivíduo reais transformações para melhor, porquanto, passados os dias de sorrisos e libações, de banquetes opíparos ou não, a velha rotina retorna, os antigos hábitos que não foram alterados permanecem e os fenômenos existenciais seguem idêntica marcha.
O indivíduo humano é o autor da sua plenitude ou da sua desdita através do comportamento que se permite. Cultivando a esperança e buscando a sua concretização mediante o esforço do trabalho, conseguirá o almejado sem dificuldade. Ao manter, porém, os costumes doentios e os vícios a que se entrega, defronta desafios cada vez mais complexos em forma de problemas, enfermidades e desaires...
Ideal será que, todo dia, que é sempre uma ocasião nova, refaça os seus planos mentais, repasse mensalmente as construções íntimas e proponha-se ações edificantes que podem ser trabalhadas com naturalidade, passo a passo, sem o almejado milagre impossível da conquista sem esforço nem luta.
A avidez para fruir-se prazeres e gozos contínuos, como se a função da existência fosse apenas a frivolidade das sensações, do jogo das ilusões, leva-o aos desatinos da desonestidade, da conduta perniciosa e até da criminalidade para alcançar as metas cultivadas no íntimo, sem consideração real por si mesmo, pela sociedade, pelo futuro.
Cada momento, ante os acontecimentos estarrecedores que são relatados pela imprensa, cabe-nos o dever de melhor reflexionar a respeito da nossa participação no grupo familiar em que nos encontramos, oferecendo melhores contribuições que facultam o progresso intelectual, assim como também de natureza moral.
Ano Novo é oportunidade de reflexão e análise para a construção da real felicidade, mediante os sentimentos harmônicos, as afeições sinceras e o equilíbrio das emoções.
O período de festas natalinas e final de ano não é bom para se fazer reflexões sobre a vida, a não ser para balanço, listando-se conquistas e frustrações do ano que termina.
Não é bom porque a preocupação maior das pessoas é com festas, comidas e bebidas! Reflexão e meditação exigem silêncio, solidão e isolamento, impossíveis de estômago cheio e mente embriagada.
Exige concentração, determinação e muita consciência do que se está fazendo e do que se quer alcançar espiritualmente.
O mundo parece caminhar na direção oposta ao Plano de Deus. O Natal, que deveria reviver o nascimento e a mensagem de Cristo, transformou-se em apelo comercial.
A figura do Messias foi substituída pela de um grotesco Papai Noel. Poucos se lembram que Jesus disse que bastaria ter Deus acima de todas as coisas, e amarmos o próximo como a nós mesmos.
“Próximo”, para Jesus, é toda pessoa que surge na caminhada pela vida, pessoa que, como nós, necessita de atenção, de amor e generosidade! Tenha cuidado, portanto, com a embriaguez do Natal!
Entre nós, ele perdeu o sentido original, passando a ser ocasião em que as pessoas se voltam para si mesmas, seus grupos, trocam presentes e compartilham ceias fartas e engordativas.
As igrejas ficam cada vez mais vazias e as lojas cada vez mais fervilhantes, em desoladora sanha consumista! Mas Jesus alertou: “O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não!”.
Noite de Natal, data escolhida pelos cristãos para festejar o nascimento de Jesus. Os evangelistas descrevem de modo didático os episódios do nascimento de Cristo, incluindo a anunciação do anjo a Maria, quando teria ocorrido a concepção do Filho de Deus.
Escreveram de maneira simples, ao alcance da compreensão das pessoas, conforme os costumes da época. Mas é certo que nem tudo aconteceu, necessariamente, como foi relatado. Também foi assim em outras passagens dos evangelhos.
Os escritos devem ser lidos, hoje, com as devidas cautelas, à luz dos novos conhecimentos adquiridos pela humanidade. Não era aceitável, na época, que o Filho de Deus nascesse de qualquer mulher e sim de uma virgem. Situação difícil para os evangelistas explicar!
A verdade, porém, é que o mundo estava perdido. Os homens haviam mudado de rumo, à revelia de Deus, que decidiu vir, Ele mesmo, trazer a salvação. E aqui chegou como qualquer ser humano. Fez-se homem, para falar a linguagem dos homens e ser melhor compreendido.
Portanto, vamos nos concentrar no significado da vinda de Jesus, no conteúdo da sua mensagem, principalmente quando recomenda amor absoluto a Deus e ao próximo.
Esqueçamos o consumismo natalino, as mensagens passageiras de Feliz Natal e nos concentremos no que Deus pede de nós, através dos ensinamentos de
Cristo. Não adianta rezar, não adianta dizer “Feliz Natal” e passar o resto do ano ignorando o Plano de Deus.
1. Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (Mateus, 5:7.)
2. Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (Mateus, 6:14 e 15.)
3. Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?” — Respondeu-lhe Jesus: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (Mateus, 18:15, 21 e 22.)
4. A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir. Uma é sempre ansiosa, de sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.
Ai daquele que diz: nunca perdoarei. Esse, se não for condenado pelos homens, sê-lo-á por Deus. Com que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias faltas, se não perdoa as dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.
Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar: uma, grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa possa ter; a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que tal se julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como sou generoso! Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte. Não, não há aí generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao orgulho. Em toda contenda, aquele que se mostra mais conciliador, que demonstra mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza da alma granjeará sempre a simpatia das pessoas imparciais.
Os vivos deviam visitar regularmente os cemitérios. Não apenas nos momentos dolorosos dos enterros. Aquelas tumbas nos fazem lembrar que a maioria das coisas da vida, pelas quais tanto brigamos, de nada vale. A morte é certa e impiedosa, não respeita rico nem pobre, nem feio ou bonito. É o que fica evidente quando estamos diante de um túmulo. Mas nem sempre vemos dessa forma. Não raro, fingimos dor e tristeza, apenas para parecer socialmente agradáveis nos sepultamentos.
A dor dos que ficam logo passa! O amor, a atenção, o abraço apertado, a amizade, a fraternidade, a caridade, a solidariedade muitas vezes negados ao defunto, em vida, passam a ser compensados com gestos atrasados e desnecessários, como ajudar a carregar o caixão, comparecer à missa de sétimo dia, depositar flores e mensagens, talvez uma foto, sobre o túmulo frio e cimentado. Enquanto isso, aquele corpo enterrado, antes viril e saudável, apodrece e vai sendo comido pelos vermes, até que nada mais restará da pessoa.
Ao visitar um cemitério, certamente você vai observar que, em muitos túmulos, as flores secaram, as lembranças caíram; que a sujeira tomou conta dos sepulcros, antes caiados ou revestidos de mármores luxuosos. Alguns poucos são bem cuidados. Certo dia, ouvi uma alma viva resmungar por entre covas e carneiros, dizendo que ali terminavam todas as diferenças. Lembrava que, ao chegar ao cemitério, pobres, ricos, importantes e insignificantes, humildes ou orgulhosos, eram igualados pela temida foice da senhora morte.
Observe a variedade de túmulos, carneiros e covas. São diferentes, conforme estejam caiados, cimentados, azulejados, revestidos com mármores e granitos, ornamentados com flores naturais ou de plástico, com crucifixos de resinas ou de bronze. Até entre as covas mais humildes há diferenças, umas são mais bem arrumadas que outras. São diferenças que revelam o lado incorrigível do ser humano, que quer parecer um melhor do que o outro, mesmo diante da morte.
Mas há os que depositam flores, não pela ilusão de que o morto não tivesse morrido, mas pelo sentimento do amor e de consideração para com quem se foi. Não podemos modificar as leis implacáveis da natureza. E se uma visita ao cemitério não servir para despertar essa percepção, outro meio não haverá, a não ser o próprio suceder da vida, determinado por aquelas mesmas leis, que só excepcionalmente e no tempo certo serão dadas a conhecer plenamente.
Dessa forma, sempre que você for dominado por qualquer sentimento ou paixão destrutivo, como vaidade, arrogância, vingança, mania de grandeza, vontade de submeter ou aniquilar o próximo, compulsão pelos vícios e tantos outros, contenha-se e vá ao cemitério. Pense, também, que a vida é um misterioso mergulho na solidão de si mesmo, na qual somente sentimentos e paixões nobres poderão ajudar você. Fique com Deus!
O que acontece com as pessoas depois que elas morrem? Uns acham que simplesmente são levadas para o cemitério, onde são enterradas ou cremadas, não se falando mais nelas. A maioria, porém, acredita que os que morrem ingressam em uma nova vida ou ficam numa espécie de quarentena, para ressuscitar, no Juízo Final.
A primeira resposta não oferece dificuldades, mas a segunda é inquietante e não há provas definitivas a respeito. Fica por conta das convicções religiosas e do ideário do ser humano de se eternizar. Dessa forma, o ente humano foi dividido em corpo perecível, que é enterrado quando morre; e em alma imortal, que “voa” para uma outra vida. Então, a essência da vida estaria na alma, no espírito, e não no corpo.
A idéia de alma, de espírito, de vida após a morte continua sendo assunto do âmbito humano e foi construída pela filosofia e pelas religiões. O certo é que o verdadeiro destino dos seres, após a morte, ainda não foi dado a conhecer, de forma a convencer todo mundo. Mas se tornou consenso que o corpo é um traje temporário, que a terra há de comer, que é visto sendo enterrado, mas não se vê a alma ou o espírito “voando”.
Difícil explicar que algo de nós, além do corpo, ao morrermos, partirá para um plano de plena satisfação ou para regiões de sofrimento, a depender das ações que tivermos praticado.
Aliás, como explicar a própria vida? Se nela o mais certo é a morte, em paradoxo tão irrefutável? Mas a vida por si só se explica. Quem quiser entender tudo terá de se concentrar no nascer, no crescer, no viver e no morrer. Não há como negar sentido a realidades tão grandiosas, tão eloquentes!
No plano humano, não há nem nunca haverá uma clareza coletiva a esse respeito.
O comando de Deus programou, através da natureza, esclarecimentos individualizados, na proporção em que cada um for se interessando em obtê-los se a isso dedicar a sua vida. Cada um que for buscando essa sabedoria profunda irá se iluminando, na medida do seu viver, até se transpor, como Jesus Cristo, para a outra vida, sobre a qual, até então, só temos conseguido conjecturar.
Nem tudo é dado a conhecer ao homem somente pela sua ansiedade em saber.
Seria perturbador para sua vida na Terra. Seria como ver os milhões de microorganismos, as bactérias, que vivem em nossa pele, em nossa boca, nos olhos, nas mãos. Nosso olho não é capaz de enxergá-las. Seria apavorante! Mas elas ajudam nosso corpo a permanecer vivo. Só ficamos sabendo que elas vivem em nós depois que foi inventado o microscópio, no tempo determinado por Deus.
As religiões são criações dos seres humanos. Por essa razão, estão estruturadas de acordo com a visão humana. O conteúdo delas é preenchido pelo conhecimento dos homens. E, como sabemos, esse conhecimento é bastante limitado. Dessa forma, é fácil concluir que os ensinamentos das religiões são limitados. Restringem-se ao pouco que conseguem perceber em relação ao mundo e ao seu Criador.
Essa limitação levou o homem a criar um conceito de Deus que não condiz muito com a realidade. O que se ensina, atualmente, nas aulas de catecismo, tem pouca diferença do que era ensinado no passado. Houve certo abrandamento na conceituação dos dogmas e dos mandamentos, mas a figura de Deus ainda é mostrada de forma distorcida. Um Deus distante demais e quase inatingível.
No passado, era pior: Ele nos era apresentado como um verdadeiro carrasco, cuja finalidade era tão somente anotar nossos pecados, em um livrinho, lá no céu, para nos cobrar, quando morrêssemos. Era um Deus do terror, do castigo!
A um só deslize nosso, pronto, estaríamos condenados às chamas do inferno. Contrariava a própria natureza humana, pois previa castigos desproporcionais aos pecados.
Por um só erro, éramos ameaçados de passar a eternidade ardendo em uma fogueira. Era tão absurdo que teve de ser alterado, as religiões mudaram sua didática e amenizaram essa face terrorista de Deus. E por que não fizeram isso antes? Que poder elas tinham de apresentar Deus daquela forma? Mudaram-se os homens ou mudou Deus?
O espírito de Deus projetou luz sobre o mundo, principalmente a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo! Assim, estamos compreendendo que Deus não é e nem poderia ser uma criação dos homens. Nós é que somos suas criaturas,
ao tempo em que somos a sua essência, ao lado de todas as outras criaturas. Deus está diante de nós, não só no meio de nós ou a nosso lado. Ele é tudo que podemos ver, sentir e pensar!
Como lembramos, ontem, a face de Deus é bem diferente de como nos ensinaram ao longo da História. No passado, Ele era um feitor, um chefe duro e implacável, que criou o inferno para se vingar de nós. Não poderia haver nada mais absurdo! Na atualidade, foi transformado em provedor, espécie de armazém, onde podemos pegar tudo, da salvação da nossa alma à conquista de bens materiais.
Também virou muro das lamentações, agência de emprego, orientador de casais desajustados, médico dos drogados. Não é mais Deus! É um gerente, uma Organização Não Governamental, que é procurada para resolver tudo, até fracassos amorosos, a loja que não deu certo, a roça que foi perdida, a vida mal planejada. Enfim, deixou de ser Deus.
Vamos parar com isso, de ser crianças mimadas! Deus já nos deu um cérebro privilegiado, onde podemos encontrar tudo de que precisamos! Jesus já nos alertou para a nossa pouca fé, que não chega a equivaler a um grão de mostarda! Também deixou claro que as causas das nossas mazelas somos nós mesmos. São consequências do nosso modo desastrado de viver!
Vamos colocar Deus em um lugar de honra! Vamos cumprir nossas obrigações e levar para Ele, em seu louvor, o fruto das nossas boas ações como filhos amados, como cristãos dedicados. Chega de pedir bobagens! Peça apenas a amizade e a iluminação de Deus! Roguemos a Ele para destravar nossas mentes e limpar nossos olhos.
Deus não vai curar seu câncer, nem livrar seu filho das drogas ou lhe trazer riquezas, simplesmente por que alguém pediu por você! O poder da cura, da salvação das drogas e da conquista de riquezas está dentro de você. Para senti-lo, para utilizá-lo, é necessário que viva de acordo com o plano de Deus, com os ensinamentos de Jesus!
Vá para um lugar tranquilo e pense nisso, se olhe e se declare um soldado de Deus. E terá tudo de que precisa. Se um dia você se comover diante de um animalzinho desamparado ou de uma flor perdida no meio do mato, se olhar para outra pessoa e se ver nela, é porque encontrou Deus e estará salvo!
Não sei se é possível calcular com exatidão, mas dizem que na Terra existem mais de seis bilhões de pessoas. Para escrever esse número, coloque seis e acrescente nove zeros. Na verdade, seriam 6 bilhões e 700 milhões de pessoas, aproximadamente. Isso equivale, em números redondos, a 150 mil vezes a população de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia.
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Nesse exato momento, milhões de pessoas estão circulando pelas ruas das cidades, em todo o mundo, nas estações de trem, nas rodoviárias, nos aeroportos, nas praias, nas estradas e nos campos. É algo impressionante! Todos estão em busca de algo na vida: trabalho, divertimento, enfim, estão “se virando”, como se diz na gíria, para viver, cada um do seu modo.
E qual seriam o significado e o objetivo dessa vida? Muitos bilhões já morreram, outros tantos estão morrendo neste momento e milhões e milhões ainda vão nascer! Qual seria a razão disso? Outa observação interessante é quanto ao modo de viver: quase que a totalidade dessas pessoas vive para trabalhar, comer e se divertir, em um ciclo que parece sem fim.
Uns poucos se dedicam a pesquisar sobre qual seria o sentido da vida! E o máximo que se descobriu é que parece um capricho de Deus! Mas seria, de fato, capricho? Certamente que não, é um plano, que inclui tudo que existe na Terra, na natureza, principalmente a água, as árvores e todos os tipos de animais.
É um grande mistério, que um dia nos será dado a conhecer, quando tivermos aprendido o suficiente, segundo o Plano do Criador. Por enquanto, devemos apenas viver, nos aperfeiçoar e funcionar como soldados de Deus, sendo generosos uns para com os outros e protegendo os outros animais!
Manhã fria de domingo, o templo estava cheio, o celebrante comentava a mensagem evangélica do dia. Havia silêncio reverencial na catedral de Livramento. A fisionomia contrita dos fiéis indicava interesse na pregação.
A essência de cada frase parecia captada e confrontada com as particularidades da vida de cada um. Tratava do milagre da multiplicação dos pães e do peixe, operado por Jesus, que saciou a fome de cinco mil homens e sobraram 12 cestos cheios.
No auge da homilia, uma mulher, de trajes humildes, adentrou a igreja e percorreu, rapidamente, o corredor central, sob o olhar de todos, indo ao pé do altar. No braço direito, levava uma criança e, na mão esquerda, conduzia uma vela acesa.
Fez breve oração, trocou a vela para a mão direita e com a esquerda fez o sinal da cruz. Tudo muito rápido. Em seguida, sem dizer nada, entregou a vela a um auxiliar do templo e saiu, pelo mesmo trajeto, tão rápido quanto entrou, antes mesmo de a homilia terminar.
Fiquei a indagar: que disse aquela mulher a Deus? Por que entrara na igreja daquela maneira, com a criança e pequena vela acesa? O que pensaram dela? Seria uma doida? E o sinal da cruz com a mão esquerda, enquanto a direita segurava a vela e o braço sustentava a criança?
Não precisei das respostas. Aquela mulher já havia dito tudo, sem inibição, contrita e convicta de que a suntuosidade da catedral também lhe pertencia, como casa de Deus. Nunca havia sentido Jesus tão perto de mim!
Jesus disse “vigiai e orai” (BÍBLIA, Mateus, 26, 41). Quem reza dialoga com Deus. A oração deve ser nossa companheira inseparável. Mas, apenas rezar não leva as pessoas para o céu. Na oração, fala-se com o próprio cérebro, onde está o comando do Criador.
A ciência já admite que tudo que se pensa e fala o cérebro registra. Assim ocorre com a oração. Às vezes, basta pensar. Logo, pense positivo, jamais diga que está mal ou mais ou menos. Se pensar assim, nunca vai melhorar.
Como as alegrias, os problemas são parte do nosso viver e devem ser enfrentados com fé e otimismo! Acredite em você e nos seus próprios pensamentos e ofereça sua alegria a Deus.
No silêncio do Ângelus, prometa aproveitar melhor seu dia, amanhã.
Raimundo Marinho
Jornalista
A caminhada nossa de cada dia não é material, não é esportiva e muito menos olímpica, não é política e nem eleitoral. Também não é religiosa em si mesma. Nossa caminhada é espiritual!
Mas podemos e devemos transformá-la numa alegre gincana, em que o desafio é ajudar todos a ganhar. Isso fará a alegria de Deus, ao ver suas leis funcionando dentro de nós.
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Prestemos, pois, atenção no atual movimento político-eleitoral. Vamos questionar os métodos de campanha aplicados e perguntar o que está planejado para nossa tão sofrida comunidade.
Sim, somos uma comunidade sofrida, com demandas graves a serem atendidas, que tem como centro as precárias condições de vida da maioria da nossa população. Não estamos num estádio de futebol!
Eu gostaria muito de ver a face de Deus na propaganda eleitoral. Quem sabe, assim, Ele possa ter lugar no coração dos candidatos e dos eleitores. É nesse sentido que desejaria que ardesse o calor da disputa.
Precisamos começar, logo, a construir uma comunidade de cristãos, carimbados como filhos de Deus. Para tanto, como seria bom ouvir a voz da juventude, das mulheres e até das crianças!
Deus coloca muita esperança e complacência nessas criaturas, posto que, de certa maneira, conservam suas almas sensíveis e corações abertos ao sopro divino. Se algo de bom nos estiver reservado, é delas que virá.
É nesse sentido que peço o seu voto para Deus!
Há corre-corre em todas as cidades, devido à divulgação do nome das pessoas que disputarão as eleições municipais (2008). É um assunto importante para as comunidades, pois serão escolhidos os que farão as leis (vereadores) e os que executarão as leis (prefeitos).
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A função dos eleitos afetará nossas vidas, sendo necessário muita reflexão e atenção de todos nós, incluindo os que não gostam de política. E sobre o que se deve refletir e meditar? Primeiramente, devemos pensar que a escolha é de cada cidadão, ninguém será eleito sem o voto da maioria.
Pense que o voto é valioso e não pode ser desperdiçado. Para valorizá-lo,escolha o melhor candidato. E como saber qual é o melhor? Basta procurar informações sobre eles. Verificar se é uma pessoa trabalhadora, se todos falam bem dela. Principalmente, se tem um plano de trabalho.
Mas o eleitor pode achar que todos são ruins. Isso é verdade! Porém, mesmo assim, entre os ruins, há de haver o menos ruim. Triste é a comunidade onde todos os pretendentes sejam ruins. Mas, ainda assim, é necessário escolher. Se houver omissão, pode ser que acabe sendo eleito o mais ruim dos ruins.
Os eleitos serão líderes da comunidade e exercerão influência nas pessoas, inclusive no plano espiritual. Então, um dos cuidados a serem observados é verificar se o pretendente, pela sua história, demonstra ter alma boa, espírito elevado, se é honesto, tem compaixão, é preparado e se pensa em Deus!
(*) Santos, Raimundo Marinho dos. Hora do Ângelus, PENSARES PARA REZAR – Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 127.
Raimundo Marinho
Jornalista
Os que lutam não devem ter medo, mesmo que duras e poderosas sejam as forças a enfrentar. Assim o fez Maria, a Mãe de Jesus. Pois a eles Deus reserva a salvação. A esperança e a fé sempre nutrirão os que vivem a mensagem transformadora do Evangelho.
Esse é o ensinamento consolador, de estímulo e animador, que extraio da homilia do bispo Dom Armando, proferida na celebração festiva, ontem, em louvor a Nossa Senhora, padroeira de Livramento, Bahia.
301 anos depois e os livramentenses mantém o mesmo ardor na louvação a Nossa Senhora. Essa mulher simples e praticamente uma menina quando aceitou a missão de ser a Mãe de Jesus.
Nesse 15 de agosto, o bispo falou para uma multidão, sob um sol escaldante, na praça em frente à catedral diocesana, conclamando a todos a seguirem o exemplo da Santa, a primeira a dizer sim a Jesus.
Ensinou que “os que seguem o Cristo ressuscitado, não devem temer; a vitória será dos que amam e defendem a vida”. Que Maria foi “a mais fiel seguidora do Filho”, “é a razão da nossa esperança” e nos levará “à glória da ressurreição”.
Disse que o “Verdadeiro devoto de Maria é quem vive com essa profunda atitude de amor, doação e em espírito de humilde serviço. Não é questão de devoção, mas de imitação e atuação”.
Lembrou que, como Maria o fez, para seguir Jesus, é preciso sair de casa, partir e praticar a fé! E que, “apesar das inúmeras contradições e desafios, a humanidade caminha rumo à plenitude da vida, como previsto no projeto de Deus, o autor da Vida!”.
Alinhado ao Papa Francisco, o bispo de Livramento pede: “Saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo... Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada... a uma Igreja enferma por fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”.
Clique aqui para ler homilia na íntegra e ver mais fotos
LIVRAMENTO SOIS VOSSO, MARIA! (*)
[Hoje é o último dia do novenário em louvor a nossa padroeira, Nossa Senhora do Livramento. Missa campal, amanhã (10h), em frente à Catedral, será o ponto alto da mais tradicional festa religiosa de Livramento]
Quinze de agosto é dia de festa em Livramento de Nossa Senhora! Dia da padroeira! “Aqui da vossa cidade, ó Maria, sois a Excelsa Protetora”.
Sois a mãe de Jesus e Ele, do alto da cruz, na pessoa de João, nos legou, a ti, Maria, também como nossa mãe.
Referindo-se ao discípulo amado, te disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois, ao discípulo, afirmou: “Eis aí tua mãe” (BÍBLIA, João 19, 26-27).
E por quantos anos estais a derramar vossas bênçãos sobre Livramento!
Quantas gerações já vieram e já foram, aqui vivendo sob o manto da tua proteção! Quanto já temos rogado a ti, para que nos abençoe e a nossos filhos!
Para quantos já advogou junto ao amado filho, Jesus Cristo! Quantos lamentos, quantos rogos já ouvistes, Maria, desse teu povo!
Quantas lágrimas já nos vistes chorar! Quantas alegrias, também, já nos vistes cantar! Quantos risos já houveram, tantos compartilhados contigo! Não há colo, não há regaço mais consolador que o teu, Maria!
Eu te imagino viva, a consolar-me com o teu olhar de mãe! Eu sinto, dentro de mim, o frescor da tua inspiração. Sinto-te viva a conduzir-me para o lado da alegria de Deus!
Sinto-te, com a doçura de mãe, a soprar teu hálito santo sobre mim, muitas vezes aplacando minha ira, suavizando a dureza do meu coração, clareando minha mente e refrescando o meu espírito!
Vejo-te viva, ó Maria, seguindo os caminhos dos meus filhos, para quem tanto rogo tuas bênçãos! Sinto tua presença viva dentro de mim, clarão pelo qual vejo a imagem luminosa de Jesus Cristo; e enxergo o caminho de Deus!
Tuas bênçãos fazem com que Jesus me ouça! Animam-me a almejar a benevolência de Deus! E rogo, Maria, para que assim seja com todos os filhos aqui da vossa cidade, da qual sois a Excelsa Protetora.
Tende, pois, de nós piedade, ó mãe de Deus, co-redentora! Porque Livramento sois vosso, ó Maria!
Raimundo Marinho
Jornalista
Celebrou-se, hoje, no bairro Taquari, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, a festa anual em louvor ao Bom Jesus, com a missa presidida por Dom Armando, em frente ao tradicional monumento em forma de cruz.
O tema deste ano foi um apelo aos fiéis do Bom Jesus para o exercício da bondade, sintetizado na frase “Misericordiosos como o pai”, extraído do Evangelho de Lucas, capítulo 6, versículos 36 a 38.
Foi inspirado, também, no Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia, de dezembro de 2015 a novembro de 2016, convocado pelo Papa Francisco, coincidindo, também, com o Jubileu da Diocese de Livramento.
A homilia de Dom Armando envolveu o tema e as leituras do dia, uma delas sobre a transfiguração de Jesus, na Montanha, voltadas para a bondade do Pai, espelhada em Jesus Cristo e esperada em todos nós.
Reportando à mensagem de Papa Francisco, relativo ao ano jubilar, Dom Armando repetiu que “Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz”.
Disse que o Bom Jesus “nos deu a conhecer um pouco o ‘rosto do Pai’” e que precisamos sempre nos perguntar: “quem é Jesus para mim? Amo-o de verdade? Procuro conhecê-Lo e segui-Lo?”.
Garantiu que “Se nós compreendêssemos, de verdade, quem é Jesus, com certeza, nossa vida seria muito diferente”. E insistiu: “não basta uma proclamação de fé feita na liturgia, em dia de festa”.
Atento ao momento e assentado no tema da misericórdia, ensinou: “uma boa política, administração que se reconheça no agir do Bom Jesus, é a que dá atenção aos últimos da sociedade, aos que não têm voz nem vez (...)”.
Clique aqui e leia a homilia na íntegra>>
Raimundo Marinho
Jornalista
Estar vivo é uma coisa, viver é outra. A diferença está na palavrinha FOCO. “Estar vivo”, é não ter morrido. “Viver”, é ter FOCO. E o que é isso? Pode ser “nitidez de imagem”, “objeto bem definido”, “ponto de convergência”.
E mais: “qualquer ponto para o qual converge, ou do qual diverge, um feixe de ondas eletromagnéticas ou sonoras ou um feixe de raios luminosos”. Ou ainda: “alvo”, “objetivo”, “objeto de atenção”, “concentração”.
Pois é, essa é a parada! É do que vamos tratar, aqui. Mas não é uma parada qualquer, como “local de chegada”, “pausa”, “ponto de ônibus”. Não! É a parada de Deus! Mas Deus parou? Fez uma pausa? Não!
No mundo das gírias, parada é “coisa”, “negócio”, “assunto”, “bagulho”, “lance”. Mas o “mundo culto” também adotou o termo, em suas “paradas indigestas” ou quando “topa a parada”.
Mas qual é mesmo a parada de Deus? O que Ele pretendeu ou pretende com esse nosso mundo e com todas essas complexas estruturas globais e individuais, que funcionam tão simples, diante de nós?
Para entender, não basta “estar vivo”. É necessário “viver”. Ou seja, ter FOCO. Comece, então, a buscar o seu, para evitar cair numa “parada sinistra”. Há um manual dentro do próprio cérebro de cada um.
É o guia de como saber qual é a parada de Deus, o que ele quer de nós. Abri-lo é tão difícil quando saber lê-lo. Compreendê-lo é ainda mais profundo. Mas não desanime, pois Deus deixou a chave ao lado.
Muitos andam a vida toda desfocados. Só descobrem que viveram de modo errado, quando já não podem mais retroceder. Essa é a parada de Deus, usar a própria vida para nos desafiar a descobrirmos quem somos.
Em nossa volta, há sempre pessoas com uma mensagem de Deus. Jesus foi o primeiro a alertar: “abençoados são os vossos olhos, porque enxergam; e os vossos ouvidos, porque ouvem (Mateus 13:16).
Uma dica: reparem na vida e na conduta da personagem Maria (Bianca Bin), da novela Êta Mundo Bom (TV Globo). Na parada de Deus, há coisas que estão onde duvidamos que estejam. Onde os fora de FOCO não enxergam.
A palavra “próximo” é muito usada nos evangelhos, para significar
o “outro”, o “irmão”, o “semelhante”. Em um dos seus grandes
ensinamentos, Jesus disse que o maior mandamento era: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” (BÍBLIA, Marcos, 12, 31).
Ao descrever a boa ação do samaritano, Cristo amplia o sentido de “próximo”, com o que passamos a ter não somente o “próximo passivo”, mas também o “próximo ativo”.
Podemos entender como “próximo passivo” aquele que é alvo do “amor” que Jesus recomenda, ao dizer “ama o teu próximo como a ti mesmo”. E “próximo ativo” como sendo aquele que dedica amor a outro e pratica a “misericórdia”, a exemplo do Samaritano, onde também há a figura do “próximo passivo”, a pessoa que foi socorrida.
Jesus Cristo falava de modo simples, mas direto e preciso. Não deixava margem para enganos ou interpretações distorcidas. Nunca se embaraçava com as perguntas dos que insistiam em pô-Lo à prova. Não podia ser diferente, Ele era o intérprete de Deus!
Examinando suas palavras, constata-se, facilmente, o sentido altamente didático e prático dos seus ensinamentos. Não se preocupava em dizer se isso ou aquilo era certo ou errado. Na maioria das vezes, não condenava diretamente quem quer que fosse. Preocupava-se em mostrar e ensinar o que era elevado e agradável a Deus, o que beneficiava o viver humano.
Ao curar um doente, lembrava sempre: “Tua fé te salvou” ou “Ide em paz e não peques mais”. Desse modo, deixava claro que as mazelas das pessoas são causadas pelo modo, muitas vezes errado e longe de Deus, em que viviam. Sempre dava a entender que paz, bem-estar, saúde, alegria e felicidade dependem somente da fé das pessoas e do que elas praticam.
Muito do que Ele dizia e ensinava foi resumido na parábola do bom samaritano. Portanto, basta colocar em prática o amor, a gentileza e a generosidade, dedicando amor absoluto a Deus e amar o próximo como a si próprio!
(*) Santos, Raimundo Marinho dos. Hora do Ângelus, PENSARES PARA REZAR – Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 134/135.
Maria Dagmar (*)
(Aos colegas acadêmicos)
Aceita, Rabi, o meu convite, e vem!
Untar-te-ei o corpo com óleos aromáticos,
Seminuas bailarinas ao som de alaúdes e harpas,
Embalar-te-ão, no sono, o corpo cansado.
Maria Dagmar da Silva Ferreira |
Jesus responde: Eu não posso.
Vem, Senhor! Vês?
Tenho a pele de seda, cor do alabastro,
O aroma do sândalo há muito a impregna,
Arfa no peito o coração, todo desejo,
É o troféu do amor que aos teus pés deponho.
Jesus responde: Eu não posso.
Vem, não demores, nem me deixes em soledade,
A noite se adentra e tenho dispensado
Homens vários, poderosos, que por mim se embriagam,
Afogam nos meus braços os prazeres ansiosos.
Insiste ainda a mulher equivocada.
Jesus responde: Eu não posso.
As estradas dos seres se separam e se cruzam
No girar vertiginoso e louco do tempo,
Gestos do amor aos desvalidos amparam,
Transfundindo, em paz, a dor e o sofrimento,
Dois anos se passaram e o Verbo Delirante
Sublimava, nas almas, o egoísmo e o instinto,
Expulsava o mal a aflição, a cegueira,
Imprimindo, nas mentes, o Amor Infinito.
Entre ásperas cavernas, o Excelso Pregador
Acostuma a retina à ausência de luz.
Gemidos de desespero se alteiam à sua volta
Na ceifa da lepra, jaz uma infeliz!
Aqui é a fronteira entre o sol e a sombra escura,
Deste lado, o sangue, o suor, a amargura,
Os últimos estertores da alma ignota,
Por isso, forasteiro, não transpõe esta porta.
E Jesus responde: Eu não posso.
És Jesus!
Reconheço da voz a meiguice e a doçura.
Naquele dia tu não voltaste,
Agora é tarde. Vai embora.
Jesus responde: Eu não posso.
Agora, Senhor, que o corpo se me abrasa
Consumido de dores, coberto de chagas,
Odor nauseabundo e fétido escala,
E, nas vascas da agonia, sozinha desvairo,
Vai embora, Senhor, que agora é tarde!
Hoje, quando nada tens a ofertar-me,
E o grilhão das dores próprias, arrastas,
Longe da loucura, do vício e da revolta,
A vida, a outra face apresenta-se,
Aninha-te em meus braços e descansa,
Refaz a tua alma na Minha Paz,
Afastar-me agora, Eu não posso!
Imagens copiadas da web |
Raimundo Marinho
Jornalista
O Brasil passa por um momento muito difícil, sob o ponto de vista da sua organização social, política e econômica. Revelou-se uma Nação pequena, nos quesitos ética, nobreza e espiritualidade.
Nunca se viu, nem nos mais sujos tempos do Império, tantos abusos, tantos ladrões oficiais, tanta miséria humana, com riscos tão alto para a própria segurança e subsistência do País.
É uma realidade possível apenas em ambientes dominados pela baixa espiritualidade, sob controle absoluto de forças aliadas ao mal. Temos o desafio de sobreviver, nessa quadra, no plano individual, com nossas próprias forças, buscando nosso próprio entendimento.
A regra do livre-arbítrio inserida no Plano de Deus não permite intervenções nas ações humanas, salvo quando buscada por nós, fervorosamente. Assim, faz todo sentido a tese de que a melhoria do mundo exige, antes, a mudança interior de cada indivíduo.
Assim como não podemos ver Deus e os santos que invocamos, nem tocar naquilo cuja existência é real, mas depende de nossa fé, o reino do mal também existe, ainda que não possamos vê-lo nem tocar em seus objetos.
E não é um “reino do mal” engendrado e organizado por Satanás ou Belzebu, como costumamos referir, ignorantemente. Esse “reino do mal” é organizado pela própria mente humana, seja encarnada ou desencarnada.
Quando publiquei aquela mensagem na forma de entrevista com Jesus Cristo, alguém questionou se teria sido em carne ou em espírito. Faz sentido, pois vivemos na dualidade espírito e matéria, uma encarnada e outra livre das amarras corporais.
Mas os significados são os mesmos, muitas vezes atuando em sintonia. A realidade espiritual é formada, na maioria, por espíritos que já habitaram a Terra, como cidadãos comuns. A realidade terrena é ocupada por eles e mais os ditos espíritos encarnados, a peregrinar neste planeta.
Assim como na Terra, no “outro mundo”, para onde vão os que “morrem” (desencarnam), nós nos organizamos conforme nossos interesses. Uns vão para o lado do bem e outros para a banda do mal. Esta é sempre mais atuante, corrompendo e atraindo adeptos.
Por exemplo, se no mundo terreno alguém comandava ou integrava a corrupção, não se iludam, no outro mundo, tende a procurar acolhida entre os que lhe são iguais e que lá já estão reunidos em organização semelhante e onde, certamente, encontrará velhos amigos.
E a briga, a disputa, vão continuar, até que todos sejam alcançados pela luz e pela irresistível atração divina, que não tem pressa em converter os desgarrados. Em espíritos, esses irmãos nossos tem, sim, poder de seduzir os encarnados. Lembrem-se do alerta de Jesus: “Vigiai e orai!” (Mateus 26:41).
Lá, tal qual aqui, tem o presidente do mal, o vice-presidente, além de ministros, governadores, prefeitos, secretários, assessores, serviçais e bajuladores etc., todos pelas ilusórias benesses do poder.
No Reino de Deus, a organização é para socorrer e receber os que querem se livrar do império trevoso. O Plano de Deus é perfeito e, como lembrou Jesus Cristo: “nenhuma ovelha se perderá” (Mateus 18:10-14). Não importa quanto tempo leve. A eternidade é o tempo de Deus!
NOSSAS FERAS ÍNTIMAS (*)
Construir uma vida no Plano de Deus é também ser enérgico, liderar movimentos em defesa do bem, das causas que beneficiam a comunidade. Não se deixe dominar pelo medo, para não ser aniquilado pelos dominadores, que não têm limites e nunca ficam satisfeitos.
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Temos a força e a fé em Deus à nossa disposição, que, além do espírito, também protegem nosso corpo, instrumento da nossa atuação neste mundo. O Criador nunca desampara os que lutam pela Sua causa. Lembram de quando Daniel foi colocado na cova dos leões? As feras nada fizeram.
Muitas vezes, as feras mais perigosas estão dentro de nós, representadas por sentimentos negativos, como: ódio, inveja, vingança, impiedade, indiferença, omissão, ciúmes, ambição doentia, incredulidade, competição desleal. São os leões terríveis que nos destroem por dentro e por fora.
Temos a força de Deus que nos afasta de tais perturbações e nos inspira a não ter medo e a lutar pelo bem comum, pela ordem social. Se agirmos de forma honesta e desinteressada, Ele nos defenderá, como fez a Daniel, imobilizando os que nos perseguem, para que o bem um dia prevaleça!
Portanto, vá adiante! O mundo pede seu grito de paz! Necessita da sua ação benfazeja para que a obra de Deus não retarde e se complete! DEUS está em todo lugar, envolvendo todo o Universo! Abra sua alma e Ele penetrará em você, com sua força invencível!
Não tenha medo! O advento de um mundo melhor só ocorrerá se levantarmos a bandeira de Deus e fizermos nossa parte! Comece pela sua casa, sua rua, seu bairro e, um dia, terá melhorado pelo menos a sua cidade!
Raimundo Marinho
Jornalista
São evidentes os sinais de que o ser humano não leva a sério sua vida espiritual. Luta preponderantemente pela subsistência material. Não consegue descobrir dentro de si o verdadeiro objetivo de existir, muito menos saber, com a devida seriedade, qual o seu real destino.
Uma parte segue, às tontas, orientações religiosas, muitas vezes equivocadas ou contaminadas por dogmas superados. No bom sentido, somos, para o Criador, como um videogame autônomo, movido por leis divinas, as quais, como tal, são perfeitas.
Nós, as criaturas, estamos presas, de forma inescapável, ao ordenamento do Criador. Mas a perfeição do Plano Divino nos aprisiona para levar a destino feliz, de gozo espiritual. Somos soltos, como animais no pasto, onde poderemos nos cevar, à vontade, inclusive com a liberdade de ter uma congestão.
A realidade implacável, porém, guiada pela Lei estabelecida, é que nunca morreremos, como a maioria, ainda ignorante dos fundamentos do plano de Deus, acreditam. A programação é tão perfeita que ninguém escapa de se encontrar, um dia, face a face com Deus. Mas nunca sem antes ter alcançado a purificação para a qual somos destinados.
Livres, tanto para pensar como para agir, criamos conceitos, teorias, teses, filosofias a respeito da vida e do Plano de Deus. Uma dessas criações é o antagonismo entre Céu, onde estaria Deus, e Inferno, onde estaria a oposição a Deus. Mas as definições dos dois lugares agridem o propósito divino.
O Céu seria um lugar paradisíaco, habitado por santos, anjos e arcanjos, onde só entra quem estiver sem pecados. E, aqui, surge uma incoerência grave, pois é impossível alguém passar pela vida na Terra incólume, sem pecar.
Pois estaria incluso até o pecar por pensamento, não apenas por palavras e ações. E minha mãe, D. Maria, dizia, nos meus tempos de menino, que só iria para o Céu quem morresse ainda criança. Eu ficava apavorado.
O inferno, por óbvio, seria um lugar para onde os pecadores, por conseguinte a quase totalidade da humanidade, seriam eternamente cozidos num tacho ou queimado numa fogueira. Algo inconcebível, portanto, como projeto de Deus.
Assim sempre ensinou o pensamento religioso ortodoxo, numa agressão à inteligência de Deus. Mesmo que fosse um recurso pedagógico para adestrar almas renitentes, não correspondia à realidade e marcava, indelevelmente, nossos espíritos.
Felizmente, absurdos como esse estão sendo abandonados. O atual ambiente onde nos foi dado viver é uma cópia grosseira da realidade espiritual, donde nos originamos. Aqui, nos organizamos conforme nossas tendências.
Essas tendências seguem a condição espiritual de cada um. A principal divisão de tendências refere-se à escolha do modo de viver, segundo a moral e a fé, resultando na corrente do bem e corrente do mal.
Por aqui, há vidas infernais, por exemplo, nos guetos sociais, nos redutos criminais, nas prisões infectas, nas áreas de extrema pobreza, com suas dores, angústias e tormentos específicos.
Ao retornarem ao ambiente espiritual, sem terem absorvido a proposta de Deus, essas pessoas são atraídas pelos que lá já chegaram, na ilusão de estarem continuando a vida da terra.
São envolvidas pelas mesmas ilusões aqui vividas e ludibriadas pelos mesmos aproveitadores que aqui viveram. Tudo pela dificuldade ou relutância em reconhecer a proposta de Deus.
Resumindo, quando deixam a Terra, as pessoas, agora em espírito, com a consciência mais apurada, continuam a se organizar como se aqui estivessem. Pensam que, assim, fogem do destino, que, para muitos, cientes de suas culpas, seria o dito inferno.
Mal sabem que a vida nos “guetos espirituais” é que é o verdadeiro inferno, não criado por Deus, mas fruto da “rebeldia” humana, em não reconhecer o plano do Criador. Plano que só quer nossa alegria e purificação, que nos projetou para viver a paz, na grandeza e beleza da espiritualidade.
Chegar lá é simples. Basta vivermos como irmãos, confirmando nossa condição de filhos de Deus, como recomendou Jesus Cristo. “Vigiai e orai”, Ele dizia sempre, pois o caminho para o Céu e ou o “Inferno” passa por aqui.
Seja como for, o Inferno, como idealização dos que fogem da responsabilidade exigida pelo Plano de deus, é passageiro, ainda que dure milhões de anos, porque a ordem do criador é que todos o encontrem um dia.
Essa, sim, é a inescapável realidade. Quem tiver ouvidos para ouvir, olhos para ver, que o façam, como, também, ensinou Jesus.
Deus é a referência dos cristãos, a Ele recorremos nos momentos difíceis, quando empreendemos algo novo ou sempre que não dominamos determinada situação.
Chamamos de Deus, mas se trata de uma força que não conhecemos direito, é poderosa, nos conforta e também nos causa medo. Quando a invocamos, nos sentimos fortes, confiantes e corajosos.
Apesar de chamá-la de Deus, não sabemos como realmente ela é, onde está ou como funciona. Presos às limitações humanas, não estamos capacitados nem preparados para conhecer essa realidade divina.
Os mestres religiosos, entre eles Jesus Cristo, nos orientam a ter fé, muita fé, pois, pela fé a força de Deus chega até nós. Mas Ele exige que façamos algo para merecer esse privilégio.
Por exemplo, em nosso quotidiano, devemos praticar boas ações, cuidar das coisas de Deus, ser generosos e complacentes com nossos semelhantes, e proteger os animais indefesos.
Enfim, sejamos pessoas alegres e nunca ter vergonha de dizer que somos filhos
de Deus e de viver conforme o Plano da Criação do Senhor!
Raimundo Marinho
Jornalista
Um dia, todos retornarão à vida espiritual, sobre a qual costumamos discutir e questionar. Muitas vezes, de modo inútil. Porque a vida flui, torta ou certa, independente da nossa vontade e da nossa opinião.
Tanto o caminho quanto a realidade futura, onde vamos inexoravelmente chegar, podem ser doces ou amargos. Pois são caminho que nós construímos e destino que definimos, ao nosso livre-arbítrio.
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Construção feita no dia-a-dia, assim como o pedreiro e o joão-de-barro fazem suas casas. Se você, por exemplo, é uma pessoa azeda, egoísta, maldosa, acaba espalhando essas qualidades por onde passa.
E, assim como quem planta, um dia, as colherá. Em contrário, quem semeia alegrias e generosidade as terão ornando seu caminho. Desse modo, mesmo a caminhada sendo dura, não passará de uma alegre gincana.
Somos tão egoístas que queremos viver, mas não hesitamos em matar. Matar os animais, por exemplo, pela gula. Não vivemos sem comer, mas enxotamos o animal faminto que fareja uma migalha da nossa mesa.
Lutamos pela liberdade, mas prendemos passarinhos nas gaiolas, sob o pretexto cruel de ouvir seu canto triste de prisioneiro. Para salvar nossa vida, entramos na fila por um órgão, torcendo para um “doador” morrer.
O bom caminho para a vida espiritual, aonde retornaremos um dia, exige a revisão dessas questões, desses comportamentos do cotidiano. Se luto para viver, hei de ser um defensor da vida, mesmo a de uma formiguinha.
Se a fome me apavora e busco proteger-me dela, hei de ter compaixão dos que passam fome, especialmente, os animais inocentes. Como sofrem os bichos abandonados!
Recordemos o Mestre Jesus: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois, de um lado, o espírito está pronto, mas, por outro lado, a carne é fraca” (Marcos 14:38).
NÃO ESTAMOS SALVOS (*)
Sugerimos, ontem, que fosse feita uma profunda reflexão sobre os padecimentos de Jesus. Hoje, propomos que pensemos, com a mesma profundidade, sobre o significado daquela tortura e da morte a que Cristo se submeteu, podemos dizer, espontaneamente.
Ele era filho de Deus, dominou a matéria e o pensamento, pregou mensagens divinas, operou milagres, mostrou que entre Ele e Deus, a quem chamou de pai, não havia diferença. Portanto, poderia ter se livrado da prisão, da tortura e da morte, e ainda teria esmagado seus algozes.
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Mas os homens, de forma comodista, com a influência das igrejas, tiraram uma conclusão simples e fácil, que não lhes traria maiores incômodos, dizendo que Jesus morreu para nos salvar. Até lhe deu o título de Salvador.
E “nos salvar” exatamente de que? De um possível pecado original, inventado pela pedagogia religiosa, ou dos monstruosos pecados que continuamos cometendo?
Acordemos! Não é nada disso! Jesus, além de ensinar, pela palavra, sobre como viver segundo o Plano de Deus, deu o supremo exemplo prático do padecimento e sacrifício da própria vida. Mostrou até onde se deve ir para cumprir a missão terrena. Nunca disse “eu os salvei dos vossos pecados” ou “eu os livrarei dos vossos pecados, com a minha morte”.
Por várias vezes, ensinou, orientou, perdoou e curou, mas sempre lembrava, ao final: “vá e não voltes a pecar”. Dizia que “eu sou o caminho, a verdade e a vida, os que me seguirem verão o Pai”.
Vamos descruzar os braços! Parem de achar que já estamos salvos! Não basta repetir orações, como um papagaio, da boca para fora, no templo ou em casa.
É preciso trabalhar muito, lutar e se sacrificar. É preciso abraçar a causa de Deus, dar a vida por Ele e por nossos irmãos!
Ao rezar o “Pai Nosso”, prestem bastante atenção ao dizer: “Pai, perdoai-nos, assim como perdoamos aos que nos tem ofendido”. Construam uma vida de modo santo, vivam de maneira digna e honesta. Sejam generosos para com todas as criaturas, sem limite de cansaço ou de dor!
NÓS E O CALVÁRIO (*)
Na Semana Santa, cristãos e judeus celebram o calvário de Jesus Cristo, que culminou na sua morte e ressurreição, na cidade de Jerusalém,
Estado da Palestina. É, portanto, período religioso que costuma atrair a atenção de pessoas de diversos credos.
A Páscoa em memória de Jesus nada tem a ver com a Páscoa Judaica, que o próprio Cristo festejava. Esta comemora o êxodo dos israelitas do Egito, durante o reinado do faraó Ramsés II, saindo da escravidão para a liberdade. Na Páscoa Cristã, comemora-se a ressurreição de Jesus.
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O ponto alto da Semana Santa é a Paixão de Cristo. Os últimos dias antes do martírio foram muito agitados, para Ele e os discípulos. Ocorreram fatos trepidantes, que chamavam muito a atenção, como a entrada triunfal em Jerusalém.
Praticamente fugido da Judéia, onde já O perseguiam, Jesus foi a Jerusalém mostrar que o seu reino era dos desprotegidos e desfavorecidos. E lá chegou montado num jumento. Outros eventos foram: a última ceia; a oração angustiada no Jardim das Oliveiras; a traição de Judas; a negação de Pedro.
Por fim, foi preso ao sair do Jardim das Oliveiras. Na ocasião, repreendeu um dos seus seguidores, Simão Pedro, que tentou defendê-Lo, cortando a orelha de um soldado. Cristo recompôs a orelha do inimigo, determinando a Simão que guardasse sua espada. Mas, ainda assim, levaram-No preso, começando o doloroso martírio.
O modo como lembramos e celebramos estes fatos é que determina o tamanho da nossa fé, a qual o próprio Cristo submetera a um teste, dizendo que se tivéssemos fé equivalente a um grão de mostarda, teríamos poder suficiente para remover uma montanha.
Nunca um ser humano removeu uma montanha, donde se conclui que a nossa fé não chega a equivaler a um grão de mostarda. Isso significa que necessitamos refletir, meditar, orar muito e nos questionar todos os dias sobre o quanto acreditamos e celebramos com sinceridade a Paixão de Jesus Cristo!
Faça, portanto, da sua vida uma via-sacra dedicada a Deus. Descubra quem é você e qual é sua verdadeira missão na Terra, qual é seu papel diante do mundo, qual a responsabilidade que tem com relação à sua família. Dedique-se a isso assim como Jesus se dedicou à pregação na Terra e como se submeteu ao calvário, alcançando, por fim, a vitória, pela glória da ressurreição.
(*) Santos, Raimundo Marinho dos. Hora do Ângelus, PENSARES PARA REZAR – Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 37/38.
ÚLTIMAS INSTRUÇÕES (*)
Nas últimas instruções aos discípulos (BÍBLIA, João, 13, 31-38; 14, 15, 16), Jesus foi paternal. Praticamente, não esqueceu nada, aconselhou, tirou dúvidas, orientou e pediu, sobretudo, perseverança e dedicação a Deus.
Disse-lhes: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou, não podeis ir. Também, agora, vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. Se amardes uns aos outros, todos saberão que sois meus discípulos”.
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Então, Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?”. Jesus respondeu: “Pará onde eu vou, não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás”. Pedro, então, disse: “Por que não posso seguir-Te agora? Por Ti, darei a minha vida?”.
E Jesus antecipou o que Pedro nunca imaginou que aconteceria: “Tu darás a tua vida por mim? Na verdade te digo que não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes”.
O pobre Pedro, horas mais tarde, amargou a confirmação da previsão. Quando Jesus era interrogado e açoitado, na madrugada, perguntaram a Pedro: “Tu não eras um dos seguidores de Jesus?”, “Tu não eras um deles?”, referindo ao grupo de Cristo. E Pedro só se deu conta das várias negativas que deu, quando ouviu o galo cantar, então se lembrou do que Jesus dissera.
Jesus, naquelas horas finais de paz e liberdade, não se cansava de ensinar. Diante daquele grupo de homens abatidos e amedrontados, dizia: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar”.
Ele se esforçava para consolar aqueles a quem estava deixando.
Era comovente a cena daqueles homens, parecendo crianças diante de Jesus, dizendo, por exemplo, como Tomé, que, esquecendo de tudo que o Mestre pregou, pergunta: “Nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?”.
Jesus responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, levando Filipe a fazer um pedido aparentemente tolo: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta”, tendo Jesus dito: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai, e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”.
Foi longa a conversa do Cristo com aqueles homens que o haviam seguido.
Ante o desconsolo geral, Ele deixou a garantia: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós”!
(*) Santos, Raimundo Marinho dos. Hora do Ângelus, PENSARES PARA REZAR – Livramento de Nossa Senhora-BA: 2011, p. 267/268.
Raimundo Marinho
Jornalista
Os sofrimentos de Jesus foram muito mais brutais do que narram os evangelistas. Por conveniências políticas, nem Pilatos nem Herodes quiseram condenar o Cristo. Não viram nele qualquer crime que justificasse a pena de morte. E também tinham medo do poder do Messias, embora não reconhecessem isso publicamente.
Herodes fingiu ter visto nele apenas um tolo e o devolveu a Pilatos, que lavou as mãos e o entregou para ser condenado pelos seus inimigos. Eles distribuíram dinheiro para a claque e amedrontaram a população, dizendo que se Jesus não fosse morto, todos seriam perseguidos e castigados por Cesar, o rei de Roma. E a multidão ignorante gritou pela execução do Mestre.
Cansados e furiosos com as longas caminhadas, indo e vindo entre os palácios de Pilatos e Herodes, os inimigos descarregavam a raiva toda em Jesus, com as mais cruéis e abomináveis formas de tortura e de ultraje. Herodes sorria ao ver Cristo, de que tanto ouvira falar, reduzido a um trapo, sujo, imundo e coberto de sangue. Nem parecia mais gente!
Ao ver o Messias daquele jeito - desfigurado, desgrenhado, rosto dilacerado, imundo, túnica suja de lama – o rei virou o rosto, com um gesto de nojo e dó, dizendo aos sacerdotes: “Levai-o daqui, limpai-o. Como podeis trazer à minha presença um homem tão sujo e maltratado?”.
Herodes pediu a Jesus que provasse tudo que dele ouvira falar, os milagres, as curas e se era mesmo filho de Deus, dizendo-lhe: “Que espécie de rei és tu?”. Como Jesus nada respondeu, o rei disse: “Levai este tolo, pois é mais um doido do que um criminoso”.
Jesus não foi só chicoteado, atiraram toda sorte de sujeira nele, fizeram-no andar sobre lama, para vê-lo tentar se equilibrar, cambalear, como se estivesse dançando, somente para ridicularizá-lo. Arrastaram-no por um esgoto, fazendo sua cabeça bater em paredes e pedras.
Muitos batiam nele, dizendo representar cada região onde moravam. Deram-lhe pauladas na cabeça e Jesus olhavam para os algozes de forma suplicante, gemendo de dor. Para zombar, os torturadores imitavam seus gemidos. Cada brutalidade era acompanhada de gargalhadas e insultos. Não houve quem lhe mostrasse piedade.
Então, gente, para alcançar a salvação, temos um longo caminho à nossa frente. Relembrar os sofrimentos atrozes contra Jesus, de ano em ano, na Semana Santa, é muito pouco. É muito comodismo dizer que Jesus já nos salvou. Se fosse hoje, provavelmente estaríamos entre aqueles furiosos torturadores.
Então, o que esperar do Messias e de Deus? Temos de fazer por merecer a sua complacência e sua benevolência! Podemos começar assumindo a vida de verdadeiros cristãos, sem hipocrisia, sem falsidade e conscientes de que o caminho é duro e de muitas dores.
Mas não desanimem, até o último momento, Jesus foi modelo de magnanimidade, que veio para passar a lição de Deus. No estertor da morte ainda insistiu e balbuciou: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem!”.
(Texto baseado na mensagem da Oração da Ave Maria, desta Sexta-Feira da Paixão, escrita e apresentada pelo jornalista Raimundo Marinho, na Rádio Portal FM - 104.3, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia - Imagens copiadas na internet)
(Inicialmente publicado em http://www.mandacarudaserra.com.br/arquivo/2013/marco.html)
IMAGINE A DOR DE JESUS! (*)
Todos os anos, as pessoas obedecem ao rito repetitivo da Quaresma e Semana Santa, traçado pela maioria das religiões. Muitos o fazem de forma automática, até mesmo sem atentar para o significado das chagas exibidas nas imagens desoladoras do Cristo.
Então, feche os olhos, agora ou em momento que considerar mais apropriado, e imagine a trajetória de Jesus, do momento da prisão ao instante em que ficou pendurado, no alto de uma cruz.
Não imagine como leu nos evangelhos ou ouviu do padre ou pastor, mas como fato real, em que uma pessoa é torturada cruelmente e, quando já não aguentava mais, é barbaramente pregada em uma cruz.
Não é filme, não é literatura! O roteiro macabro aconteceu, de verdade!
Consegue imaginar? Então, veja Jesus repreendendo o discípulo que cortou a orelha do soldado que efetuava a prisão.
Imagine as sessões humilhantes de um julgamento forjado, em que tudo foi preparado para condená-Lo. Imagine as chicotadas lacerando suas costas, a coroa de espinhos, os empurrões, as cusparadas, a exaustão física!
Isso de fato existiu, não é invenção dos evangelistas. Era assim que funcionava naquela época.
Ninguém podia desafiar o poder terreno ou a ordem religiosa em vigor. Jesus desafiou, como missão de Deus, pois a ordem era injusta, corrupta e pecadora!
Imagine o cortejo até o morro do Gólgota, local do suplício, da crucificação e morte de Cristo. Pense, agora, nos cravos grossos e enferrujados rasgando nervos, carnes e ossos das suas mãos e dos seus pés!
Imagine as várias tentativas dos soldados, furando Jesus, até acertar as marteladas, como se prega uma tábua! Imagine o corpo de Cristo, ainda vivo, pesado e sustentado pelos pregos.
Pense na falta de ar que sentiu, sem conforto para respirar, nas dores lancinantes, na ânsia da sede, na coroa de espinhos comprimindo sua cabeça, nas costas em carne viva, dilacerada que fora pelas chicotadas.
Pense no abandono em que se sentiu, a ponto dos evangelistas escreverem que ele teria clamado: “Eli, Eli! Lama sabactani!” (BÍBLIA, Mateus, 27, 46), cuja tradução seria: “Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?”.
Mesmo assim, já sem fôlego, sangrando, morrendo, ainda se esforçou para balbuciar: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!” (BÍBLIA, Lucas, 23, 34).
Vamos viver a Semana Santa de modo diferente, pensando não em comida e bebida ou feriados, mas nos padecimentos de Jesus. Será que Ele padeceu em vão? Estamos mais para a bacia de Pilatos ou para a janela da fé, aberta pelos ensinamentos do Messias, que nos levará a Deus?
O julgamento de Jesus foi uma farsa e sua morte um impiedoso assassinato.
No entanto, segundo as escrituras, tudo estava previsto. Ele teria de passar por aquilo. Ainda assim, parece incompreensível, levando-nos a indagar: por que, com Seu poder divino, deixou-se submeter a isso?
Porém, não deixa de ser fácil compreender. Estava previsto, no dizer das escrituras, porque tudo fora planejado e Cristo teria escolhido essa missão, para ensinar um novo modo de viver aos homens. Deu o exemplo da própria vida, denunciando o grau de maldade a que os homens haviam chegado!
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Isso está claramente evidenciado na farsa urdida entre os poderosos e interessados em se livrar de Jesus, recrutando toda espécie de gente ruim para aplaudir Sua condenação. Evidencia-se, também, no comportamento covarde de Pôncio Pilatos, que se celebrizou com a famosa lavagem das mãos.
O político, quando desonesto, além de corrupto, é covarde. Pilatos chegou a dizer que não via culpa em Jesus, mesmo assim o condenou ao açoite, só para acalmar os grupos arregimentados para hostilizar o Mestre. Esses grupos eram distribuídos no meio da multidão, para intimidá-la e gritar: mata, mata, mata!
É como fazem hoje certos políticos, contratando pessoas para aplaudi-los ou vaiar os adversários. A corajosa esposa de Pilatos, Claudia Prócula, pediu que ele declarasse a inocência de Cristo, mas ele não teve coragem. Talvez por isso é que tenha praticado o famoso gesto de lavar as mãos, fugindo da responsabilidade por aquele nefasto julgamento.
Vamos olhar para nossas mãos! Será que também não estão, de algum modo, manchadas com o sangue de Cristo? Se estiverem, ainda há tempo de nos reconciliarmos com Ele!
A nona estação da via-sacra reproduz o momento em que um grupo de mulheres lamentava e chorava por Jesus. Ao passar por elas, Ele disse:
“Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos, pois dias virão em que se dirão: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Dirão aos montes: ‘Caí sobre nós’ e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque, se tratam assim a madeira verde, o que acontecerá à seca?” (BÍBLIA, Lucas 23, 27-31).
Não era só uma profecia e um conselho. Vê-se, também, revelada a indignação de Cristo ante o grau da perversidade e da cegueira espiritual que atingia o homem. Falou, explicitamente: “Se tratam assim a madeira verde, o que acontecerá à seca?”. O Messias era a “madeira verde” e a “seca” seria o homem perverso e incapaz de compreender a grandeza de Deus.
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Cristo sempre deu atenção às mulheres e era cercado por elas. As consolava e as ajudava em seus dramas pessoais, como foram a sogra de Pedro, a viúva de Naim, a prostituta Maria de Magdala, Marta e Maria, a mulher com hemorragia, a filha de Jairo e tantas outras. E muitas delas seguiam o Seu martírio.
Eram mulheres que haviam sido humilhadas e violentadas, marginalizadas e submetidas a práticas tribais indignas, mulheres em crise e sozinhas diante da sua maternidade, viúvas e idosas esquecidas, para quem Jesus foi doçura, alívio e esperança, que lhes havia resgatado a fé e a dignidade.
Era justo, então, que estivessem tristes naquela manhã cinzenta, em que Jesus caminhava para o calvário, em que nada podiam fazer, naquela Jerusalém devassa e perdida. Imaginavam que não mais teriam o olhar de conforto e as palavras doces daquele Homem-Deus, que lhes despertava ternura e paixão.
Jesus, que tudo sabia da vida e da morte, delas teve piedade, lembrando, porém, que mais desafortunadas eram elas e os que matavam o Mestre, sugerindo que chorassem por si mesmas, profetizando o futuro julgamento divino sobre o mal, a injustiça, o ódio que, como hoje, corrompem as pessoas e o mundo!
Na verdade, somos todos “Filhas de Jerusalém”, carentes da piedade de Jesus e da complacência de Deus!
Raimundo Marinho
Jornalista
Nada que existe ou acontece é à toa. Muitos falam que “nada é por acaso”. Mas o dizem por dizer, não explicam o que afirmam. O mundo e tudo que nele há, seu funcionamento, resultam de suprema engenhosidade.
A natureza, da qual somos partes, possui uma profundidade inalcançável. Funciona, autonomamente, sem uma mão visível que a esteja a gerir, bem diferente das iniciativas humanas.
Regula-se por leis próprias, infalíveis, em que tudo tem uma finalidade e um destino, de que nada escapa. Podemos observar isso na trajetória de uma semente, que culmina na geração de novas sementes.
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O objetivo da nossa experiência na Terra inclui o conhecimento dessa realidade, dentro da qual está o nosso destino. Como numa gincana, apenas temos dicas e pistas, ficando a nosso cargo encontrar o alvo.
Muitas das “dicas” e “pistas” são insights que temos do mundo espiritual, de onde viemos e para onde volveremos. E como não recebemos um manual sobre o que é o “destino”, então demos-lhe um nome: CÉU!
O passaporte para lá é a prática de virtudes, no grande desafio da vida. Somos imperfeitos condenados ao melhoramento. Mas nossa tendência é fraquejar e ceder às condutas egoístas, maldosas e trapaceiras.
Os educadores espirituais nos alertam com antagonismos, tipo o inferno, de supostos tormentos eternos. Podemos escolher as virtudes, que nos habilitam ao céu, ou as maldades, que nos levam à tal fogueira.
“Gozar a vida” é, aparentemente, mais sedutor, mas pode ter um final de dor e retardar a chegada ao destino. Assim, bem-aventurados os que se esforçam para distinguir as falsas alegrias infernais dos reais gozos espirituais.
Que os fracos e ignorantes não se abatam, presos na gosma sedutora, muitas vezes frente ao abismo. Um dia todos nos reuniremos no CÉU. Se, hoje, seu CÉU é o poder, o dinheiro, os gozos carnais, não tem problema!
Poderá doer muito, depois. Mas Jesus prometeu: “O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido” e “o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca". (Mt 18, 11 e 14)
Deus deu a cada pessoa uma a missão, neste mundo. Somadas, resultarão na grandiosa obra do Senhor. Todos terão de fazer a sua parte, para que a obra se complete. Não é admissível falha.
A Criação de Adão. Michelangelo di Ludovico Buonarroti Simoni (1475-1564) (reproduzido da internet, via Google) |
O que acontecerá se alguém se omitir? Deus nada perderá, o prejuízo será inteiramente do faltoso, pois significará o afastamento de Deus. Só há prêmio e complacência para os diligentes na missão recebida.
O desidioso, entretanto, terá mais sofrimentos, mas não será excluído, de plano, pois a ninguém será dado escapar da glória de conhecer o verdadeiro sentido da vida. Uns com alegria e outros com muitas dores!
Somente usufruirão dela os que cumprirem os encargos terrenos, que não saberão descrever o que sentirão. Indescritíveis serão, também, a dor e o desespero daqueles que a perderam por terem sido negligentes, por não acreditarem em Deus!
A vida será sempre dura e pesada para os que cultivam um coração duro e uma alma pesada e insensível. Tudo que o Cristo recomendou, em nome do Pai, foi a prática da bondade, da caridade, do perdão.
E tudo se resume no amor ao semelhante. Quem assim agir terá o privilégio de experimentar a gloriosa visão de Deus!
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Raimundo Marinho
Jornalista
Os cristãos precisam assumir, de fato, a condição de seguidores de Cristo, em todo seu significado. Na medida em que mais gente conquiste isso, o mundo vai ficando melhor, principalmente a vida comunitária.
Mas será muito penoso sem o conhecimento da realidade espiritual. Será preciso reler os próprios escritos sagrados, notadamente os evangelhos. Por exemplo, D. Armando, bispo de Livramento, Bahia, fez-me uma correção.
De que novas interpretações corrigem passagens do Sermão da Montanha. Não se diz mais “pobres de espírito” e sim “pobres em espírito”. Da mesma forma, “bem-aventurado” é, na verdade, “anime-se, siga adiante”.
Mesmo sem maior análise, há de se concordar, pois como “pobres de espírito” poderiam ser “bem-aventurados” e, ainda assim, possuir a terra, ou ver Deus? Seria contraditório e desestimulante para os dedicados.
Há várias outras passagens evangélicas a carecer de mais reflexão. É o caso do “camelo” citado por Jesus como impossível de passar pelo fundo de uma agulha. Há quem ainda acredita ser o animal que resiste aos desertos.
Mas se trata de corda grossa, usada para atar cargas pesadas em navios. E tem toda lógica, pois Jesus quis dizer que, diferente de uma linha fina, o camelo, a corda grossa, jamais passaria pelo buraco da agulha.
Também ao dizer para o jovem que deixasse os mortos cuidar dos mortos, sabia que o pai do rapaz, que havia morrido, já estava sendo cuidado pelos espíritos, para nós os mortos, no mundo espiritual.
A vida humana tem um padrão simples! Não importa se o que fazemos é modesto ou grandioso, o existir consistirá sempre em nascer, viver e morrer. Não temos manual de instruções e nascemos completamente nus, como se diz, sem lenço nem qualquer documento.
O que acontece depois de nascermos é fruto do meio onde passamos a viver e do contato que vamos tendo com as pessoas. Os primeiros a nos acolher são nossos pais, que cuidam de nós até adquirirmos vida autônoma. Nos educam ou nos deformam, ao nos influenciar para o bem ou para o mal.
Dentro de cada um de nós, porém, há o impulso de Deus, que nos atira para a vida de verdade, que habilita a aceitar ou combater influências negativas do ambiente e das pessoas. Temos o chamado “livre-arbítrio”, pelo qual cada um faz o que quer e assume responsabilidades perante Deus e os homens.
Mas é preciso ter clareza quanto a isso, conhecendo plenamente quem somos.
Isso é alcançado na invocação a Deus e disponibilização para participar da criação divina. Assim, compreenderemos o significado da liberdade espiritual, vivendo a alegria das mãos dadas com Jesus e com Deus. Ele prometeu que estará sempre no meio de nós.
Mas ninguém poderá entrar em nossa casa se não abrimos a porta. Pela força e benevolência de Deus, cada pessoa teve a presença de Jesus em seu nascer. O nascer é uma dádiva do Céu. Já em nosso viver autônomo, a presença de Cristo é uma escolha nossa, na consciência do nosso livre-arbítrio.
Em nosso morrer, queiramos ou não, dependeremos novamente de Deus, a quem só chegaremos pela prática dos ensinamentos do Bom Jesus, sobre quem Deus revelou: “Este é o meu filho muito amado, em quem pus a minha complacência” (BÍBLIA, Marcos, 1,11). E Jesus disse: “Por meu intermédio é que poderão chegar ao Pai” (BÍBLIA, João, 14, 6).
Portanto, não haverá caminho longo ou penoso para os que têm Jesus Cristo como companheiro de viagem!
Raimundo Marinho
Jornalista
Pautar a vida somente pelo lado material é um equívoco. Mas é o que sempre fazemos. Até regredimos nesse sentido. A literatura religiosa registra que o homem já conversou diretamente com Deus
A Bíblia, por exemplo, é rica nas referências a isso. Também o diz o diálogo transcendental do Bhagavad-Guitá, entre Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, e o guerreiro Arjuna.
Em nossa era, não há mais registros de confabulações entre a criatura e o criador, a não ser no monólogo da oração. Então, resta saber quem se afastou de quem e por qual motivo.
Se eram apenas fantasias de quem fez os registros, então evoluímos com a oração. Porque, ao orar, o homem fala com Deus, numa dimensão que ainda não compreendemos, mas que é real.
Quando ocorrer a plena compreensão, tudo se tornará mais claro. Contudo, não é uma tarefa fácil e exige entrega total do indivíduo, pois é essencial saber a diferença entre orar e apenas balbuciar.
“Não permita que tua boca fale precipitadamente, nem que teu coração o impulsione a fazer promessas diante de Deus. Afinal, Deus está nos céus, e tu apenas vives sobre a terra; portanto, que tuas palavras sejam poucas e corretas”. (Eclesiastes 5:2)
Nossa conduta é que valida a oração, que será captada pelo sistema divino, se dentro das leis ali estabelecidas. É como a alimentação correta, que o estômago digere e envia aos canais de absorção do organismo.
Se ingerirmos pedras, elas não serão digeridas e ainda nos farão mau. Assim é com a oração. Para ser captada pelo sistema divino, terá de ser como uma alimentação adequada, não como pedra.
O Pai Nosso (Mt 6, 9-13), que Jesus nos ensinou e tanto repetimos, assim nos alerta, quando prometemos fazer a vontade de Deus, na terra e no Céu; e pedimos perdão, tal como perdoarmos a quem nos ofender.
Quem, por exemplo, recitar o Pai Nosso sem atender a essas duas condições, agirá como se estivesse engolindo pedras diante de Deus.
É noite, Senhor! Quero orar aos que dormem! Quantos adormecem
sob o manto da escuridão misteriosa? Muitos aproveitam para sair da toca, como as formigas, que recolhem folhas e alimentos para prover o formigueiro.
Na noite, cantam o caburé e a acauã, o bebê chora, a mãe zelosa se levanta para niná-lo, os ladinos saem para roubar. Furtivamente, os amantes se buscam no breu das paixões.
A noite é uma sofreguidão!
Escurece e um mundo, antes invisível, emerge para o palco da vida. Tu fizeste Senhor, seres do dia e da noite. É estanho ver um ente do dia zumbindo na noite ou um noturno vagando no dia.
Há os “perdidos na noite” e os “perdidos no dia”. São muitos os que parecem “perdidos na vida”, no Teu vasto mundo. O viver, no dia ou na noite, por vezes, cansa.
No meio do caminho, no meio da noite, descansamos. Noite misteriosa, que faz amanhecer os medos, logo após a hora do Ângelus. De cabeças perdidas, sonhamos na pequenez dos nossos pensamentos
Diante da abóbada estrelada, onde, de vez em quando, surge a Lua,
perguntamos: quem és Tu, senhor? A mãe diante do berço, que se sacrifica para velar o sono do filho? A formiga que conduz folhas ao formigueiro? Ou os amantes que saem para o encontro furtivo?
Ou serias a própria noite?
Seja quem fores, por favor, ouça minha oração aos que dormem e aos que se entregam à noite. Para que, a despeito da nossa pequenez, possamos amanhecer na Tua presença, face a face!
Raimundo Marinho
Jornalista
Não se pode apontar quem quer que seja como digno ou não da glória de Deus, muito menos da preferência de Jesus Cristo. O íntimo de cada um só Deus e o próprio indivíduo conhecem plenamente, com a convicção e o ente de razão exigidos num julgamento.
Mas há pessoas que se colocam, espontaneamente, sob o crivo da coletividade em que atuam, como os governantes e os políticos em geral. Pelo genuíno desejo de servir à comunidade ou por mera sede de poder e vaidade muitos se candidatam a governar.
(Acessada em http://viniciussilvacosta.blogspot.com.br/ 2013/04/piada-de-politico.htm) |
Há tempos, porém, a política, como instrumento puro de organização e gestão da vida coletiva deixou de existir. Os brasileiros, em particular, vivem hoje a mais clara demonstração de deterioração nesse sentido, com os cada vez mais estarrecedores casos de corrupção.
Deus não atua diretamente na conduta dos indivíduos. Já o criou programado, por leis naturais, para esculpir o próprio destino. Um dos princípios básicos dessa legislação divina é o livre arbítrio.
Tal princípio atrai outro de igual profundidade, o da responsabilidade. Ou seja, cada qual faz o que quer, mas responde pelo que fizer. Pagarão caro, por exemplo, pela miséria e dores que provocarem.
Assim, muitos governantes e políticos que pensam que estão enganando o povo, chegarão a uma fase de suas vidas que terão de resgatar os roubos, as mentiras, as falsas promessas, o locupletamento.
De regra, esse resgate, se exigido no limbo da espiritualidade, poderá ser muito penoso, infernal. Hoje, pensam que estão se candidatando às glórias do poder. Mas, na verdade, são candidatos aos quintos ou, quiçá, ao sexto dos infernos.
Dedico a oração de hoje aos políticos. Os vejo, nesses dias, em grande agitação. Estão envolvidos no processo eleitoral. Querem um cargo público, para o qual a Lei exige que sejam escolhidos pelos cidadãos da comunidade. São cargos de prefeito e de vereadores. O prefeito vai chefiar a administração dos serviços da comunidade. Os vereadores vão fazer as leis e fiscalizar o seu cumprimento, pelo prefeito.
A administração dos serviços da comunidade tem despesas que são pagas com recursos arrecadados pela própria comunidade, através dos impostos. É muito simples. Tão simples que não dá para entender porque há tanta disputa, e até brigas, em uma eleição. O que será que se passa na cabeça dos políticos? Por que eles têm tanto interesse em prestar aqueles serviços à comunidade? Se é uma tarefa tão sacrificante?
(Acessada em http://umaopiniaozinha.blogspot. com.br/2013/09/o-sabado-da-reflexao-eleitoral.html) |
Quantos deles pensam, de fato, no bem-estar coletivo? Esse “bem-estar coletivo” pode ser entendido como a satisfação das pessoas da comunidade diante dos serviços que lhes são prestados pelos eleitos. Esses serviços são variados. Compreendem, por exemplo, atendimento médico, escolas, transporte, abastecimento de água, esgoto sanitário, limpeza das ruas, organização dos mercados e feiras, cuidado com as estradas, fiscalização do trânsito e muitos outros.
Será que os políticos sabem disso? Se sabem, por que muitos desses serviços são tão ruins? Ou será que os políticos que elegemos é que são ruins? Ou seremos nós os ruins, que não sabemos escolher? Ou será que o político só quer poder, só quer o dinheiro público, só pensa em si? Será também que cada um de nós só pensa em si, na hora de votar?
São questões sobre as quais devemos pensar e refletir muito, nesse momento. Melhor ainda é que façamos essa reflexão nessa hora calma do Ângelus, em que nossa mente e o nosso espírito estão voltados para Deus!
Raimundo Marinho
Jornalista
Há muita coisa nos registros bíblicos e de outras fontes históricas cuja tradução original está a exigir revisão, tendo em vista o alargamento do conhecimento humano. Novas e criteriosas interpretações fazem-se necessárias, para se evitar deturpações e perda de tempo.
Não raro, escritores como os evangelistas optaram por versões que atendessem ao parco entendimento da época e, também, ao fortalecimento do cristianismo. A nosso ver, incluem nessa situação as versões bíblicas de céu e inferno e sobre a origem do homem e da mulher.
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Aliás, revisões têm sido feitas, que aumentam a clareza das mensagens, ajustando-as, não à vontade caprichosa do dito homem moderno, mas à inquestionável evolução do conhecimento. A própria força dessa evolução e as consequentes adaptações vem do próprio plano do Criador.
Um desses ajustes me foi ensinado, recentemente, pelo bispo Dom Armando Bucciol, de nacionalidade italiana, atualmente chefe da nossa Diocese. Refere-se ao famoso sermão da montanha, com as oito bem-aventuranças proclamadas por Jesus Cristo.
Uma delas diz “Bem-aventurados os pobres de espirito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus: 5, 3). Lida no sentido literal, haveria uma incoerência, que seria o injusto enaltecimento de pessoas indignas. Então, segundo Dom Armando, a expressão correta seria “pobres em espírito”.
Ou seja, não poderia haver filhos de Deus “pobres de espírito”, pois carregar dentro de si a centelha do Criador já é a maior riqueza. E “pobres em espírito” quer dizer de espírito limpo e desapegado, inclusive de bens materiais, aptos a acessar o reino dos céus.
E a mensagem de Jesus, no sermão da montanha, não seria de proclamação, mas de incentivo, de animação, de previsão de recompensa aos que estão a caminho do Senhor. Por isso, ao invés de “Bem-aventurados”, a interpretação correta seria “Avante! Tenham ânimo!”.
Raríssimas pessoas vivem além dos 100 anos. E, diante dos bilhões de anos que tem a criação de Deus, 100 anos são como um piscar de olhos. Na verdade, depois de descontados os anos da infância e da velhice a vida útil de uma pessoa, na Terra, chega, no máximo, a 50 anos. É muito pouco tempo para gozar, mas pode ser uma eternidade para sofrer.
Dizemos isso, porque é assim que o ser humano costuma dividir o tempo da vida. Há momentos em que torce para o tempo passar rápido; e outros há em que, se pudesse, pararia o tempo. Muitos existem que andam a dizer que não têm tempo. Não têm tempo para conversar com o filho, não têm tempo de conversar com os pais; não têm tempo de namorar; não têm tempo de rezar.
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Chegam a um ponto que nem sabem para o que, então, têm tempo. Um dia, chegarão ao tempo em que vão se arrepender de não ter dado mais atenção ao filho; de não ter ouvido mais os pais; em que se arrependerão de não ter namorado mais; de não ter rezado mais.
Há um tempo para tudo, mas todo o nosso tempo pertence a Deus. E, se pertencermos a Deus, não haverá limite de tempo em nossas vidas. Viveremos a eternidade de Deus, não apenas os anos nesta Terra. Por aqui, somos submetidos ao grande teste da aceitação de viver conforme o plano do Criador.
Essa experiência desafia o tempo e um minuto sequer deve ser perdido. Ela consiste no relacionamento com o mundo criado por Deus, na alegria de figurar entre as sua criaturas. Ele quer que nos tratemos bem, que sejamos gentis e tenhamos compaixão uns para com os outros.
Que o tempo dessa nossa vida seja preenchido com ações, gestos e atitudes que agradem a Deus. Que nos empenhemos em descobrir e sentir a Sua presença, em nosso dia-a-dia. Que estejamos sempre atentos aos sinais do criador.
Fazendo isso, um dia alcançaremos a superação do tempo e enxergaremos
Deus em toda sua plenitude e luminosidade!
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A vida e morte de Jesus, recontada na Quaresma e Semana Santa, comportam muitas reflexões, como, por exemplo, o destino espiritual do homem, que Cristo procurou deixar o mais claro possível para nós.
O principal de nós é o espírito, tanto que Jesus se permitiu continuar falando com os discípulos mesmo depois de morto. Para facilitar o entendimento, não alterou a aparência que todos já conheciam.
Por uns tempos, continuou ensinando, em espírito, revelando que a vida é uma só, embora haja dois mundos: material, onde nos encontramos, e espiritual, onde reina Deus e onde a vida é plena e a eternidade se realiza.
O bom seria se estudássemos muito sobre Teologia, religiões, sobre a Bíblia! Mas isso não é fácil para todo mundo. E digo que nem é indispensável! Basta ter a consciência de Deus, invocar e querer ardentemente encontrar-se com Jesus!
Ele virá aos que chamarem e a estes mostrará, de maneira particular, os dois mundo. Então, viverão em espírito, ainda na Terra, sob orientação e inspiração de Cristo. Ele mesmo disse, após ressuscitado:
Me foi dado todo poder, no Céu e na Terra. Portanto, ide , ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (BÍBLIA, Mateus, 28, 18-20).
Raimundo Marinho
Jornalista
A existência da espiritualidade, cuja autoria é Deus, não depende da vontade humana. E Jesus Cristo mostrou que ela é regida por leis facilmente compreensíveis pelos tolos e de espíritos puros!
Felizes os que a fé conduz à intimidade com Jesus, seja em matéria ou em espírito, a quem é dado assento na Ceia do Senhor. Até os que chafurdam na miséria humana, um dia serão iluminados e chegarão lá.
Esculpimos nosso próprio destino, como lembra Lucius. Só há diferença no modo e tempo de caminhar. Quem promove o nascer de vidas, por exemplo, tendem a chegar antes dos que patrocinam a morte, o aborto.
Porque a vida é a essência do Plano de Deus! Infelizes, portanto, os que promovem ou se alegram com a barbárie, os que roubam aquilo que é da coletividade, como os criminosos da corrupção, os enganadores!
Infelizes os covardes que maltratam mulheres e crianças! Tristes os que torturam e ou matam aqueles que deveriam proteger e defender. Coitados dos que roubam e trapaceiam, trazendo sofrimento a outros!
Raimundo Marinho
Jornalista
A maioria das pessoas acredita no sobrenatural e se organiza em algum tipo de sociedade religiosa, acreditando em um ente superior, genericamente chamado de Deus. Por conta disso, há uma infinidade de igrejas, sendo ínfimo o número dos que não professam fé alguma.
As igrejas diferem-se nos ritos praticados, na visão do que é Deus e na interpretação de textos sagrados, como a Bíblia. Todas admitem que o homem possui uma natureza material densa (corpo) e outra imaterial etérea (alma), muitas vezes colidindo uma com a outra.
Poucas explicam de onde viemos, mas todas dizem que nosso destino, após a morte, é o céu, exceto para os transgressores (pecadores), que vão para o castigo eterno, ou seja, o quinto dos infernos. Ou para um suplício temporário, o purgatório, para pecadores venais.
Embora isso colida com o plano e a natureza generosa de Deus, sedimentou-se como verdade na didática religiosa. O recrutamento para esses destinos dar-se-ia logo após a morte, em evidente contradição com a tese do juízo final, que prevê a espera da ressurreição.
A Porta do Inferno, de Dante |
Para pôr lenha ou luz na fogueira, exsurge a doutrina espírita, codificada e publicada, entre 1857 e 1868, pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec. Mais conhecida como espiritismo, defende e propaga a tese da reencarnação.
Apesar de incomodar muito as religiões, não se intitula como religião, e se considera o consolador prometido por Jesus Cristo. Prestem a atenção e verá que, na verdade, nenhuma religião, incluindo o espiritismo, tem ou teve o condão de alterar a realidade de Deus.
Sobre ela, muito ainda temos de aprender. O que sempre esteve em questão é nossa incapacidade e baixo grau de empenho em vê-la, pois permanecemos obnubilados pelo materialismo. Jesus disse, claramente: “quem tiver ouvidos para ouvir e olhos para ver, que ouça e veja”.
E o melhor ângulo de visão, na minha opinião, é o das religiões, não isoladamente, mas no seu conjunto. Poucos estudam as religiões, mas todas elas, sem exceção, fundam-se em princípios básicos parecidos, apesar das diferenças ritualísticas e interpretativas.
Não poderia ser diferente, pois são criações humanas, manipuladas pelas conveniências, sendo pouco provável que, apesar do ecumenismo, se unam no entendimento de que estamos submetidos a uma jornada evolutiva, com destaque para as experiências terrenas.
Nem de que o mundo real é o espiritual, de onde os espíritos migram para diversas realidades planetárias, sob a regência de Deus. É possível que a Terra seja o mais primário e denso deles. Mas é garantido que ninguém se perderá, ainda que levem milhões de anos.
Na realidade espiritual, está, sem dúvida, o Céu, a pura e sublime organização de Deus, onde Ele próprio habita. E há, também, o Inferno, uma organização humana, espontânea, dos espíritos inferiores, que continuam a recusar Deus e Jesus Cristo, como o faziam na Terra.
O Purgatório nada mais seria do que uma gigantesca organização hospitalar, no mundo invisível, comandada pelos mensageiros de Deus, para resgatar os que clamam por socorro, quando perdidos na nova realidade, onde ingressam após a morte física.
Portanto, a escolha é nossa! Para os ainda fracos, ignorantes e desanimados, Jesus disse: Vinde a mim todos os que estais cansados de carregar suas pesadas cargas, e eu vos darei descanso. Eu vim para salvar o que se havia perdido (Mateus, 11: 28; 18: 11).
Raimundo Marinho
Jornalista
No final de ano, viajei por várias regiões da Palestina, nas páginas dos evangelhos. Segui as pegadas de Jesus e tive a alegria de vê-Lo em diversos locais, entre o Líbano e Israel, na costa leste do Mar Mediterrâneo. Pude rever aquele ser fascinante, de olhar penetrante! Sua voz corta no mais profundo da nossa mente e da nossa alma, com palavras que dilaceram o mais duro dos espíritos. Abrem feridas que nunca se fecham, por onde os mistérios dos Céus nos penetram e são revelados.
Somente quem faz essa viagem pode entender como o pensamento, a mensagem e a figura magistral desse homem conseguiram atravessar, intactos, mais de dois mil anos. Ele só pode ser a encarnação de Deus! Mas falou como um ser humano, consciente da missão pela qual veio à Terra, reunindo divindade, sabedoria, doçura, amor e a mais forte personalidade que já existiu, confundindo-se com o próprio Deus.
Nos vários dias de andanças, inclusive revendo lugares que conheço desde a juventude, por longas horas fiquei a mirar o rosto do Mestre. Ampliei minha reflexão sobre a profundidade das suas mensagens e deixei-me envolver ainda mais por aquela voz cortante. Então resolvi fazer uma entrevista com Ele, como não poderia deixar ser, na minha condição de jornalista. Leia, a seguir:
Mestre, passados 2000 anos, há os que ainda perguntam quem é mesmo você?
Há tanto tempo estou convosco e não me tendes conhecido? Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida. Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome. Aquele que crê em mim nunca terá sede.
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Muitos o chamam de Deus - o Pai. Isso seria correto ou estão equivocados?
Eu Sou o Filho de Deus. Eu e o Pai somos um. Aquele que vê a mim, vê o Pai. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
Para os que querem segui-Lo, como achar a sua porta, onde você mora?
As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça. Mas entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.
Então, o que cada um deverá fazer para caber nesse caminho estreito?
Vigiai o tempo todo, orando, para que possais escapar do que está para acontecer, e apresentar-vos em pé diante do Filho do homem. Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles que te odeiam, abençoe aqueles que te amaldiçoam, reze por aqueles que te maltratam. Se alguém te bater no rosto, ofereça a outra face.
Mas as igrejas pregam que você já nos salvou, ao ser ferrado na cruz. Estaríamos numa boa, sem precisar fazer mais nada!
Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.
Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Aquele que tentar salvar a sua vida, vai perdê-la. Aquele que a perder, por minha causa, vai reencontrá-la. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão, “Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?”. E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Por que viver está tão difícil, Mestre, são tantas dificuldades?
Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu asseguro que, se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: vá daqui para lá, e ele irá. Nada será impossível para vocês. Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber. Nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento e o corpo mais do que o vestuário? Mas, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
O primeiro mandamento é amar a Deus e o segundo é amar o próximo. Mas este próximo é quem mais nos persegue!
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus. Porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Não resistais ao mal, ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa. Se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
Você pode nos ensinar, novamente, como rezar e falar com Deus?
Quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto. E teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. Não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixes cair em tentação.
Lembra, Mestre, das suas comoventes palavras na despedida dos discípulos?
Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir. Eu vo-lo digo também agora. Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Sabe, Jesus, não consigo entender como ainda tem gente que não sabe quem é o próximo! Repete para mim a parábola!
Ia um homem de Jerusalém para Jericó e foi atacado por salteadores, que o despojaram e espancaram, deixando-o meio morto. Passou um sacerdote que o viu e o ignorou. O mesmo fez um levita. Mas um samaritano o viu e teve pena dele. Tratou suas feridas e o levou para uma estalagem, onde cuidou dele e assumiu todos os gastos da hospedagem e do tratamento. O próximo do que caiu foi o que o socorreu. Vá a faça o mesmo.
Você não está mais aqui para tirar nossas dúvidas. Como saber se estamos no caminho certo?
Avante, mesmo os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus; os que choram serão consolados; os mansos herdarão a terra; os que têm fome e sede de justiça serão fartos; os misericordiosos alcançarão misericórdia; os limpos de coração verão a Deus; os pacificadores serão chamados filhos de Deus; os que sofrem perseguição por causa da justiça, deles é o reino dos céus; ou quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo mal contra vos por minha causa.
Para terminar, por hoje, tão falando que o mundo vai acabar ou vai haver uma transição planetária, tudo conforme o Plano de Deus. Precisamos nos preparar?
Não deixe ninguém vos enganar. Virão muitos em meu nome, dizendo “eu sou o Cristo”, e enganarão a muitos. Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras. Não vos assusteis, é necessário assim acontecer. Mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, reino contra reino. Haverá fomes e terremotos, em vários lugares. Porém, tudo isto é o princípio das dores. Surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos.
Portanto, se vos disserem “eis que ele está no deserto”, não saias, ou “ei-lo no interior da casa”, não acredites. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem. Quando os ramos da figueira se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim, quando virdes todas estas coisas, sabei que o fim está às portas.