Entrevista – 11.03.2014 

Gerardo Júnior fala do seu sonho
político e aponta soluções para
os problemas de Livramento

Em longa entrevista ao jornalista Raimundo Marinho, o vice-prefeito Gerardo Azevedo Júnior, do Partido dos Trabalhadores, faz um balanço interessante sobre o município de Livramento de Nossa Senhora,
Bahia, envolvendo, principalmente, economia, política e
gestão pública. Veja a seguir:

O que falta ao PT para avançar mais em Livramento? O partido tem projetos para assumir ou, quando nada, influenciar na liderança política e administrativa no município?

Primeiramente, agradeço o espaço e pelo trabalho que você vem desenvolvendo. Acho que o PT está avançando na medida de uma real mudança tanto almejada pelo povo de Livramento. Avançamos bastante ao ponto de hoje o PT ter o vice-prefeito e elegido dois vereadores. Contudo, não é uma tarefa fácil conquistar o poder político em Livramento, pois existem dois grupos que polarizam a disputa. Apesar disto, temos construído um projeto sólido junto com outros partidos para administrar o nosso município de forma correta e participativa com capacidade de realizar as mudanças necessárias para o desenvolvimento socioeconômico e cultural da nossa terra.

Nós o vemos como uma das poucas possibilidades para alteração do modo arcaico de administrar e de fazer política em Livramento, mas você parece preferir andar mais devagar. Tem como acelerar?

Eu gostaria muito de que isso tivesse ocorrido já em 2008 quando apresentamos a terceira via, mas o povo achou que não era o momento. Em 2012, formamos um grande grupo de partidos independentes, inclusive nossa chapa de vereadores e vereadoras tiveram aproximadamente cinco mil votos e por pouco não elegemos três vereadores. Defendia a tese de que deveríamos ter saído “sozinhos” novamente, mas o povo pedia união. Por todos os lugares que andava, a maioria do povo pedia uma união com Dr. Paulo, para ser candidato ou mesmo como vice. Nas eleições de 2016, vamos ter outra oportunidade e com Fé em Deus tudo dará certo.

Qual a possibilidade, por exemplo, de você encabeçar uma chapa, com alguma competitividade nas eleições de municipais de 2016?
Isso depende da população e do nosso grupo político. Ninguém é candidato de si mesmo, mas sinto, por onde ando, que a população me conhece cada dia mais e tem me apoiado muito e isso aponta para um novo cenário nas eleições municipais de 2016.

Quem foi melhor para Livramento Carlão ou Priquitão? Que análise você faz da gestão municipal, em Livramento, nos últimos 20 anos?

A melhor resposta para essa pergunta é o dito popular: “A voz do povo é a voz de Deus” e, assim, prefiro deixar para os livramentenses escolherem quem foi melhor. Nestes últimos 20 anos, os nossos governantes não realizaram políticas públicas capazes de transformar Livramento em um município com um bom desenvolvimento em todas as áreas. Nossos indicadores sociais mostram esta realidade. Mais de 6 mil famílias receberam o Bolsa Família em 2013. O governo federal destinou em torno de 8 milhões de reais para Livramento ano passado. Isto quer dizer que dos cerca de 42 mil pessoas residentes em nosso município mais de 25 mil vivem com menos de 150 reais por mês. Não temos um hospital e uma saúde estruturada. Não temos serviços de educação pública gratuita e de qualidade para oferecer à nossa juventude. Não temos uma economia estável e os nossos recursos hídricos são utilizados de maneira irresponsável, ao ponto de não convivermos bem com longas estiagens como a que atravessamos. Não temos uma política que favoreça o trabalho e a renda. Falta muito planejamento na nossa infraestrutura. Enfim, precisa mudar a forma de se fazer política. A concentração de renda continua. Do jeito que vai não pode ficar.

Você se considera, hoje, a terceira força eleitoral local? O PT não é mais um partido de trabalhadores, como na sua origem. Como ele poderia contribuir para melhorar o quadro político em nosso sertão?

Tenho recebido muito apoio da população e isso me dá forças para continuar lutando por um projeto político que seja a primeira via, que seja de todos. Minha história política vem de família humilde, passando por um período de cargos públicos como secretário de saúde municipal, coordenador estadual do DNOCS, diretor geral do segundo maior hospital do interior da Bahia, o HGVC. Hoje, sou vice-prefeito e temos dois vereadores da nossa confiança, Antônio Luis e Quinquinha de Amoreira. O PT tem construído políticas públicas que tirou, em apenas cinco anos do governo Lula, mais de 30 milhões de pessoas da extrema pobreza, e elevou para a classe C (renda familiar entre R$ 1.115,00 e 4.807,00) mais de 25 milhões de brasileiros. Nunca o Brasil diminuiu tanto as desigualdades sociais em tão pouco tempo. Hoje, vemos nos aeroportos, por exemplo, pessoas que jamais poderiam viajar de avião. Vemos pessoas que jamais teriam condições de fazer faculdade, dentre tantas outras transformações vividas pelo povo brasileiro. Contudo, o PT cresceu muito e tem se distanciado dos movimentos sociais e da sua própria história. Estamos acompanhando de perto e trabalhando junto aos nossos deputados para que o PT retorne às suas origens, porque é um grande partido e como grande partido precisa ter os olhos voltados para formar quadros políticos neste grande sertão baiano e contribuir também para as mudanças em nossa região.

Você se arrepende de ter sido vice na chapa de Dr. Paulo? Você imitou o ex-vice-prefeito João Cambuí, brigando com o prefeito e deixando o governo. Isso não prejudicou a coligação alternativa que você conseguiu reunir, deixando à toa esses “companheiros”?

São situações diferentes.  Lembro que João Cambuí chegou a trabalhar com Carlão por um tempo e João Cambuí teve suas razões e motivos para romper com Carlão. Cambuí é uma excelente pessoa e sempre quis o bem do município de Livramento. Não me arrependo, porque o povo queria mudança, o povo queria esta união e as urnas demostraram isso, mesmo que o atual prefeito não tenha correspondido às expectativas do povo que o elegeu. Eu não “briguei” com o prefeito, ele, sim, nos expulsou, e é natural que quando não se cumpre os acordos e a forma de administrar seja totalmente contrária ao que foi proposto durante a campanha atitudes mais enérgicas são tomadas. Tenho conversado muito com as pessoas e com muitos companheiros da nossa coligação, e todos afirmam que foi uma decisão acertada e coerente com o nosso projeto. Só não vamos baixar o nível da discussão e desmoralizar ninguém.

Você acreditou na possibilidade de fazer 44 anos em 4, como prometeu o então candidato Paulo Azevedo? Acha que sua saída do governo prejudicou a concretização dessa meta?

Não existe salvador da pátria. Eu, particularmente, nunca disse isso, mesmo porque esse negócio de 44 anos em 4 é força de expressão em palanque de campanha. Eu acreditei em um projeto que governaria Livramento junto com o vice-prefeito e ouvindo todas as pessoas sem perseguições e sem distinção. Contudo, em entrevista a uma emissora de rádio ele disse que se não fizesse 10 vezes mais que Carlão até julho deste ano ele renunciaria ao mandato de prefeito. Então, é aguardar para ver. Qualquer pessoa faz falta ao governo, principalmente o representante do partido do governador e da presidenta. Nesta vida, todo mundo precisa de todo mundo, do pequeno ao grande.

Na condição de vice, como você poderia contribuir com a Administração? Como convive com o fato de ganhar R$12 mil por mês e não trabalhar na Prefeitura?

Eu contribuo indiretamente, porque não tive e não tenho nenhum espaço dentro do atual governo. Diariamente, recebo as pessoas para resolver suas demandas como seu direito, seja por telefone ou pessoalmente. Viajo quase toda semana e participo de muitas reuniões para debater as políticas públicas como o “Ponto Cidadão” e a vinda de uma Universidade e cursos técnicos como o IFBA [Instituto Federal da Bahia]. Já encaminhamos diversos projetos como a extensão da adutora do algodão para o Distrito de Iguatemi, agilização do programa Luz para Todos, asfalto da estrada Paramirim-Livramento para o povoado de Monte Oliveira, cascalhamento e estudo para asfaltar as estradas de Itanagé-São Timóteo-Lagoa Real até Maniacú, em Caetité, como também da estrada que liga Livramento a Iguatemi e deste até Brumado. Estamos dando continuidade no projeto que construímos desde 2008 para ampliação da rede de distribuição de água da Embasa para todas as áreas da zona urbana e de algumas localidades da zona rural. Cumprindo a sua missão, a Embasa já colocou água em diversas residências como no bairro Benito Gama, agora já chegou às localidades de Rua do Fogo, Município, Rua do Areião, Recreio e já estamos lutando para chegar a água tratada na Barrinha, Nado e Campo Alegre. E, na área de saúde, são inúmeros encaminhamentos feitos.

Sobre o salário, após descontar os impostos, recebo em torno de R$9.500,00 e não trabalho na prefeitura porque não tenho nenhuma sala, apesar das promessas que teria um gabinete. Só para lembrar que fizemos uma reunião com o prefeito no início do mandato onde estavam presentes, eu, você, Probo, Dona Maria e o vereador Antônio Luis e ficou acertado com o prefeito que o vice-prefeito teria um gabinete visto que o mesmo não seria mais Secretário de Saúde. Até a proposta de lei de criação do gabinete do vice para o prefeito enviar para a Câmara estava quase pronta, mas não obtivemos sucesso. Então, trabalho muito da forma que é possível e cumprindo a lei orgânica do município que é aguardar a convocação do prefeito quando ele achar necessário ou assumir a prefeitura nos impedimentos legais do prefeito.  Ressalto que não recebo diária, gasolina e, ou, qualquer regalia da prefeitura. Todas as despesas com viagens, hospedagem, gasolina, motorista e muitas outras são custeadas pelo meu salário de vice-prefeito e também optei por não trabalhar na minha profissão. Não quero misturar as coisas.

Como se sente ao ver a administração que você ajudou a eleger tão criticada e (responda em cinco linhas) qual seria o seu plano de governo para Livramento?

Todo governo que não cumpre com o povo estará fadado ao fracasso e ao alto índice de rejeição, como vem ocorrendo. O povo votou em uma união (UNIDOS POR LIVRAMENTO) o que na prática não acontece, infelizmente. Resumidamente, o plano de governo seria a implantação do orçamento participativo, participação da comunidade, transparência e mudar totalmente a forma de administrar. Combater as desigualdades sociais, desenvolver políticas para criação de emprego e renda e transformar Livramento em um polo de saúde e de educação e fortalecer a agricultura, implantando a diversidades de cultura e desenvolvendo Livramento da forma que merece.

A renda média dos livramentenses, segundo o IBGE, é inferior ao salário mínimo, e 40% da população declarou não ter qualquer rendimento? Programas sociais à parte, como resolver isso pela via do emprego e da produção?

O projeto político que defendemos aponta caminhos para tirar Livramento do atraso político-econômico e social e a solução é incluir o município na esfera do desenvolvimento. Fazer parcerias com os órgãos governamentais e pensar na parceria público-privada. Lutar pela implantação de uma Universidade, cursos técnicos como IFBA, investir pesado nos serviços públicos, principalmente saúde e educação. Fortalecer a agricultura, principalmente a agricultura familiar, implantar o plantio de diversas culturas, buscar a implantação de indústrias, explorar os nossos recursos naturais de forma sustentável e com  respeito ao meio ambiente. Incentivar o turismo em nossa cidade e, o mais importante de tudo, buscar o diálogo com a sociedade para, juntos, encontrarmos o melhor caminho para tirar Livramento deste quadro que o IBGE nos informa. Um exemplo claro disto foi no DNOCS que, após 20 anos de espera, conseguimos colocar o Bloco II para funcionar, quando, finalmente, pudemos assentar com terra e água mais de 300 famílias, em menos de um ano de gestão.

Em um município de pessoas tão pobres, como o nosso, não é exagero o prefeito ganhar R$25 mil e o vice-prefeito R$12 mil, mesmo tendo sido fixado por lei aprovada pela Câmara de Vereadores?

Se olharmos só os números, sim, mas a discussão é muito mais ampla. Precisamos de reforma política. Por exemplo, o prefeito ganha R$25.000,00 com todas as regalias como diárias, motorista, segurança, assessores, secretária de gabinete, telefone, etc. Se você compara os R$12 mil do vice que não recebe nenhuma regalia e usa este dinheiro para custear seus gastos próprios e ainda manter a política do dia a dia tudo com recursos próprios vamos perceber que os R$12 mil não são suficientes. Preferiria uma boa estrutura de trabalho e um salário menor.

Você sempre considerou desastroso o domínio, por mais de 20 anos, do Dr. Emerson Leal, na política e administração de Livramento. Mas na eleição de 2013 você se uniu a ele. Em política é dispensado seguir certos dogmas e princípios?

Emerson Leal se aliou ao PT passando a apoiar o nosso governador Jaques Wagner desde o seu primeiro mandato e o nosso presidente Lula. E eu agradeço o apoio que ele deu a Paulo Azevedo que era vice-prefeito de Carlão, consequente a mim como vice-prefeito, mas continuamos firmes e seguindo os mesmos princípios que sempre defendemos. O nosso grupo também optou por sair “sozinho” para as eleições proporcionais, mas por acreditarmos que a união para prefeito e vice-prefeito seria o único caminho para mudar de governo, assim fizemos.

Porque Dr. Paulo não cumpriu o acordo pré-eleitoral de nomear você secretário da Saúde e, tal como fez o ex-prefeito Carlos Batias, afastou os representantes do PT do governo, inclusive sua irmã, que trabalhava na área social?

A melhor pessoa para responder isso, seria o próprio Dr.Paulo. Agora, ouvi dele, durante uma entrevista, em uma emissora de rádio da cidade, dentre outras coisas que foi porque eu provavelmente queria fazer coisa errada, inclusive Carlão me demitiu porque eu queria fazer algo de absurdo. Então, isto ele vai ter que provar na justiça, mesmo porque o povo de Livramento me conhece e já fui secretário de saúde, coordenador do DNOCS, diretor geral do Hospital de Base em Conquista. Todo mundo sabe muito bem como lido com a coisa pública. Então, Raimundo, na verdade, o poder muda as pessoas. Aquele velho ditado. Quer saber quem é a pessoa: dê dinheiro e poder a ela. Há suspeitas de que o grande crescimento do PT e aliados incomodaram. Então a ordem é: “acaba com eles”, resultado da política com “p” minúsculo, quer dizer, aliados hoje, inimigos amanhã.

Por que você quer ser candidato a deputado estadual? Não seria melhor ajudar a reeleger Nelson Leal, do seu atual grupo político?

Nelson Leal não é do meu grupo político. Ele já está no quarto mandato e apoia o PT a nível estadual e assim como nosso grupo, ele apoiou nas eleições municipais de 2012 o atual prefeito, sem nenhum compromisso nosso com ele. Então, a nossa pré-candidatura que está colocada vai no sentindo de contribuir para o desenvolvimento da nossa Bahia, da nossa região, especialmente da microrregião a que pertence também Livramento. Especificamente em relação à nossa terra, veja que estamos muito atrasados em relação a outros municípios. Em Caetité, vai ter hospital do câncer, onde também existe o maior parque de geração de energia eólica do Brasil, o segundo do mundo. Cândido Sales, um município de 28 mil habitantes, recebeu a ordem de serviço para construção de uma adutora de aproximadamente R$15 milhões, levando água para o sertão de lá. E em Livramento estamos lutando para colocar água na zona rural desde de 2006 (adutora Iguatemi). Pedi ao governador o prolongamento da adutora do algodão, que já vai chegar a Lagoa Real, para os distritos de Iguatemi e São Timóteo. Cadê a pressurização do Bloco I? [Perímetro irrigado do DNOCS] Cadê o projeto de transposição do rio Taquari-Vereda que iria beneficiar toda a região? A Universidade da Chapada começa a ser discutida só agora. Estamos defendendo a interligação da BA 569 à BR 142, que vai de Itanagé, passando por São Timóteo, chegando até Maniacu, em Caetité, e também até o município de Lagoa Real. Precisamos lutar para a construção de um grande hospital do câncer na Região Sudoeste e a construção de um grande hospital geral regional em Livramento, assim como tem Guanambi e contribuir para melhorar o sistema de saúde dos municípios, principalmente dos menores. Enfim, estes são alguns exemplos do que temos para defender em um eventual futuro mandato legislativo.

Como você analisa o já confesso uso abusivo da água, para irrigação, em Livramento? Essa situação pode, inclusive, aniquilar a economia do município. Como reorganizar a gestão dos nossos recursos hídricos?

Houve abuso no uso da água e a falta de conscientização. Desde quando fui Coordenador do DNOCS tínhamos esta previsão. Começamos a investir nos comitês gestores das águas em toda a Bahia. Começamos a participar dos comitês das bacias hidrográficas e a estudar a gestão dos recursos hídricos em busca de soluções. Foi assim que a Barragem Luis Vieira sangrou, em 2006, por duas vezes. Assentamos mais de 300 famílias no Bloco II, onde tínhamos um projeto para o plantio de mamona para produção do biodiesel. Encaminhamos o projeto da adutora Iguatemi, da transposição do Taquari-Vereda, concluímos o projeto de pressurização do Bloco I, começamos a abrir poços tubulares etc. Foi assim em toda a Bahia. Um trabalho conjunto com muito diálogo com a sociedade, o corpo técnico do DNOCS e as demais esferas de poder. Infelizmente, este trabalho foi interrompido por perseguições políticas.

Nossos recursos hídricos foram dilapidados. Há solução inteligente para suprir o excesso de demanda de água na agricultura na região, gerado pelo aumento desordenado da área plantada, sem criar mais problemas ambientais?

Acrescentando ao que falei anteriormente, é preciso desenvolver uma nova política na Secretaria de Agricultura do munícipio. Precisamos saber conviver com a seca. As novas tecnologias, como gotejamento, utilizam pouca água. Implantar a diversidade de cultura, pois, historicamente, a monocultura não é autossustentável. Veja a crise do cacau, do café, da laranja e agora da manga. Uma boa saída seria investir nas culturas nativas como o umbu, mas lógico que tudo a ser feito precisa do estudo do impacto ambiental. Além de tudo isto, é preciso ter pulso firme para controlar o uso indevido da água e saber discernir o volume para irrigação e o volume apenas para o consumo humano.

Você, como coordenador estadual do órgão, foi o único que teve coragem de mexer no projeto do DNOCS, assentando e liberando água para os sem-terra, na área. Por que não se conclui o projeto de irrigação em Livramento?

Como falei anteriormente, o nosso trabalho foi interrompido por perseguição política. Falta vontade política de enfrentar os problemas.

Responda, sem rodeios: as unidades de saúde (UPA e USB) que o governo federal quer trazer para Livramento, que atenderão, principalmente os mais pobres, ou o aeródromo, cujo abandono, de longos anos, só agora lembraram de denunciar?

Sou a favor da construção da UPA e UBS sem sombras de dúvidas, mas que o aeroporto continue, porque a falta dele será um empecilho ao futuro desenvolvimento do nosso município. Agora, se uma gestão não reformou o aeródromo não justifica a atual gestão tentar acabar com ele, principalmente porque ele está ativo na ANAC. Mas fiquei estarrecido quando vi as escrituras de compra de terras de familiares da primeira dama bem próximo de onde começou a construção. Isso é preocupante e nos deixa com muitas dúvidas. Será se realmente estão mesmo preocupados em atender os mais pobres?