| 
 Vereadores querembebida alcoólica
 entre os jovens
       Ricardo: a favor .............Ilídio: a favor...................Paulo Cesar: a favor.
      Wagner: a favor ............Everaldo: a favor.............Paulo Lessa: a favor
      Marilho: presidente ........Leandro: calado.............João Louzada: calado
 Os vereadores de Livramento de Nossa  Senhora, cuja atitude, além de ilegal, está sendo considerada insensata e  irresponsável, mobilizaram-se para manter a comercialização de bebidas  alcoólicas em dois logradouros públicos freqüentados essencialmente por  crianças e adolescentes. Querem beneficiar, por razões até agora obscuras,  quatro comerciantes que, através de contrato de concessão com a Prefeitura  Municipal, exploram serviços de bar e lanchonete em quiosques construídos pelo  poder público na Praça Zezinho Tanajura, situada em frente ao Colégio João  Vilas Boas; e na Praça Francisco José Guimarães de Castro, conhecida como  “Praça do Graúna”, localizada a cerca de 100 metros do mesmo colégio. Os dois locais tornaram-se o “point”  da população jovem da cidade, principalmente nos finais de semana. Na semana,  são freqüentados, nos três turnos, por estudantes do Colégio João Vilas Boas,  Escola Polivalente e Colégio Boaventura, nas aulas vagas, intervalos de aulas e  saídas dos estabelecimentos. Essa preferência dos jovens e de outras pessoas  transformou os logradouros na cobiça dos comerciantes e, ainda na gestão do  ex-prefeito Emerson Leal, a Prefeitura assinou contratos de concessões,  estabelecendo na segunda cláusula que “A  concessionária usará o imóvel exclusivamente para exploração de comércio de bar  e lanchonete”. O termo “bar”, contido no  dispositivo contratual, é abrangente e pressupõe comercialização de tudo que um  bar, na definição clássica, oferece, incluindo bebidas alcoólicas, tornando o  negócio atraente e lucrativo, motivo até de disputas políticas. Mas a Lei  Orgânica do Município de Livramento, graças à sensatez dos vereadores da época  em que foi elaborada, veda o uso de equipamentos públicos para tal fim, ao  estipular, no artigo 102, que “É proibida  a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração de parques, praças,  jardins ou largos públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais  ou revistas ou refrigerantes”. Isso torna nula, desde a origem, a cláusula  segunda, acima citada, dos atuais contratos de concessão. Ação civil pública Mas as praças estão longe de ser  áreas só para passeios aprazíveis e encontros românticos. No local, jovens se  iniciam nas bebidas alcoólicas, com estímulo do Poder Público; outros vão  consumir drogas ilícitas; e os viciados em som automotivo ligam potentes  alto-falantes. Pode ser divertido para eles, pois alguns jovens, sem  consciência do perigo, aproveitam para se auto-afirmarem e outros aproveitam  para extravasar obsessões sonoras. Assim, o local vira portal de ingresso no  inferno das drogas, começando pelo álcool, que é hoje um flagelo na vida de  muitas famílias. Isso, associado ao barulho produzido pelos embriagados, torna igualmente  infernal a vida das pessoas que residem nas vizinhanças, incluindo idosos e  doentes. Em razão dessas circunstâncias e do  quanto a situação já se agravou, o assunto foi levado ao Conselho Municipal de  Segurança Pública, o qual deu ciência ao Ministério Público. Tomando  conhecimento da gravidade da questão, o promotor de justiça instaurou inquérito  civil e, baseado nos resultados obtidos, ingressou na Justiça com ação civil  pública, para proteger o interesse público, consubstanciado na prevenção do  consumo de álcool por menores de idade, na proteção do sossego dos moradores e  no combate à poluição sonora. O promotor, como guardião da ordem jurídica e do  interesse público, quer fazer valer o artigo 102 da Lei Orgânica Municipal,  requerendo a anulação da cláusula do contrato de concessão que prevê a exploração  de serviços de bar no local.  A administração cometeu ato  irregular ao inserir cláusula que afronta o artigo 102 da Lei Orgânica, tida  como a “Constituição Municipal”, quebrando o princípio da legalidade. E agora  peca pela negligência em promover a adequação dos contratos e se omitindo no  exercício do poder de polícia, pelo qual poderia proibir venda de bebidas  alcoólicas naquelas praças, bastando invocar o artigo 102. Peca a fiscalização,  que se omite quanto à venda de bebidas a menores; e a Polícia, que não apreende  veículos que excedem os limites de decibéis permitidos. O Código de Trânsito,  artigo 228, considera infração grave, punida com multa e retenção do veículo  para regularização, quando neste é usado equipamento com som em volume ou  freqüência que não sejam autorizados pelo Contran. Autoridades omissas Tudo que as famílias de Livramento  desejam, especialmente aquelas que têm filhos menores, sempre sob o risco constante  das drogas, como o álcool, e aquelas que já sofrem o flagelo de ter alguém  viciado; e de modo mais especial ainda os moradores vizinhos às praças, é que  as leis sejam cumpridas, que as autoridades públicas cumpram seus papéis, para  que os moradores dessa cidade possam usufruir de forma tranqüila e saudável  suas praças e jardins. Até porque os que gostam de som podem ligar seus  aparelhos nos limites aceitáveis e para os que gostam da cervejinha não faltam  bares na cidade, inclusive próximos às praças. Deixem as praças limpas para os  meninos e meninas, antes que seja muito tarde. A esperança de se conseguir isso  estava na Câmara de Vereadores, pela dignidade do mandato que a eles foi  outorgado, mas é justo de lá que está prestes a vir o golpe covarde, insensato  e irresponsável de se manter aberta mais uma porta, dentre as muitas já existentes,  para o ingresso de jovens no mundo do álcool e outras drogas, esse flagelo da  humanidade. Provavelmente e graças a Deus nenhum vereador enfrenta caso de  vício por droga ou de alcoolismo em suas famílias, suposta razão da avidez  em mudar a lei e permitir prática tão nociva. Querem manter os contratos de  concessão como estão e assim atropelar a ação civil pública iniciada pelo  Ministério Público, mudando a redação do referido artigo 102 da Lei Orgânica, para  nele acrescentar a expressão permissiva “...  e bebidas alcoólicas”. Aparentemente sem motivação legal,  os vereadores começaram a discutir o assunto há dias, a pedido informal dos  quatro concessionários que exploram os quiosques, os quais lhes teriam  prometido apenas votos. Mas a decisão é tão grave e delicada que nenhum deles  quis apresentar projeto a respeito, todos sopravam a pena, até que o promotor  deu entrada na ação civil pública para adequar os contratos. De olho nos votos  dos quatro concessionários, os nobres edis resolveram concluir o assunto a  toque de caixa, de forma inconseqüente. Por cima de tudo O voluntário para formalizar o desvario  foi o vereador Ricardo Matias (PT), que protocolou na secretaria da casa,  sexta-feira, dia 10, proposta de emenda à Lei Orgânica, que muda a lei em favor  de quatro comerciantes e contra o resto da população. Também subscreveram a  proposta os vereadores Everaldo Gomes (sem partido), Wagner Assis (PFL), Paulo  Lessa (PFL), Paulo César (PFL) e Ilídio Castro (PMDB), pelo que já estão sendo  chamados de “marias vão com a outra”.  Ainda não se manifestaram João Louzada, Márcio Leandro e o presidente da casa,  Marilho Matias, mas são tidos como votos a favor. Você que enfrenta algum caso  de alcoolismo em sua família ou que teme pelos riscos de um filho ou parente  seu ser atraído para o mundo das drogas, e você que é educador, você que é  religioso, memorize esses nomes. Ou, melhor ainda, compareça à Câmara, na  segunda-feira, 18 horas, para protestar. Na sessão de 6 de novembro, os vereadores voltaram  ao assunto, manifestando-se veementemente favoráveis a que o equipamento  público, construído com dinheiro do contribuinte, continue sendo usado para  venda irregular de bebida alcoólica. O vereador Paulo Lessa reconheceu que os  contratos “ferem o artigo (da Lei Orgânica), não há como negar”.  Contraditoriamente, porém, afirmou que a lei “não proíbe, mas não permite”. Ora,  se não permite é porque proíbe. Preocupado com o processo na Justiça, alertou  que “a ação só acaba com a mudança do artigo” e cobrou uma posição da casa:  “Essa casa vai autorizar a venda de bebida alcoólica nos bares já existentes.  Ou se muda a lei para permitir ou não. Não tem mais como empurrar”. A  construção dos quiosques e a assinatura dos contratos ocorreram na gestão  apoiada pelo vereador. Por unanimidade O vereador Ilídio de Castro, em  aparte, disse que “A proibição é antidemocrática. Temos o direito. Vai cercear  nosso direito. Eu sou a favor. O vereador tem de ter a coragem de ser contra ou  a favor. É uma afronta ao direito do cidadão. Eu quero ter o direito de beber  minha cervejinha na praça”. O nobre legislador esqueceu que o direito de um cidadão  termina no começo do direito do outro e que os interesses sociais e coletivos se  sobrepõem aos individuais, segundo princípio da Constituição Federal, citado na  ação movida pelo promotor de justiça. No seu tempo próprio, Ilídio de Castro  falou pouco, quando lembrou que os quatro comerciantes têm família para  sustentar e que pior que o álcool é a venda, na feira livre da cidade, de fitas  pornográficas. Como será que o vereador ficou sabendo e porque não fez uma  denúncia formal? Aliás, não são fitas, são DVDs e ainda por cima piratas. O vereador Ricardo Matias pediu que  alguém redigisse logo emenda para ser aprovada rapidinho, autorizando venda da  cachaça, na praça. Atropelou a lei e feriu o decoro parlamentar, dizendo “Redija o  mais rápido possível. Quebrem até os trâmites legais. Eu sou favorável a isso.  Que se faça rapidinho. Todo vereador que conversei é favorável a que fique como  está”. Considerou “hipocrisia barrar venda de bebidas nas praças, tem que fazer  um trabalho de base, uma ação de todos nós, da igreja, da escola,  principalmente da família”. Justifica que se a pessoa não beber na praça, vai  beber nos barzinhos próximos. Claro, vereador, é outro motivo para evitar bebida  nas praças. Sugeriu que mudança da lei fosse logo votada, “em 1º e 2º turnos,  rapidinho e mandar logo ao promotor”, garantindo que “todos vereadores que  conversei é favorável que fique como está. Sei que o presidente também é a  favor”. O vereador Wagner disse  “também  sou favorável a que venda bebida alcoólica na praça”. Sua justificativa é a  Praça da Bandeira, onde, segundo ele, “só fica aposentado, por falta de venda  de bebida”. Outro a favor é o vereador Everaldo, ao dizer que “não entendo que  a lei orgânica tem vedação expressa, apenas não permite”, esquecendo-se que  “não permitir” já é suficiente, ou seja, pela boa interpretação, veda. O melhor  da fala do vereador foi denunciar a inércia da Polícia Militar em não apreender  veículos cujos proprietários não respeitam os limites de som. Embora o  argumento não lhe dê razão, quanto a permitir a venda de bebida alcoólica  naqueles locais, quis o edil justificar que não é o álcool que alimenta o  barulho de que reclamam os moradores, mas a omissão policial. Por fim, o presidente Marilho  Matias, que parecia está sendo cobrado por todos, respondeu, de forma  equilibrada, que lhe cabe apenas dar os trâmites normais às propostas dos  vereadores e que nenhuma havia sido ainda apresentada. Sugeriu,  democraticamente, que “cada um vá lá na secretaria, na sua prerrogativa, e  redija seu projeto”. Ignorância jurídica Os vereadores, no afã de compor não  se sabe que interesses, não respeitam nem suas limitações. Sem qualquer  assessoramento jurídico, arvoraram-se a juristas, fazendo as mais absurdas  declarações, tendo um deles recomendado que fossem quebrados os trâmites  legais, para apressar votação de emenda que se quer havia sido apresentada. O  outro disse que o cumprimento da lei, elaborada pela própria casa legislativa,  era antidemocrático. Outro criou até um neologismo ao se insurgir contra a proibição,  mas chamando-a de “proibimento”. Quando o Ministério Público solicitou  informações à Câmara, foi respondido que os vereadores iriam aprovar uma emenda  regulamentando o artigo 102. Emenda não se presta para regulamentar dispositivo  de Lei Orgânica nem da Constituição Federal. Além do mais, o dito artigo é auto  aplicável, tem eficácia plena, não carece de regulamentação. Emenda serve para alterar ou  substituir a redação e nunca regulamentar artigo. A via própria é a lei  ordinária, a depender do caso. De qualquer modo, não adianta mudar o artigo,  pois o motivo que especa a proibição vai subsistir, que é o interesse  público,  sempre superior ao interesse privado. Como bem disse o promotor  de justiça na peça inicial da ação civil pública: “Os contratos contrariam a  lei e o interesse público. E mesmo se não houvesse lei, teriam de ser  repudiados”. O interesse público, no caso, se mostra configurado na necessidade  de proteção ao sossego dos moradores, da necessidade de se proteger crianças e  adolescentes de qualquer risco naquela área de influência do principal colégio  da cidade.  Alguns vereadores igualmente se  equivocam ao dizer que a proibição vai abranger festas de largos. Não é  verdade. A administração pública possui o poder discricionário, assegurado por  lei, para concessões especiais e temporárias, naqueles casos, cabendo ao  juizado da infância e juventude promover a fiscalização quanto à venda de  bebidas a menores. Seja como for, se os prejudicados em seu sossego e os que lutam  para afastar seus filhos do risco do álcool e de outras drogas forem traídos  pela Câmara atual, só lhes restará lembrar disso nas próximas eleições, fazendo  melhor suas escolhas. É hora das pessoas de bem desta cidade, as pastorais, as entidades estudantis, as igrejas, enfim, todos, reagirem contra a insensatez dos senhores vereadores. _____________________________________________________
 
 A parte do Brasil
                          que faltava Quando militava em A TARDE, anos 70  para 80, um colega da editoria de política costumava repetir fato ocorrido  entre dois políticos de esquerda, que falavam de suas ideologias, ao cair de  certa tarde, em frente à Câmara de Vereadores de Salvador. Era evidente o  propósito do companheiro jornalista de zombar do que considerava esquerda  inconsistente. Segundo ele, a conversa dava-se de modo acalorado, quando um  deles foi abordado por um mendigo, que lhe implorou uma esmola. Comovido,  prontamente pegou a carteira para socorrer aquele infortunado ser humano. Nesse  momento, seu parceiro de conversa avançou bruscamente sobre suas mãos, para  conter aquele o gesto piedoso, dizendo: - Não, pelo amor de Deus, não faça  isso. Assim você só faz contribuir para atrasar a revolução. O dissenso daquelas duas pessoas, apesar  dos idênticos objetivos, demonstra o quão podem ser distintas as visões de cada  qual, até mesmo ante um fato banal, quando se é pego contaminado pela  inconsistência de uma idéia, como a que detectou o repórter, em conversa casual  ao morrer de uma tarde. Mas isso é só para introduzir o que se segue, não sem antes  lembrar que a pobreza sempre volteou as ideologias ditas libertárias, não raro  destituídas de praticidade e objetividade. Debates contritos, aflitivos e  apaixonados não raro acabam absorvidos pela ritualização, tornando-se tão  complexos e pomposos que se transformam na questão principal. É quando sucumbe a  própria causa, ao se perder o senso de justiça, liberdade, legalidade, honradez,  compaixão e humanidade, que cedem lugar ao academicismo e aos pensamentos cartesianos  e profanos, passando-se ao largo do verdadeiro significado da presença de cada  homem e cada mulher neste mundo. Um menino lá dos confins do Brasil, precisamente  de Garanhuns, Estado de Pernambuco, levado pelas mãos da mãe retirante, foge da  fome que lhe impunha a miséria, no que ela tem de mais perverso e desumano, migrando  para região rica do país, onde comeu boa parte dos pães amassados pelo diabo, mas  “virou gente”. Foi bem mais além, elegeu-se presidente da República. E, como  desbravador que finca a cruz na terra que descobre e o astronauta que crava a  bandeira do seu país no planeta em que pisa, Luiz Inácio da Silva, fez tremular  no mastro onde reside a cúpula administrativa do Brasil a bandeira sem cor e  sem forma da fome. Mais, sem nenhuma vergonha, como um torcedor apaixonado pelo  seu clube, saiu com ela a passear pelo mundo, como a dizer: “aqui está a parte  do Brasil que faltava”. Era o presidente, era, mas era também um brasileiro  nascido sob o signo da privação, portanto condenado a não ter futuro e a morrer  antes dos 50 anos, que viajou em um “pau-de-arara”, de um “Brasil” para o  outro, até conseguir a primeira colocação, que lhe dava a certeza de acesso ao  seu primeiro objetivo: um prato de comida, para si, sua mãe e seus irmãos.  O senhor foi reeleito, presidente, e  vai nos governar por mais quatro anos, para o que muito pesaram os votos dos quanto  ainda viajam de “pau-de-arara” e passam fome, dos que a “bolsa família” ainda  não libertou dos recalcitrantes bolsões de miséria de nosso país. Terá de  trabalhar em dobro, para suprir o que confessa não ter feito nos primeiros  quatro anos e realizar o que será próprio dos próximos quatro anos. Sobretudo,  terá de expurgar os que se aninharam na casa do governo para roubar ou cujos  pensamentos discrepam do que pensam os que têm fome, os que deixam o “Brasil  Pobre”, num “pau-de-arara”, por um prato de comida no “Brasil Rico”, sujeitos a  todas as humilhações, dentre os quais se incluem os que retornam, ainda mais  envergonhados, pois nem as sobras da comida conseguiram, porque, no “Brasil  Rico”, as sobras são jogadas fora. O senhor quis ser o presidente, duas vezes,  e não pode ter sido apenas para entrar na história. Então... Ah!,  vi a foto do senhor, esticado e relaxando nas gramas próximas à praia de Inema,  na Bahia. Merecido! Mas, ao voltar ao batente, faça de tudo para que nunca mais  seja necessário uma pobre mãe, faminta e retirante, ter de sair novamente dos  sertões de Garanhuns, no “Brasil Pobre”, levando seu filho para ser presidente,  no “Brasil Rico”. Se isso tiver de ocorrer de forma natural, estima-se que  levará de 50 a 100 anos.  Praça D. Hélio Paschoal A tradicional “Praça da Bandeira”, em frente à catedral, na cidade de Livramento  de Nossa Senhora, teve seu nome rebatizado como “Praça D. Hélio Paschoal”, em homenagem ao primeiro bispo da  diocese local, falecido em 2005. A mudança de nome foi aprovada à unanimidade  pela Câmara de Vereadores, que subscreveu solicitação feita pelo bispo atual,  D. Armando Bucciol, e padre Rinaldo, pároco da cidade. O fato ganha relevância,  primeiro pela projeção e importância do homenageado, depois, por ser incomum ao  redor do mundo a substituição do nome de logradouros históricos e tradicionais  de uma cidade, mormente para prestar homenagens episódicas, por mais merecidas  que sejam. No caso de D. Hélio Paschoal, o merecimento é indiscutível, pois se  trata do bispo que inaugurou a diocese de Livramento de Nossa Senhora e a  dirigiu por 37 anos. Mas equivaleria à alteração do nome da praça de São Pedro,  em Roma, para “Praça João Paulo II”, ou, numa comparação mais modesta, trocar o  nome da Praça da Sé, em São Paulo, para “Praça D. Evaristo Arns” ou “Praça D.  Luciano Mendes”. Mas nem os italianos nem os paulistas pensaram ainda nisso. Na  nossa modesta opinião, pensamos que D. Hélio, mensageiro de Deus que foi aqui  neste mundo e sendo o homem simples que demonstrou ser, ficaria igualmente  satisfeito se o seu nome fosse emprestado para batizar, por exemplo, áreas da  cidade degradadas e carentes de atenção, como o bairro Benito Gama, que  homenageia, de forma imerecida, pessoa viva, o que é proibido por lei, que se  passaria a chamar “Bairro D. Hélio Paschoal”. Aliás, essa homenagem não exclui  a primeira, pelo que fica a sugestão aos nobres vereadores. Outros logradouros  também poderiam ter o nome de D. Hélio, caso se quisesse preservar a “Praça da  Bandeira”, como é o caso da “Avenida Leônidas Cardoso”, homenagem  controvertida, igualmente de pessoa viva. Também poderia substituir a “Praça  Deputado Aloísio Short”, de desconhecida e esquecida memória, para “Praça D.  Hélio Paschoal”. Que se registre ainda o oportunismo dos vereadores, tendo um  deles chegado a dizer que a homenagem era uma forma de resgatar a falta de  homenagens, inclusive por parte Câmara, na ocasião das exéquias do saudoso  bispo. ___________________________________________________
 Presidenciáveis...................................................................... Posta como certa a reeleição do  presidente Luiz Inácio da Silva, muitos aspirantes ao cargo diferiram seus  planos para 2010, como Aécio Neves, governador de Minas Gerais, e José Serra,  de São Paulo, ambos do PSDB, presidenciáveis antes do primeiro turno. Serra foi  forçado a adiar os planos, ao perder a queda de braços para Geraldo Alckmin. Com  os resultados do primeiro turno, não é exagero nem prematuro dizer que aqueles  dois ganharam a companhia de outro presidenciável. Trata-se de Jaques Wagner,  da Bahia, apesar de não se falar ainda no assunto, mas ele mostrou ser bom de  voto e vem sendo mimado pelo presidente. Primeiro, de casa................................................................. Aos que se movimentam com avidez na  disputa pelos cargos na administração estadual, com a mudança na política da  Bahia, o governador eleito Jaques Wagner mandou rápido seu recado. Disse que  vai cuidar com muito carinho e zelo da questão, mas dará atenção especial aos  que comeram poeira com ele na campanha eleitoral. Se prevalecer o critério, a  militância petista em Livramento de Nossa Senhora terá forte influência nas  indicações de postos na cidade. Más companhias.................................................................... Se todos os prefeitos que  abandonaram Paulo Souto e se filiaram ao PMDB do deputado Gedel Vieira Lima,  para se aproximar do novo governo, forem iguais ao de Rio de Contas, Evilácio  Miranda, o futuro governador só terá más companhias. O prefeito rio-contense  acaba de ser denunciado pelo seu braço direito, empresário Roberto Fernandez,  de desviar cerca de R$1,2 milhão dos cofres públicos, através de gestão  fraudulenta e fraudes em licitações. Mas, é claro, nem todos os migrantes têm o  mesmo currículo ou um aliado assim. Qualidade política................................................................ A próxima legislatura deverá se  caracterizar pelo esforço dos parlamentares com a qualidade política, tanto na  Câmara como no Senado, em face do próprio esforço que o Executivo também fará  para provar que os escândalos passados foram mesmo coisa de aloprados. E os  eleitores devem começar a ficar atentos, pois dentro de dois anos haverá  eleição para prefeito e vereadores, cuja qualidade também precisa estar no rol  das preocupações. Seria enganosa?....................................................................Foi  exaustivamente anunciado em Livramento de Nossa Senhora a presença da banda  Calypso, animando um show de forró no Clube Pantanal, sábado à noite, 4 de  novembro, junto com outras atrações. Ocorre que a Calypso verdadeira estava  lançando o “DVD Calypso Pelo Brasil”, na mesma noite, no Wet’n Wild, em  Salvador. De várias uma, ou foi propaganda enganosa, ou há duas bandas  homônimas, ou a que veio a Livramento é clone da que ficou em Salvador, ou  vice-versa. Ou necessita-se de explicação. Página  de e-mails recebidos pelo O Mandacaru.  NOTÍCIAS ANTERIORES: 22 de outubro 2006 06 de outubro 2006 28 de setembro 2006 19 de setembro 2006 06 de setembro 2006 24 de agosto 2006 12 de agosto 2006 27 de julho 2006 12 de julho 2006 25 de junho 2006 10 de junho 2006 31 de maio 2006 16 de maio 2006 08 de maio 2006 01 de maio 2006 24 de abril 2006 14 de abril 2006 05 de abril 2006 28 de março 2006 21 de março 2006 08 de março 2006 22 de fevereiro 2006 18 de fevereiro 2006 13 de fevereiro 2006 01 de fevereiro 2006 26 de janeiro 2006  17 de janeiro 2006  10 de janeiro 2006  02 de janeiro 2006  27 de dezembro 2005  13 de dezembro 2005  06 de dezembro 2005   |