Página Política | Raimundo Marinho

 

15.03.2008

Interesse coletivo esquecido

Não deverá haver surpresas na política de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, em razão das próximas eleições municipais. Por ora, só boatos e um deles é que o ex-prefeito Emerson Leal não será candidato. Hipótese improvável, salvo se em seu grupo surgir alguém tão ou mais viável que ele e da sua absoluta confiança, o que, entretanto, não se vislumbra, a não ser que seja sua esposa, D. Lia, única com densidade eleitoral capaz de se igualar a ele.

A tática do ex-prefeito é muito conhecida. Consiste em dizer que não é candidato e trabalhar intensamente as bases. Depois, lança o repto: apoiará a quem as pesquisas indicarem como favorito. Valendo a recíproca quanto aos demais pretendentes do grupo, que o apoiará se for ele o indicado e, pelo seu currículo, não há como a indicação não recair sobre ele. Toda vez que fez isso as circunstâncias o favoreciam, tal como agora.

Por está na oposição local, parece ainda mais fácil para ele. E, na campanha propriamente dita, não vai poupar chumbo grosso contra a administração do prefeito Carlos Batista, para tentar minar o favoritismo deste. Isso se faz necessário, porque os oposicionistas trabalharam mal nos últimos três anos e a reeleição de Carlão só não está assegurada porque ainda não tem o apoio do governador Jaques Wagner. Por ora, conta com o vice Edmundo, a deputada Marizete e o ministro Geddel.

Como já especulado aqui, é grande a possibilidade da disputa em Livramento ter Wagner apoiando o candidato do PSDB, atual partido do ex-prefeito. Isso oferece certa dificuldade para os especuladores quanto a quem terá o apoio do presidente Lula, que, em se confirmando a tese acima, ficará dividido entre o governador amigo e o ministro subordinado. Com isso, não será surpresa se Wagner apaziguar tudo e conseguir o milagre de uma chapa de consenso.

É certo, contudo, que toda movimentação política de agora e as lucubrações em torno dela têm um denominador comum que é a eleição, em outubro vindouro, do próximo prefeito e dos próximos vereadores do município. E, sendo assim, os grandes interessados, pelo quanto vão se beneficiar ocupando o poder, estão se armando e se preparando para ganhar a parada. Costumam ser altos os ganhos e benesses, do contrário ninguém se esforçaria tanto.

Do outro lado está a coletividade, constituída de instituições, inclusive empresariais, e cidadãos, que suam e sangram no dia-a-dia para viver e sobreviver, notadamente aos tantos impostos que pagam para sustentar os eleitos. Se ao menos o estado democrático de direito funcionasse, os frutos da ação do Estado chegariam a todos. Mas, em verdade, aquela coletividade é transformada em vítima, ao invés de beneficiária, do próprio voto.

Por tal razão, não deveria ser tão apática e tão inerte, só se movimentando para se deslocar até uma urna no dia da eleição e, mesmo assim, com certo orgulho, a despeito da obrigatoriedade. Deveria participar mais, na atual fase, da composição dos grupos que articulam as candidaturas aos postos na Administração Pública. Os atos dos eleitos, no Executivo ou Legislativo, vão se refletir, positiva ou negativamente, na vida de todos nós.

Nada mais justo, portanto, que nos movimentemos em favor da eleição daqueles que, efetivamente, estarão aptos a gerir com probidade e competência o nosso município. É preciso quebrar o vício da troca. Não é legítimo se chegar ao poder, até porque criminoso, através da troca, como é notório acontecer, principalmente em nosso sertão. De tão pobre é a nossa população que não hesita em trocar o voto por um simples saco de cimento, para forrar o chão do seu barraco, por um frasco de remédio para socorrer o filho doente ou uma “cesta básica” para matar a fome.

Tudo isso é direito dela, pela Constituição Federal. Não precisaria mendigar. Do mesmo modo, não se pode trocar obras por voto. É obrigação do administrador realizar obras. Um candidato ou pretenso candidato flagrado em situação de doador de cimento e remédios ou na inauguração de obras eleitoreiras não merece respeito. Além de negar os direitos do eleitor e esclarecê-los sobre isso, ainda se aproveita da sua pobreza, agredindo sua dignidade.

Para identificar um político sério, basta observar como ele se posiciona nesse sentido: aproveita-se da pobreza da população, serve aos ricos espertos; ou denuncia esses vícios e promove debates que levem à inclusão de políticas públicas em seus planos de governo, que resgatem a dignidade das pessoas e as retirem da pobreza? Torcemos para que os cidadãos, por si ou pelos órgãos representativos, tomem a direção certa e reajam à corrupção que contaminou nossa política.

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D. Basílio agradece

O prefeito de Dom Basílio, Alfredo Machado Matias (PMDB), visitou a diretoria da Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia, dia 7 de março, em Salvador, para agradecer a concessão da outorga de água à Associação dos Produtores Rurais do Vale do Rio Brumado (Aprovale), beneficiando 528 agricultores do município. Ele estima que a providência trará acréscimo da ordem de R$ 2 milhões, por ano, à economia local, com amplas repercussões na geração de novos empregos e na qualidade de vida da população. O prefeito esteve acompanhado da deputada estadual Marizete Pereira, também do PMDB.

 

Homenagem à mulher

As mulheres de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, foram alvo de carinhosa homenagem, prestada pela Associação das Mulheres Atuantes de Livramento, em 8 de março, “Dia Internacional da Mulher”, da qual foi destaque o show, muito aplaudido, do cantor Heli Pinto, cover do saudoso Raul Seixas. A presença da cúpula do poder ao evento, incluindo o prefeito Carlos Batista e o presidente da Câmara, vereador Marilho Matias, deu um colorido político ao evento, dando um sinal de como será a movimentação dos políticos doravante, na cidade.

 

Sonho da terceira via?

O líder comunitário e coordenador da Pastoral da Criança, Hugolino Lima, de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, reagiu encabulado ao comentário de que poderá se tornar proscrito da política local, caso não penda para a situação ou para o PSDB de Emerson Leal, para onde já estão indo seus companheiros de partido, vereador Ricardo Matias e Gerardo Júnior. Repele a pecha de proscrito e indaga: “não pode haver uma terceira via?”. E ele mesmo responde: “aguarde!”. Para muitos, porém, só se for “via e-mail”. Resta saber, nesse caso, se seu inseparável parceiro, Enésio Soares Oliveira, vai acompanhá-lo. Aguardemos!

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